quarta-feira, 22 de fevereiro de 2023

IMPERATRIZ LEOPOLDINENSE, CAMPEÃ 2023

 EM 2023, A ALEGRIA CARIOCA ESTÁ NA LEOPOLDINA!

Uns torcem para a Portela, isso é bom; outros para a Mangueira, isso é ótimo; outros tantos torcem para a Beija-Flor, que maravilha. Quanto a mim, nascido no Bairro da Penha (Região da Leopoldina), não quero nem saber, eu sou é Imperatriz Leopoldinense!!! Vamos lá Imperatriz: AGORA É A NOSSA VEZ!!! 

G.R.E.S. Imperatriz Leopoldinense, campeã do carnaval carioca 2023.

C@cau “:¬)22/02/2023

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2023

DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO

A DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO

(DST)

Organizado a partir da net por:

Claudio F. Ramos, C@cau10/02/2023

A divisão social do trabalho está relacionada à maneira pela qual as tarefas são organizadas e divididas no ambiente de trabalho.

DST: O QUE É?

- A DST delimita e define a maneira pela qual os indivíduos se organizam com a finalidade de produzir:

·         Objetos, produtos e/ou mercadorias.

- A DST tem a intenção de:

·         Delimitar as funções realizadas.

·         Dinamizar o processo de produção como um todo.

·         Garantir que o sistema de produção funcione de forma rápida e eficiente.

A ESPECIALIZAÇÃO DO TRABALHADOR

- A especialização da função, transforma o trabalhador em exímio conhecedor de apenas uma parte da produção.

·         O trabalhador conhece a parte na qual ele trabalha, sem, necessariamente, conhecer o processo de produção por completo.

·         A repetição da tarefa torna o trabalhador mais ágil na realização dos movimentos.

·         Isso aumenta a produtividade por conta da redução de tempo que os trabalhadores levam para produzir a mercadoria final.

- Algumas características:

·         Aumento da produtividade.

·         Distinção física e intelectual do trabalho.

·         Venda das mercadorias por preços menores.

·         Distinção de Classes sociais

- Alguns modelos:

·         Frederick Winslow Taylor (1856-1915) – otimização do tempo.

·         Henry Ford (1863-1947) – produção em massa.

·         Taiichi Ohno (1912-1990) – oferta em compasso com a demanda.

 

ADAM SMITH E A DST

- Para Adam Smith a DST consiste em fazer com que o trabalho seja dividido em etapas distintas.

·          produtividade dos trabalhadores é muito maior do que seria caso cada trabalhador se preocupasse em ter de efetuar todas as fases da produção.

·         A divisão do trabalho permite que cada trabalhador possa se especializar e se aperfeiçoar em uma única e determinada função para a qual foi designado.

·         Quando uma pessoa se especializa em uma função ela se torna mais produtiva.

- Para Smith o aumento na produtividade dos fatores de produção decorrente de trocas livres baseadas na divisão do trabalho:

·         É o principal caminho por meio do qual as nações se tornariam mais prósperas.

- Os passos na história da riqueza de Smith:

·         Passo um: O trabalho é dividido.

·         Passo dois: A produção aumenta.

·         Passo três: O aumento da produção leva à queda de preços.

·         Passo quatro: A queda de preços leva ao crescimento do padrão de vida.

KARL MARX E A DST

- Para Karl Marx (1818-1883), as relações sociais são determinadas a partir do trabalho, das relações de produção e das mercadorias produzidas, desde as sociedades tribais até as sociedades capitalistas.

·         A divisão do trabalho só se efetivou no momento da separação entre trabalho manual e trabalho intelectual.

·         A divisão entre os tipos de trabalho aconteceu a partir da segmentação do trabalho na indústria e nas sociedades capitalistas. 

- No trabalho intelectual, os trabalhadores técnico-científicos são os responsáveis pela organização do sistema de produção e pela submissão dos operários ao sistema de produção capitalista.

·         A divisão entre proletários e donos dos meios de produção é base para as explicações sobre desigualdade social.

·         Os operários dedicam-se ao trabalho manual, numa relação de troca desigual com o dono da propriedade e com os trabalhadores técnico-científicos.

·         A condição de trabalho dos proletários faz com que eles percam a noção completa do trabalho que realizam e passam a viver momentos de alienação. 

ÉMILE DURKHEIM E A DST

- Émile Durkheim (1858-1917) pensa a divisão do trabalho a partir da interação social.

·         A divisão está inserida em uma organização maior: a sociedade.

- Unidade, estabilidade e continuidade das relações sociais no decorrer do tempo.

·         Durkheim afirma que a sociedade só existe e consegue se manter graças a um grau de consenso entre seus membros.

·         O consenso social de Durkheim se distingue em dois tipos de solidariedade: (mecânica e orgânica).

- Solidariedade Mecânica - está presente em sociedades primitivas, como tribos, aldeias, clãs ou agrupamentos sociais.

·         Nessas organizações sociais, os membros compartilham os mesmos valores sociais, as mesmas crenças religiosas, as mesmas formas de organização e trabalham de forma a suprir as necessidades do grupo como um todo.

·         O compartilhamento de valores, crenças e formas de organização é o responsável pela coesão social.

- Solidariedade Orgânica: é característica das sociedades modernas e mais complexas.

·         Os indivíduos que compõem essas sociedades não compartilham das mesmas crenças religiosas, das mesmas formas de organização e nem das mesmas crenças.

·         Cada indivíduo possui uma consciência própria.

·         Nessas sociedades, a divisão do trabalho é evidente e crescente, o que aumenta o grau de interdependência dos indivíduos.

·         A dependência entre os seres sociais é grande, pois cada um depende diretamente do trabalho realizado pelo outro.

·         Nesse tipo de sociedade, a coesão social é garantida a partir do direito, regras e leis.

MAX WEBER E A DST

- Marx Weber (1864-1920) defendia que a sociedade, mesmo sendo composta de partes, pode ser afetada pelas ações individuais.

·         Weber percebeu uma nítida diferença entre a divisão social do trabalho entre Católicos e Protestantes.

- Os protestantes eram austeros e valorizavam o trabalho.

·         Possuíam uma doutrina religiosa mais alinhada ao Capitalismo.

·         Isso culminou na tendência ao empreendedorismo, típica nas sociedades protestantes.

- Weber pensa também a burocracia enquanto modo racional da divisão do trabalho.

·         No Estado burocrata, os cargos ocupados com funções e atribuições específicas, são subordinados a outro cargo mais elevado, onde se dá a distinção social no trabalho.

·         Segundo Weber a burocracia notoriamente auxilia a classe dominante ao estabelecer a divisão do trabalho entre dominantes e dominados.

CONCLUSÃO

- Numa fase inicial das sociedades humanas, a divisão do trabalho era definida por:

·         Critérios sexuais.

·         Faixa etária etc.

 

- Para muitos uma sociedade sem divisão de trabalho jamais seria capaz de ter um padrão de vida próximo do que temos agora.

·         Para eles, um dos principais motivos da melhora do nosso padrão de vida nos últimos séculos é a divisão do trabalho. 

quinta-feira, 9 de fevereiro de 2023

KARL RAIMUND POPPER (1902 -1994)

(FILOSOFIA DA CIÊNCIA)

Por: Claudio Fernando Ramos, a partir de livros e da net. C@cau “::¬)09/02/2023

Vídeo Aula:

https://www.youtube.com/watch?v=N0C1LkaXWcs 

“(...) só reconhecerei um sistema como empírico ou científico se ele for passível de comprovação pela experiência. Essas considerações sugerem que deve ser tomado como critério de demarcação não a verificabilidade, mas a falseabilidade de um sistema. Em outras palavras, não exigirei que um sistema científico seja suscetível de ser dado como válido, de uma vez por todas, em sentido positivo; exigirei, porém, que sua forma lógica seja tal que se torne possível validá-lo através de recurso a provas empíricas, em sentido negativo: deve ser possível refutar, pela experiência, um sistema científico empírico.”

(Popper, 1993, p. 42)

PARTE I – ALGUMAS TESES:

- O que torna um conhecimento científico?

- Quais são os procedimentos científicos?

- Quais são os limites do conhecimento científico?

- Existe, de fato, a chamada certeza científica?

PARTE II – QUEM FOI POPPER

- Popper nasceu na Áustria, em 1902.

·         Filho de judeus, emigrou para a Nova Zelândia em 1937.

- Faleceu em 1994, na Inglaterra, país que o acolheu a partir de 1946, conferindo a ele o título de Sir. Na Inglaterra.

- “Lógica da Investigação Científica”.

·         Considerada uma das obras mais importantes de filosofia da ciência.

·         Popper publicou muitos de seus escritos e desenvolveu carreira docente na London School of Economics.

- Popper teve no início de sua formação a influência das discussões feitas no Círculo de Viena.

·         Embora seu pensamento político seja muito conhecido, o que o tornou célebre foi o seu pensamento sobre a ciência que impactou filósofos e cientista. 

PARTE III – O CÍRCULO DE VIENA

- Círculo de Viena foi uma associação fundada no final da década de 1920 por um grupo de cientistas, lógicos e filósofos que concentrava seus esforços em torno de um projeto intelectual.

·         Tal projeto era o desenvolvimento de uma filosofia da ciência baseada em uma linguagem lógica e a partir de procedimentos lógicos com alto rigor científico.

·         O tema prioritário dos estudos desse grupo era a formulação de um critério que permitisse distinguir entre proposições com ou sem significação a partir do critério de “verificabilidade”.

·         Para o Círculo, quilo que não tivesse possibilidade de verificação deveria ser retirado do saber científico, como os enunciados metafísicos.

- A Física era o modelo que eles propunham para todos os enunciados científicos.

·         Só aquilo que foi dito a partir de observações poderia ser considerado verdadeiro.

·         Os enunciados que não pudessem ser examinados a partir da verificação empírica não tinham significação e, portanto, deveriam ser desconsiderados da ciência.

- A verificação pode ser feita ainda de outra forma além do método empírico.

·         Por meio da aplicação da lógica para saber se há coerência no enunciado.

·         Dependentes de constatações empíricas ou de demonstração lógico-matemática, as leis científicas para os pensadores do Círculo de Viena só poderiam ser a posteriori.

- A proposição “Existe petróleo no meu quintal” é possível de ser verificada e pode ser verdadeira ou falsa a partir da constatação feita (uma escavação no solo).

·         A proposição “A alma é imortal”, ao contrário, não é verificável, apesar de ser uma construção gramaticalmente correta e independente dos argumentos utilizados para prová-la.

·         A primeira proposição tem significação e valor cognitivo porque é verificável; a segunda, não.

- Pelo critério de verificabilidade é possível fazer uma distinção entre a Filosofia e a Ciência.

·         O objetivo da Filosofia é, segundo Rudolf Carnap, um dos principais representantes do Círculo, o de estudar a natureza da linguagem científica.

- Um estudo que compreenderia três processos:

·         Sintático - pelo qual ela estabeleceria teorias a respeito das relações formais entre os signos.

·         Semântico - pelo qual estabeleceria teorias a respeito das interpretações.

·         Pragmático - pelo qual estabeleceria teorias a respeito das relações entre a linguagem, o locutor e o ouvinte.

PARTE IV - O FIM DO CÍRCULO

- Alguns pensadores importantes do Círculo de Viena foram: 

·         Otto Neurath; Moritz Schilick e Ernest Nagel.

- A ascensão do nazismo repercutiu na formação do Círculo:

·         Carnap e outros membros mudaram-se para os Estados Unidos.

·         Hahn, Schilick e Neurath morreram.

·         O movimento intelectual dispersou-se a partir de então.

PARTE V - POPPER X CÍRCULO

(Verificabilidade X Falseabilidade)

- O princípio de verificabilidade dos pensadores do Círculo de Viena foi um dos principais pontos combatidos por Popper.

·         Para ele, uma proposição poderia ser considerada verdadeira ou falsa não a partir de sua verificabilidade, e sim da sua refutabilidade (ou falseabilidade).

- A observação científica, segundo ele, é sempre orientada previamente por uma teoria a ser comprovada.

·         A ciência que se baseia no método indutivo seleciona os fenômenos que serão investigados para a comprovação de algo que já se supõe.

·         Por essa razão, o critério de verificabilidade nem sempre será válido.

- Segundo Popper, em vez de buscar a verificação de experiências empíricas que confirmassem uma teoria, buscava fatos particulares que, depois de verificados, refutariam a hipótese.

·         Assim, em vez de se preocupar em provar que uma teoria era verdadeira, ele se preocupava em provar que ela era falsa.

·         Quando a teoria resiste à refutação pela experiência, pode ser considerada comprovada.

- Com o princípio da falseabilidade, Popper estabeleceu o momento da crítica de uma teoria como o ponto em que é possível considerá-la científica.

·         As teorias que não oferecem possibilidade de serem refutadas por meio da experiência devem ser consideradas como mitos, não como ciência.

·         Dizer que uma teoria científica deve ser falseável empiricamente significa dizer que uma teoria científica deve oferecer possibilidade de refutação – e, se refutadas, não devem ser consideradas.

PARTE VI - METODOLOGIA CIENTÍFICA

 

- Como se inicia o conhecimento científico?

·         Primeiro tem-se um problema.

- O que é um problema?

·         É um fenômeno da natureza (ou hipotético) cuja resolução, a princípio, não está aparente.

- Como ocorre o processo que vai construir a solução para um determinado problema?

·         O primeiro passo deve ser dado a partir da criação de uma hipótese científica.

- Como se constrói uma hipótese científica (teorias científicas)?

·         Por meio da criatividade e imaginação humana surgem as hipóteses.

·         O assombro e a curiosidade também contribuem para o surgimento da hipótese.

·         Há uma espécie de salto criativo para que hipóteses sejam criadas.

- O que são hipóteses ou teorias científicas?

·         Hipóteses são tentativas de solucionar problemas.

·         As hipóteses são conjecturas desenvolvidas por mentes criativas.

·         As hipóteses não são, necessariamente, resultados de procedimentos de rotina.

PARTE VII - CRÍTICA À INDUÇÃO

- Começado por F. Bacon, o método indutivo é a base para a ciência moderna.

·         Para se obter uma base sobre as leis naturais é preciso que se observe uma série de fenômenos.

·         Uma vez observado certa regularidade nos fenômenos singulares, pode-se generalizar.

- Para Popper, a indução não é capaz de produzir um conhecimento possuidor de um grau absoluto de certeza (para ele há dois modos de indução).

a) Indução por Enumeração – consiste em fazer observações repetidas, que podem fundamentar a generalização de uma teoria.

·         No entanto, nenhum número de observação de fenômenos particulares é capaz de estabelecer com certeza uma regra absoluta. 

Ex. Por maior que seja a quantidade de átomos de hidrogênio que se observe, não se pode estabelecer com certeza absoluta que todos os átomos de hidrogênio emitem espectros do mesmo tipo.

b) Indução Eliminatória – baseia-se no método de eliminação, o qual rejeita falsas teorias.

·         Eliminando-se teorias falsas, pode-se ter certezas da teoria não rejeitada.

·         Mas isso não garante nada; uma teoria ainda não rejeitada, não significa que nunca o será (antes de Copérnico, acreditava-se em Ptolomeu).

- As teorias gerais com base em observações particulares não têm fundamento lógico.

·         Não se deve inferir assertivas universais por meio de eventos particulares.

- Já que por meio da indução não se pode chegar à certeza da verdade, Popper desenvolveu o critério da Falseabilidade.

·         Se a pesquisa se inicia com problemas, hipóteses são criadas para encontrar uma solução.

·         Essas hipóteses devem ser comprovadas.

·         Uma teoria só é científica se for passível de ser falsificável.

·         Essa teoria deve ser de tal modo que dela seja extraíveis consequências que possam ser refutadas, ou seja, falsificadas por novos fatos.

- Popper afirma que há uma assimetria lógica na ciência.

·         Bilhões - de experiências não são capazes de proporcionar cem por cento de certeza.

·         Uma - nova experiência pode contrariar (falsificar) uma teoria largamente aceita

- Para Popper, não há nem haverá verdade científica definitiva.

·         A ciência produz verdades provisórias que podem ser refutadas a qualquer momento.

·         Com Popper, a ciência torna-se a forma de conhecimento que busca constantemente o aperfeiçoamento de suas verdades, a autocorreção

PARTE VIII - O MITO DA TÁBULA RASA

- Segundo tal conceito, Tábula Rasa, a mente do pesquisador deve estar desprovida de pressupostos (hipótese, suspeitas, problemas etc.).

·         No entanto, a realidade não é uma Tábula Plena; ela existe em um quadro cheio de sinais, tradições e elementos culturais.

·         Toda observação orienta-se por expectativas; pressupondo o quê e como observar.

·         Sempre se opera com teorias, com ou sem consciência desse fato.

·         Sem preconceitos a mente já não é mente; apenas vazio.

PARTE IX - DESCOBERTA E JUSTIFICATIVA

- Para Popper uma coisa é o contexto de descoberta, outra coisa é o contexto de justificativa.

·         Descoberta – esse contexto pode vir dos mitos, da filosofia, dos sonhos, dos sentimentos, da intuição etc.

·         Justificativa – maneiras de comprovar, objetivando cientificamente.

FINAL - CIÊNCIA DESCRITIVA

- Na antiguidade clássica, a demonstração da geometria euclidiana tinha sido o modelo de cientificidade.

·         A partir do Renascimento, a ciência tornou-se descritiva.

·         Procura descrever, medir, compreender e registrar as realidades mensuráveis ao nosso redor.

·         Uma ciência que possui uma abordagem experimental na sua metodologia.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2023

CAPISTRANO DE ABREU (1853-1927)

ANTROPOLOGIA E HISTÓRIA

Org. Claudio F. Ramos, C@cau06/02/2023

A partir da net e de livros

CAPISTRANO DE ABREU (1853-1927)

(Capistrano, nascido no Ceará, foi um dos maiores historiadores brasileiros.)

- Capistrano mergulhara nos estudos históricos.

·         Não para tirar deles ensinamentos, vulgarização, glória, a perfeição duma obra completa.

·         Ele busca com avidez de saber, fartar sua curiosidade peculiar, se sentir senhor, para gáudio seu, dos segredos do passado.

- Não havia no seu espírito a menor preocupação com o grande público.

·         Proclamava-se a contragosto membro da sociedade humana.

·         Individualista consumado, aprazia-lhe mais do que tudo fugir do meio atordoante do Rio de Janeiro.

·         Bastavam-lhe uma sóbria alimentação, o silêncio e uma rede.

- Capistrano não cultivava a fama, nem buscava a glória.

·         Ao final de sua vida, tinha uma profunda descrença no progresso e na razão iluminista.

·         Estes, pareceriam mais lusco-fuscos do que faróis.

·         Percebia uma crescente perda dos valores – sem nada realmente importante posto no lugar – só futilidades.

- Capistrano se senti espremido em uma sociedade semianalfabeta.

·         Vivia a sombra do Estado, representado por oligarquias carcomidas e corruptas, que ele odiava.

- Capistrano defendia uma reforma na Constituição, pela qual a Carta teria apenas dois artigos:

·         Artigo 1º – Todo brasileiro deve ter vergonha na cara.

·         Artigo 2º – Revogam-se as disposições em contrário.

- Ao ser instado a inscrever-se na Academia, respondeu: 

·         “fui inscrito na Academia Humana independente de consulta e já acho excessivo.”

- Segundo Elias Thomé Saliba

·         Capistrano tinha, possivelmente, “uma vergonha de confessar seu próprio fracasso existencial, como extensão e metáfora do próprio fracasso brasileiro como nação”.

- Em 1925, Capistrano disse:

·         “Minhas aspirações, depois de cinquenta anos de Rio – cheguei aqui a 23 de abril de 1875 – reduzem-se a morrer sem escândalo, sair do mundo silenciosamente como nele entrei.”

Os Kurâ Bakairi são um grupo indígena que habita o centro do estado brasileiro de Mato Grosso. Em 1999, o país tinha 950 membros da etnia Bacairi.

- Capistrano foi um interessado na história indígena (coisa rara e “desinteressante” em sua época).

·         Em um dos seus três únicos livros publicados em vida, estudou a cultura e a língua kaxinawá.

·         Também, dedicou 23 anos ao entendimento do povo bacairis.

·         Sua obsessão pelos estudos etnográficos era, possivelmente, uma reação ao ambiente intelectual de sua época.

·         Muitos queriam que ele escrevesse uma história ‘completa’ do Brasil, uma história dos brancos.

O próprio nome Kaxinawá parece ter sido originalmente um insulto. Kaxi significa morcego, canibal, mas pode significar também gente com hábito de andar à noite. Os Kaxinawá pertencem à família linguística Pano que habita a floresta tropical no leste peruano, do pé dos Andes até a fronteira com o Brasil, no estado do Acre e sul do Amazonas, que abarca respectivamente a área do Alto Juruá e Purus e o Vale do Javari.

  

FELIZ DIA DO AMIGO

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