domingo, 8 de abril de 2018

MARTIN LUTHER KING Jr. 1929-1968


(O TRISTE ABRIL DE KING Jr. E LULA)
Por: Claudio Fernando Ramos, 08/04/2018. Cacau “:¬)

Talvez eu devesse me pronunciar sobre os últimos fatos ocorridos em nosso país; de fato, penso que essa deve ser a preocupação de todo cidadão consciente. No entanto, o passado tem sido bem mais interessante, ético e inspirador do que a atual realidade nacional!
Há cinquenta anos nos EUA silenciaram um certo homem negro; esse negro era advogado, pastor da Igreja Batista e, principalmente, um pacifista altamente vitimado pelo racismo institucional, o apartheid americano. O “erro” desse negro foi acreditar que podia metamorfosear as coisas erradas em coisas boas; em razão disso resolveu fazer bem mais do que teorizar sobre as injustiças da vida, decidiu lutar! Todavia, fazendo eco aos discursos cristão e, mais especificamente, às ações de um determinado indiano mundialmente conhecido (Mahatma Gandhi 1869-1948), a luta empreendida por esse homem negro, não foi travada com armas convencionais. Ao invés do ódio, ofereceu amor; ao invés da corrupção, a ética; ao invés da degeneração moral, a dignidade; ao invés da ambição pelo poder, a humanidade; ao invés da luta armada, a paz; ao invés do conflito social, a resistência pacífica!
Por isso, ao invés de falar sobre a prisão do ex-presidente Luís Inácio Lula da Silva, que para uns é o próprio demônio, enquanto que para outros não passa de uma vítima injustiçada do sistema capitalista liberal, eu prefiro falar sobre Martin Luther king Jr. (1929-1968)!
King foi um homem que sonhou (acreditava ser possível uma vida mais igualitária entre brancos e negros); foi um homem detentor de uma grande causa, virtuosa coragem e um enorme carisma (milhares pessoas de todos os povos e raças o seguiam/apoiavam ideologicamente); foi um homem que por ter sonhado alto, pagou um alto preço (foi assassinado em Memphis no Estado do Tennessee); foi um homem que em momento algum esqueceu, corrompeu e/ou vendeu o sonho que possuía (mesmo morto há meio século, suas palavras e ações ainda falam às consciências).
Abril de 2018 não será só conhecido historicamente como o mês em que se matou o ícone civil americano, também será marcado nos livros de história como o mês em que se encarcerou o ícone populista brasileiro!
No entanto, faz mister que se registre que essa é uma injusta comparação, injusta não só pelas razões obvias que todo razoável conhecedor de história facilmente pode deduzir, mas pelo fato de que um prometeu, teve as oportunidades e a obrigação de fazer muito, mas infelizmente fez pouco; ao passo que o outro não prometeu nada, não tinha obrigação alguma e nem teve muitas oportunidades (foi assassinado), mas fez muito além!
O muito além do Pacifista me ensina que o bem desconhece limites; que os bons princípios sobrevivem aos homens; que nem toda batalha requer ações beligerantes; que o inimigo nem sempre são os outros (é só olhar para dentro)!
Por que prefiro falar do americano ao invés do brasileiro; do pacifista ao invés do político, do líder assassinado ao invés do líder vivo e enjaulado nesse momento de acirrados ânimos nacional?
Prefiro porque mesmo que o corpo de King esteja morto para a vida há mais de cinquenta anos, isso nunca impediu que suas ideias continuassem inspiradoras, vivas e, principalmente, LIVRES para a eternidade. Cacau “:¬)

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