domingo, 23 de janeiro de 2022

A INFLUÊNCIA DE PLATÃO E ARISTÓTELES

 A INFLUÊNCIA DE PLATÃO E ARISTÓTELES

NA FILOSOFIA OCIDENTAL

Por: Claudio F. Ramos, a partir de livros e da net. C@cau “::¬)23/01/2022

VÍDEOS:

https://www.youtube.com/watch?v=XAodxKr_91Y

https://www.youtube.com/watch?v=NluJ9Bh8erE

COSMOGONIA/COSMOLOGIA

- Criação ou origem do Universo.

·         Objeto de estudo ou de especulação do saber mítico e filosófico antigo.

·         Etimologia: grego kósmos (mundo) e gonia (geração, nascimento).

·         Com o nascimento da filosofia o conceito foi modificado: Cosmogonia X Cosmologia

ESCOLA JÔNICA

- Escola da filosofia grega centrada na cidade de Mileto, na região da Jônia (séc. VI e V a. C.).

·         Tales, Anaximandro, Anaxímenes, Heráclito, Anaxágora, Arquelau e Diógenes de Apolônia são alguns dos pensadores dessa escola.

·         Aristóteles os definiu como: physiologoi (os que discursam sobre a natureza).

PLATÃO (427-347 a. C.)

- O filósofo racionalista/idealista defensor do dualismo psicofísico.

·         Fundador da Academia, escola platônica (“Se não souber matemática, não entre”.).

·         Propagador do pensamento filosófico de Sócrates.

·         Postulador a construção de uma república ideal.

·         Desenvolveu a famosíssima Teoria das Ideias.

·         Criador da conhecida Alegoria da Caverna.

- Em Platão a Teoria das Ideias surge como uma vertente de transformação radical da Escola Jônica e estabelece uma nova diretriz de leis e de hábitos.

·         A cosmogonia, até então estruturada por uma causalidade mecânica, perpassa novamente o âmbito da reflexão.

·         Reivindicando para o cosmo uma estruturação unitária e lógica.

·         Regida pelo princípio da justiça e sob o amparo do Bem supremo.

·         O Bem supremo, enquanto valor ideal, contém em si a própria a própria ordem.

·         Com essa nova estruturação cosmológica, fundamenta-se a Metafísica.

·         A Metafísica passa a figurar como reflexão sistemática em torno dessa nova ordem cósmica.

O DUALISMO ONTOLÓGICO

(O Inteligível e o Sensível)

- Mundo Inteligível – Alcançável pela dialética ascendente (Racional).

·         O mundo da razão - Incriado; Perfeito; Uno; Imutável.

·         A Episteme – Científico, racionalmente demonstrativo, verdadeiro.

·         Influência de Parmênides - “O Ser é, o Não-Ser não é”.

- Mundo Sensível – Alcançável pelos sentidos (Empírico).

  • O mundo das impressões - Múltiplo, Mutável, Efêmero, Aparente.
  • A Dóxa – Crenças, opiniões, pontos de vistas, senso comum.
  • Influência de Heráclito - “O Ser não é mais do que devir”.

OBS: Segundo a Teoria da Participação, o Mundo Sensível só existe na medida em que participa do Mundo Inteligível.

ARISTÓTELES (384-322 a. C.)

- Aristóteles foi, seguramente, o melhor discípulo que Platão já teve em toda e qualquer época.

·         Por não lhe ter sido permitido assumir a Academia, fundou sua própria escola: o Liceu.

·         Notabilizou-se pelo seu hilemorfismo: teoria da substância (matéria e forma).

·         Segundo o Estagirita, há na matéria uma potencia própria que lhe garante o movimento.

·         Aristóteles desdobrou-se como filósofo metafísico e do real, do abstrato e do concreto, rompendo assim a estreiteza das classificações vigentes.

- A lei das quatro causas: conhecer é conhecer pelas causas.

·         Causa Material (de que é feito?) – a estátua é feita de mármore.

·         Causa Eficiente (quem fez isso?) – o artífice fez a estátua.

·         Causa Formal (como é isso?) – o que diferencia uma coisa da outra.

·         Causa Final (para que se fez isso?) – a finalidade de uma existência qualquer.

- As quatro causas, segundo Aristóteles, é um princípio de elucidação do próprio modo do ser humano de pensar.

·         Nada do que se pensa foge à formalização causal do universo.

·         A metafísica aristotélica está centrada na ideia de Ato e Potência, tendo início nas relações causais presentes na natureza.

- O Homem e a Pólis: quem é o homem e para que viver em sociedade?

·         No livro A política, Aristóteles questiona: para que serve o ser humano (causa final)?

·         O filósofo chega à conclusão que o homem é um: zoon politikon (animal político).

·         O homem vive e se realiza na pólis, essa existe para o bem comum (o sumo Bem).

- Os Regimes Políticos e suas degenerações

·         Democracia: poder do povo (Demagogia: desconsideração do bem comum).

·         Monarquia: poder de um só (Tirania: poder ditatorial de apenas um).

·         Aristocracia: poder dos “melhores” (Oligarquia: poder e interesse de alguns).

COCLUSÃO

- Aristóteles não despreza a razão, porém não é um racionalista; ele é um empirista.

·         Não escolhe qual das três formas de governo é a ideal; o que importa não são quantos governam, mas para quantos se governa.


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