A INFLUÊNCIA DE PLATÃO E ARISTÓTELES
NA FILOSOFIA OCIDENTAL
Por: Claudio F. Ramos, a partir de livros e da net. C@cau “::¬)23/01/2022
VÍDEOS:
https://www.youtube.com/watch?v=XAodxKr_91Y
https://www.youtube.com/watch?v=NluJ9Bh8erE
COSMOGONIA/COSMOLOGIA
-
Criação ou origem do Universo.
·
Objeto
de estudo ou de especulação do saber mítico e filosófico antigo.
·
Etimologia:
grego kósmos (mundo) e gonia (geração, nascimento).
· Com o nascimento da filosofia o conceito foi modificado: Cosmogonia X Cosmologia
ESCOLA
JÔNICA
-
Escola da filosofia grega centrada na cidade de Mileto, na região da Jônia
(séc. VI e V a. C.).
·
Tales,
Anaximandro, Anaxímenes, Heráclito, Anaxágora, Arquelau e Diógenes de Apolônia
são alguns dos pensadores dessa escola.
· Aristóteles os definiu como: physiologoi (os que discursam sobre a natureza).
PLATÃO
(427-347 a. C.)
-
O filósofo racionalista/idealista defensor do dualismo psicofísico.
·
Fundador
da Academia, escola platônica (“Se não souber matemática, não entre”.).
·
Propagador
do pensamento filosófico de Sócrates.
·
Postulador
a construção de uma república ideal.
·
Desenvolveu
a famosíssima Teoria das Ideias.
· Criador da conhecida Alegoria da Caverna.
-
Em Platão a Teoria das Ideias surge como uma vertente de transformação radical
da Escola Jônica e estabelece uma nova diretriz de leis e de hábitos.
·
A
cosmogonia, até então estruturada por uma causalidade mecânica, perpassa
novamente o âmbito da reflexão.
·
Reivindicando
para o cosmo uma estruturação unitária e lógica.
·
Regida
pelo princípio da justiça e sob o amparo do Bem supremo.
·
O
Bem supremo, enquanto valor ideal, contém em si a própria a própria ordem.
·
Com
essa nova estruturação cosmológica, fundamenta-se a Metafísica.
· A Metafísica passa a figurar como reflexão sistemática em torno dessa nova ordem cósmica.
O DUALISMO ONTOLÓGICO
(O Inteligível e o Sensível)
-
Mundo Inteligível – Alcançável pela
dialética ascendente (Racional).
·
O mundo da razão - Incriado; Perfeito; Uno; Imutável.
·
A Episteme – Científico, racionalmente demonstrativo, verdadeiro.
· Influência de Parmênides - “O Ser é, o Não-Ser não é”.
-
Mundo Sensível – Alcançável pelos
sentidos (Empírico).
- O mundo das
impressões - Múltiplo, Mutável, Efêmero, Aparente.
- A Dóxa –
Crenças, opiniões, pontos de vistas, senso comum.
- Influência de Heráclito - “O Ser não é mais do que devir”.
OBS: Segundo a Teoria da Participação, o Mundo Sensível só existe na medida em que participa do Mundo Inteligível.
ARISTÓTELES
(384-322 a. C.)
-
Aristóteles foi, seguramente, o melhor discípulo que Platão já teve em toda e
qualquer época.
·
Por
não lhe ter sido permitido assumir a Academia, fundou sua própria escola: o
Liceu.
·
Notabilizou-se
pelo seu hilemorfismo: teoria da substância (matéria e forma).
·
Segundo
o Estagirita, há na matéria uma potencia própria que lhe garante o movimento.
· Aristóteles desdobrou-se como filósofo metafísico e do real, do abstrato e do concreto, rompendo assim a estreiteza das classificações vigentes.
-
A lei das quatro causas: conhecer é conhecer pelas causas.
·
Causa
Material (de que é feito?) – a estátua é feita de mármore.
·
Causa
Eficiente (quem fez isso?) – o artífice fez a estátua.
·
Causa
Formal (como é isso?) – o que diferencia uma coisa da outra.
· Causa Final (para que se fez isso?) – a finalidade de uma existência qualquer.
-
As quatro causas, segundo Aristóteles, é um princípio de elucidação do próprio
modo do ser humano de pensar.
·
Nada
do que se pensa foge à formalização causal do universo.
· A metafísica aristotélica está centrada na ideia de Ato e Potência, tendo início nas relações causais presentes na natureza.
-
O Homem e a Pólis: quem é o homem e para que viver em sociedade?
·
No
livro A política, Aristóteles questiona: para que serve o ser humano
(causa final)?
·
O
filósofo chega à conclusão que o homem é um: zoon politikon (animal
político).
· O homem vive e se realiza na pólis, essa existe para o bem comum (o sumo Bem).
-
Os Regimes Políticos e suas degenerações
·
Democracia:
poder do povo (Demagogia: desconsideração do bem comum).
·
Monarquia:
poder de um só (Tirania: poder ditatorial de apenas um).
· Aristocracia: poder dos “melhores” (Oligarquia: poder e interesse de alguns).
COCLUSÃO
-
Aristóteles não despreza a razão, porém não é um racionalista; ele é um
empirista.
·
Não
escolhe qual das três formas de governo é a ideal; o que importa não são
quantos governam, mas para quantos se governa.
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