quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018
A IRRACIONAL POLÍTICA DOS QUADRÚPEDES
A atual política econômica da Petrobras e as pesadas taxas cobradas pelos governos estaduais que incidem sobre o preço final dos combustíveis, me forçaram a mudar de modal de transporte. Agora só vou de jumento, em um país onde os governos mostram-se ignorantes (chama-los de Burros ofende os Burros) e incompetentes! Potoc, potoc, potoc e potoc... Haja capim! Cacau ":¬) 28/02/2018.
domingo, 18 de fevereiro de 2018
ALÉM DO BEM E DO MAL
(Artigo de Opinião)
Por: Claudio Fernando Ramos,
17/02/2018. Cacau “:¬)
Intervenção
Federal na segurança pública do Estado do Rio de Janeiro!
Solução
ou ilusão?
O
certo é que, a intervenção constitui uma prova irrefutável da falência do
Estado brasileiro.
Falência
não só dos recursos que foram e estão sendo cotidianamente afanados do erário
público (tanto na instancia federal, quanto nas estaduais e municipais) pelos
quadrilheiros disfarçados de gestores públicos que lá, há muito tempo, se
instalaram; mas também, falência dos valores, princípios e bons costumes.
Nesse
país, cujo solo, nunca foi mãe gentil para com os verdadeiros cidadãos, faltam:
saneamento e bom senso; recursos e escrúpulos; planejamento e comprometimento; para
alguns comida, para muitos justiça; para uns oração, para inúmeros habitação,
proteção, consideração...
Após
o decreto presidencial assinado com pompa pelos Retardatários do
executivo, segue as discussões no Congresso Nacional promovidas pelos Letárgicos
parlamentares.
Entre
ambos, Retardatários e Letárgicos, há se de levantar as seguintes questões: A
intervenção é boa ou ruim? É o mais correto ou constitui um erro? É paliativo
ou definitivo? Promoverá o bem ou o mal?
Enquanto
isso, por conta da dor, da humilhação e do abandono institucional, temos uma
certeza, a certeza de que a realidade cotidiana do povo brasileiro já ultrapassou, há muito tempo, o insipiente
pragmatismo gerado pelas inúteis discussões sobre a natureza do BEM e do MAL.
terça-feira, 13 de fevereiro de 2018
FRANCIS BACON (1561-1626)
(O MÉTODO EXPERIMENTAL CONTRA OS ÍDOLOS)
Adaptado a partir da net por: Claudio Fernando Ramos, 13/02/2018.
Conhecimento é poder.
O objetivo de Bacon foi o de fazer
do conhecimento científico um instrumento prático de controle da realidade.
VÍDEO AULA: https://www.youtube.com/watch?v=2nw1ksiEGy0
BIOGRAFIA
- Em meados dos séculos XVI e XVII no reinado da
Rainha Elizabeth I, a Inglaterra passava por um período de mineração e
industrialização.
- Neste mesmo período nascia um dos mais célebres
filósofos ingleses, Francis Bacon.
- Tendo exercido um significativo papel na vida
política daquela sociedade, conseguiu o título de conselheiro da Coroa
(grão-chanceler).
- Havia muitos inimigos que o cercavam; quando lhe
foi tomado o poder em virtude de acusações políticas (corrupção e suborno), seu
trabalho intelectual se tornou mais intenso.
PIONEIRISMO
- Pioneirismo Metodológico - Embora
Bacon não tenha realizado nenhum progresso nas ciências naturais, ele foi o
autor do primeiro esboço racional de uma metodologia científica.
- Pré Cientista-Social - E sua “Teoria
dos Ídolos" antecipa, em germe, a moderna Sociologia do Conhecimento.
- Moderno Prosador Inglês - Bacon também foi notável escritor: seus "Ensaios" são os primeiros modelos de prosa inglesa moderna.
- Moderno Prosador Inglês - Bacon também foi notável escritor: seus "Ensaios" são os primeiros modelos de prosa inglesa moderna.
PRÉ-POSITIVISMO
- Bacon manifestou grande entusiasmo pelas
conquistas técnicas de sua época: a bússola, a pólvora, a imprensa...
- Bacon manifestou aversão ao pensamento puramente
abstrato (Escolástica).
- Além das contundentes críticas aos filósofos
clássicos, rompeu com uma tradição filosófica de mais de dois mil anos e com a
religião da época.
- Bacon acreditava numa filosofia que favorecesse a
humanidade com seus métodos experimentais (Filosofia da Ciência).
- Bacon era totalmente a favor de ciência moderna que
libertasse o homem de seus ídolos.
- A Filosofia Positiva só foi, efetivamente,
postulada pelo filósofo-matemático francês Auguste Comte, no início do século
XIX (Fundador da Sociologia).
CLASSIFICAÇÃO DAS CIÊNCIAS
- Bacon propõe a classificação das ciências em três
grupos:
a) A Poesia - Ciência da Imaginação.
b) A História - Ciência da Memória:
- História Natural.
- História Civil.
c) A Filosofia - Ciência da Razão:
- Filosofia da Natureza.
- Filosofia Antropológica.
MÉTODO CIENTÍFICO
-
Método Indutivo de Investigação Científica - Em sua teoria do conhecimento, Francis Bacon propõe um novo método
indutivo, o qual ofereceu uma profunda contribuição aos métodos de investigação
da natureza.
- Mudanças de Tempo - A obra de Bacon
representa tentativa de realizar o vasto plano de "Instauratio Magna"
("Grande Restauração").
- A Grande Restauração - De acordo com
o prefácio do "Novum Organum" ("Novo
método"), publicado em 1620, a "Grande Restauração" deveria
desenvolver-se através de seis partes.
- Aristóteles Superado - A realização desse plano compreendia uma série de tratados que, partindo do estado em que se encontrava a ciência da época, estudavam o novo método que deveria substituir o de Aristóteles.
- Aristóteles Superado - A realização desse plano compreendia uma série de tratados que, partindo do estado em que se encontrava a ciência da época, estudavam o novo método que deveria substituir o de Aristóteles.
- O Conhecimento Sem Radicalidades - O
"Novum Organum" é a expressão de uma perspectiva que tanto se afasta
do empirismo radical quanto
do racionalismo exagerado -
ambos duramente criticados por Bacon.
MÉTODO INDUTIVO
- A Regularidade da Natureza - Em função
da nova metodologia, e como meio de realizar a busca das formas que se poderão
revelar como regularidades no domínio dos fatos, Bacon recomenda o uso de três
tábuas que disciplinarão o método
indutivo:
a) A Tábua de Presença - Registra a presença das formas que se investigam.
b) A Tábua de Ausência ou de Declinação - Possibilita o controle de situações nas quais as formas
pesquisadas se revelam ausentes.
c) A Tábua de Comparação - Registram-se as variações que as referidas formas manifestam.
TEORIA DOS ÍDOLOS
- Bacon denominou ídolos as falsas noções que bloqueiam
a mente e invadem o intelecto humano.
- Os ídolos impossibilitam o acesso à verdade e
gera dificuldades em relação às ciências, quando não combatidos.
- Os ídolos se classificam em quatro categorias:
Ídolos da Tribo, Ídolos da Caverna, Ídolos do Mercado ou do Fórum e Ídolos do
Teatro.
OS ÍDOLOS
a) Os Ídolos da Tribo
- Menos Natureza, Mais Superstições - São
aqueles que se apoderam da própria natureza humana e não levam em conta o
aprendizado sobre o universo, produzem uma certa espécie de superstição.
- Humano, Demasiadamente Humano - Tem
sua origem nas ações humanas, nas limitações, preconceitos, sentimentos,
incompetência.
- As Falsas Ciências - A cabala de sua
época imaginava uma realidade (não inexistente) numérica e os alquimistas pensavam
na atividade da natureza como na atividade humana, encontrando amor e ódio nos
fenômenos naturais.
b) Os Ídolos da Caverna
- Um Pouco de Platão - Fazem uma
alusão à alegoria da caverna de Platão.
- A Caverna de Cada Um - Para o
autor, cada um tem a sua própria caverna, tem os seu jeito próprio de
interpretar a natureza, todos os indivíduos veem sua própria luz por ângulos
diferentes e cometem erros diversos.
- Choque Entre o Qualitativo e o Quantitativo
- Com isso a luz da natureza entra em choque com a luz humana, pois cada um tem
os seus ídolos da educação, do esporte, da cultura, da autoridade e daqueles
que honra e admira a diversidade das falsas verdades que vão ocupando o
intelecto humano.
c) Os Ídolos do Fórum ou do Mercado
- O Perigo das Palavras – São os mais
incômodos, pois podem invadir o intelecto através das palavras.
- Verborragia Retórica - São aqueles
erros encontrados nas palavras ou nos discursos humanos quando o diálogo sai ao
contrário ou a palavra é distorcida pelos homens “sábios” que usam de suas
oratórias para enfatizar o discurso.
- Lógica Falaciosa - Segundo Bacon,
“as palavras cometem uma grande violência ao intelecto e perturbam os
raciocínios, arrastando os homens a inumeráveis controvérsias e vãs
considerações” (REALE, 1990, p.339).
d) Os Ídolos do Teatro
- Pura Ficção - São aquelas teorias que não têm
harmonia com a natureza humana ou obras filosóficas, que se consagraram
figurando mundos fictícios, como aquelas que encontramos na filosofia antiga ou
nas tradições religiosas.
- Um Platão Religioso e um Aristóteles
Relativista - Bacon acusa Aristóteles de ter sido um dos piores
sofistas e Platão de ter confundido filosofia com teologia.
- O Método Como Solução - Para
expulsá-los é preciso ter conhecimento dos mesmos a fim de expurgá-los da
mente, além de conhecer um novo método.
- A Indução Empírica - É a verdadeira
indução o método proposto, pelo qual o homem poderia construir uma nova ciência
capaz de interpretar corretamente a natureza e realizar os anseios do espírito
moderno.
- Indução: Certezas ou Hábitos? - Para
o filósofo escocês David Hume (1711-1776) o raciocínio indutivo não possui
fundamentação lógica. Será, portanto, sempre um salto do raciocínio
impulsionado pela crença ou hábito.
SOBRE AS FORMIGAS, ARANHAS E
ABELHAS
- O Conhecimento Enquanto Metáfora - Aqueles que lidaram
com as ciências, ou foram homens de experimentos, ou homens de dogmas.
a) Formigas - Os homens de experimentos são como as
formigas, só coletam e usam o que coletaram.
b) Aranhas - Os pensadores lembram aranhas, que
constroem teias com sua própria substância.
c) Abelhas - A abelha toma o caminho do meio (diferente
das formigas e das aranhas): coleta seu material das flores do jardim e do
campo, mas o transforma e o digere por um poder próprio.
O CAMINHO DA FILOSOFIA
-
Semelhante
às Abelhas - Este é o verdadeiro negócio da filosofia; pois ela nem
depende exclusiva ou principalmente dos poderes da mente, nem aloja a matéria
que coleta da história natural e dos experimentos mecânicos por inteiro na
memória, como a encontra, mas a aloja no intelecto alterada e digerida.
-
Empirismo
Com Racionalismo - A partir de uma liga mais estreita e pura entre
essas duas faculdades, a Experimental e a Racional, muito pode ser esperado (Francis
Bacon, Novum Organum, Book One, XCV).
segunda-feira, 12 de fevereiro de 2018
OS SOFISTAS
(Os Sábios)
Organizado, a partir da net, por: Claudio
Fernando Ramos, 12/02/2018.
VÍDEOS AULAS:
PRIMEIROS
ANTROPÓLOGOS
- O Homo Como Objeto de Reflexão - Fizeram
uma filosofia iminentemente antropológica.
- Sem Preocupações Com o Cosmo - Não
deram atenção às questões cosmológicas: a busca pelo ser das coisas deixa de
ser o foco principal das questões filosóficas, que agora se ocupa com o homem e
suas potencialidades.
PRIMEIROS PEDAGOGOS
- Sistematizadores do Saber - Foram os
primeiros pedagogos do ocidente: sistematizaram os saberes de sua época, principalmente
a gramática.
PRIMEIROS DOCENTES REMUNERADOS
- Boa Remuneração - Mediante boa remuneração,
foram os primeiro a cobrarem para ensinar.
- Suposto Saber Universal - Ensinavam
a quem pudesse pagar, sobre qualquer coisa, dizendo serem portadores de um
saber universal.
- Oligarcas e Aristocratas como Alunos
- Os Sofistas, portadores de uma eloquência incomum, propunham ensinar qualquer
coisa aos cidadãos que pudessem pagar, visando a conquista dos cargos públicos
ou simplesmente que se defenderiam em um caso litigioso.
DIALÉTICA, RETÓRICA E ELOQUÊNCIA
- Isegoria - Eram mestres de retórica e
eloquência: era preciso saber falar para fazer valer seus interesses nas
assembleias.
- Os Sábios - Surgem, então, os
famosos oradores denominados Sofistas, palavra que significa sábio em grego.
- Não Há Opiniões imutáveis, Mas Sim o Mal Orador
- Suas técnicas eram a de ensinar a persuadir convencendo seu interlocutor em
um debate, seja pela emoção, seja pela passividade deste.
- Tudo é Uma Questão de Perspectiva - Ardilosos
oradores, os sofistas fascinavam àqueles que ouviam suas palestras, ensinando
como transformar um argumento fraco em um argumento forte e vice-versa.
- Ser ou não Ser, Isso não é Questão -
O importante era convencer a qualquer custo.
PRIMEIROS PENSADORES
RELATIVISTAS
- Palavras são Convenções - Ensinavam
como refutar o seu adversário, não se preocupando com a relação que as palavras
tinham com as coisas, articulando-as segundo as necessidades do debate para
convencer e derrotar seu oponente.
A DEMOCRACIA GREGA
- A Invenção da Democracia - Os
Sofistas filosofaram, principalmente, no período da democracia na Grécia Antiga:
várias transformações ocorreram na sociedade, exigindo novas formas de se
relacionar.
- A Democracia é Uma Cadeira Sem Dono
- A democracia era o sistema de governo que pressupunha a escolha periódica de
executores e elaboradores das leis.
Os Critérios da Democracia
- Ágora - Exercida na dentro e fora da
Ágora (O homem é um animal político).
- Cidadania - Uma conquista do Cidadão
(homem, livre, adulto e nascido no país).
- Isonomia – Todos (os cidadãos) são
iguais diante das leis.
- Isegoria – Todos (os cidadãos) com
igual direito ao discurso.
- Isocracia – Todos (os cidadãos)
podendo votar e serem votados.
QUEM E COMO FILOSOFARAM
- Atenas,
onde tudo começou - São famosos e numerosos os sofistas que atuaram na
Grécia Antiga, em especial em Atenas, onde a cultura floresceu com mais
evidência.
- Seus Nomes - Protágoras, Górgias, Híppias,
Pródico, Antístenes, Trasímaco, Isócrates são apenas alguns exemplos históricos
destes que inventaram um certo modo de viver numa política que pressupunha a
isonomia (leis iguais para todos os cidadãos).
- Os
Destaques - Podemos destacar especialmente três dos maiores sofistas de
todos os tempos:
a) Górgias – “Nada existe; se existe não pode ser provado; se provado, não pode
ser demonstrado”.
b) Protágoras – “O homem é a medida de todas as coisas”.
PROTÁGORAS DE ABDERA (486-411
a. C.)
- O Primeiro – Protágoras é conhecido
como o primeiro sofista.
- A Filosofia Como Ascensão Social - Sua
fama se estendia por todas as colônias e era um homem culto e bem sucedido.
- Subjetividades - Este eminente
orador vivia uma forma de absoluto subjetivismo relativista.
- Maior Máxima - Sua máxima “o homem é
a medida de todas as coisas” ilustra bem o modo de pensar das diferentes
pessoas.
- O Relativismo - Para ele cada
pessoa, pensa, deseja e busca algo para si, de tal forma única que
impossibilita que exista uma verdade absoluta.
- A Circunstancialidade da
Verdade - A verdade, segundo ele, depende de cada um, depende de como
cada coisa aparece para cada um em seu juízo.
- Pragmatismo Imediatista - Seu
pragmatismo imediatista afirmava que se você nada pode saber dos deuses, eles
não servem para nada e, assim, você pode ser indiferente a eles.
GÓRGIAS DE LEONTINI (485-380a. C.)
- A
Convencionalidade da Virtude - Descartando qualquer noção de moral ou
virtude, ele determinou a persuasão como algo essencial ao homem.
- O Tratado do Não-Ser – Para Górgias nada
existe de real; e se nada existe, o homem não pode conhecer verdadeiramente
nada; e mesmo que algo exista e possa a ser conhecido, seria impossível
comunicar aos outros este conhecimento.
- O Ceticismo Que Nasce do Relativismo
- Górgias acentua o seu ceticismo, evidenciando a impossibilidade de um
conhecimento definitivo e propiciando um ambiente em que o mundo só tem o valor
daquilo que o homem confere, consciente de sua efemeridade, ou seja, que o
homem é um ser passageiro e que age apenas para satisfazer seus interesses
pessoais.
CONFLITOS
- A Resistência dos Clássicos - Os pensadores
clássicos (Sócrates, Platão e Aristóteles) viam a filosofia dos Sofistas com
muitas reservas:
a) Oportunistas – Porque cobravam para ensinar.
b) Demagogos – Porque afirmavam como verdade absoluta o fato de não haver verdade
absoluta.
c) Impiedosos – Relativizavam a existência das divindades, expondo assim a
inutilidade das mesmas.
sábado, 10 de fevereiro de 2018
SÓCRATES (469-399 a. C.)
O PAI DA FILOSOFIA
Produzido a partir da net por: Claudio Fernando Ramos, 10/02/2018.
“Sábio é aquele que conhece os limites da própria
ignorância”.
“Se todos os nossos
infortúnios fossem colocados juntos e, posteriormente, repartidos em partes
iguais por cada um de nós, ficaríamos muito felizes se pudéssemos ter apenas,
de novo, só os nossos”.
-
Nasceu em 469 a.C. em Atenas.
-
Sócrates veio de família humilde, durante a infância ajudou o pai no ofício de
escultor.
-
Com a vocação falando mais alto partiu para aprender filosofia.
-
Tornou-se discípulo dos filósofos Anaxágoras e Arquelau.
-
Lutou como soldado na Guerra do Peloponeso (entre Atenas e Esparta).
DOUTA IGNORÂNCIA
“Existe
apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância”.
-
Politicamente, embora não demonstrasse preferências, Sócrates era tido como
perigoso aos poderosos em virtude de sua língua afiada.
-
Ao final da guerra (Guerra do Peloponeso), quando a Atenas derrotada foi dominada
pelos Trinta Tiranos, declarou-se a proibição de se ensinar ou discutir
filosofia em público.
ACUSAÇÃO, CONDENAÇÃO E MORTE
“Três coisas devem
ser feitas por um juiz: ouvir atentamente, considerar sobriamente e decidir
imparcialmente”.
-
A volta da democracia (com o fim do governo do Trinta Tiranos), não melhorou a
situação de Sócrates.
-
Após ser acusado de Blasfemo e Subversor da juventude, Sócrates foi
a julgamento — que se tornaria célebre na descrição feita por Platão (Apologia
de Sócrates).
-
A prosa elegante e provocadora de Sócrates teve efeito negativo e, após irritar
a maioria do juri — dizendo entre outras coisas que em vez de julgado deveria
ser declarado herói — Sócrates acabou condenado à morte.
CARACTERÍSTICAS DA
REFLEXÃO SOCRÁTICA
- Se existiu alguma revolução na filosofia na
Grécia Antiga, ela atende por um nome: Sócrates.
O ANTROPÓLOGO
- Sócrates revolucionou a Filosofia ao
transferir a vocação questionadora da natureza física para a natureza humana,
seus valores, verdades e fundamentos.
-
A preocupação deixou de ser Cosmológica e tornou-se Antropológica.
O INATISTA
-
Alterando radicalmente o uso da razão e o objeto de investigação filosófica,
ele decidiu que, em vez de continuarem debatendo sobre a origem e transformação
do universo e todas as coisas que nele havia, os homens fariam melhor se
investigassem a si mesmos.
-
A verdadeira descoberta estava no interior da alma humana, e não fora dela: “Conhece-te
a ti mesmo”.
O SÁBIO DAS RUAS
“Mas eis a hora de
partir: eu para morte, vós para a vida. Quem de nós segue o melhor rumo ninguém
o sabe, exceto os deuses”.
- Insatisfeito com as limitações do pensamento
filosófico que era expresso em sua época, decidiu descobrir um novo modo de
conhecimento.
-
Em vez de restringir seu debate somente aos eminentes, Sócrates era visto em
toda parte — especialmente na Ágora (área central de Atenas onde se desenrolava
toda a vida pública da cidade) — dialogando com todo o tipo de gente.
-
Suas andanças o levaram ao Oráculo de Delfos, o qual, para espanto do próprio
Sócrates, o declarou “o mais sábio dos homens”.
METODOLOGIA SOCRÁTICA
“O homem faz o mal,
porque não sabe o que é o bem”.
-
O procedimento de Sócrates inclui o aperfeiçoamento da dialética, anteriormente
utilizada por Heráclito e os Sofistas.
-
Em seus diálogos — alguns dos quais chegaram a nós através do seu discípulo
Platão — Sócrates buscava o esclarecimento dos conceitos mais básicos.
-
Pedia a seu interlocutor que discorresse sobre um assunto qualquer (a justiça,
a coragem, etc.) Em seguida, a partir dos pensamentos mal formulados e
expressos, ia demolindo os argumentos um a um, de modo que seu oponente ficava
frequentemente sem respostas.
-
Dialética
Negativa - derrubava racionalmente os argumentos enganosos e confusos.
-
Dialética
Positiva – buscava ressaltar o valor de verdade das proposições claras
e indubitáveis.
IRONIA
“O amigo deve ser
como o dinheiro, cujo valor já conhecemos antes de termos necessidade dele”.
- Discordando do Oráculo (segundo este,
Sócrates era o homem mais sábio dentre todos), Sócrates decidiu encontrar em
Atenas alguém que fosse mais sábio que ele próprio; mas, dialogando com as
pessoas da cidade famosas pela inteligência e sabedoria, logo se convenceu de
que elas, na verdade, nada sabiam de concreto.
- A cada sábio que interpelava, em algum
momento da conversa, Sócrates logo percebia Falseamentos e Contradições.
-
Com isso Sócrates concluiu que de fato era o mais sábio dentre os “sábios”,
pois nada sabendo, nada fingia saber: “Só sei que nada sei”.
MAIÊUTICA
“O verdadeiro
conhecimento vem de dentro”.
-
A mãe de Sócrates era parteira, ajudava as crianças a nascerem.
-
O filósofo apropriou-se desse ofício da mãe adaptando-o a sua forma de
filosofar.
-
Sua ação filosófica assemelhava-se ao ofício da mãe, enquanto ela ajudava as
crianças a nascer, ele fazia o mesmo com as ideias que jaziam no interior da
cada um.
ÉTICA SOCRÁTICA
Só erra quem não sabe!
INTELECTUALISMO MORAL
“A maneira mais fácil
e mais segura de vivermos honradamente consiste em sermos, na realidade, o que
parecemos ser”.
-
Sócrates deixa de acreditar no modelo homérico de virtude, onde heróis e deuses
com atitudes e ações moralmente corretas são sempre modelos a serem seguidos.
-
Para Sócrates o homem deveria utilizar a razão para encontrar novos paradigmas
éticos que o direcionassem a boas ações.
-
Cabe somente ao homem ter controle sobre suas ações para torná-las moralmente
boas.
-
Para Sócrates, a nossa alma ou intelecto seria a motivadora de nossas ações.
-
Porém, existe uma tripartição da alma, e ela teria uma parte apetitiva a qual
inclinaria o homem aos prazeres da vida.
-
Os prazeres pode enganá-lo, fazendo-o acreditar que muitas vezes que o falso
seja verdadeiro.
-
Para resolver este problema, Sócrates recorre à teoria das Formas ou das Ideias.
-
Faz-se necessário uma ideia una das coisas, ou seja, o conhecimento das Ideias
que levaria o homem ao conhecimento do Bem e das boas ações; isso é possível
porque o homem usa a parte intelectiva da sua alma.
-
Para que o homem não caia no erro, ele deve usar a parte intelectiva da alma
para agir bem, ou seja, ser o que é, racional.
-
As ações do homem não dependeriam mais da vontade dos deuses, não estariam
sujeitas ao acaso das contingências do mundo nem tão pouco dependeriam dos
impulsos da parte apetitiva da alma.
-
Para o homem ser bem orientado ele não pode deixar-se guiar por suas paixões,
controlando seus impulsos para poder agir bem, sendo guiado pela parte
intelectiva da alma.
-
Somente reconhecendo o que é o Bem, o homem pode agir de acordo com ele para ser
uma pessoa virtuosa: Só erra quem não sabe!
Cacau
“:¬)
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