domingo, 8 de outubro de 2017

FRIEDRICH WILHELM NIETZSCHE (1844-1900)


Textos e imagens adaptados da internet por: Claudio Fernando Ramos, 08/10/2017. Cacau ":¬)

UMA EXPLICAÇÃO QUALQUER É PREFERÍVEL

À FALTA DE EXPLICAÇÃO

 - Reduzir uma coisa desconhecida a outra conhecida alivia, tranquiliza e satisfaz o espírito, dando-nos, um sentimento de poder.

·         O desconhecido leva consigo o perigo, a inquietude, o cuidado; o instinto primário dirige-se a eliminar estes estados penosos.

·         A primeira representação, em virtude da qual o desconhecido se declara conhecido dos nossos instintos, tende a suprimir essa situação penosa.

·         Uma explicação qualquer é preferível à falta de explicação.

·         Como, na realidade, trata-se apenas de se livrar de representações angustiantes, nos faz tão bem que se tem por verdadeira.

·         Não se busca somente descobrir uma explicação da causa, mas sim se elege e se prefere uma classe particular de explicações, aquela que dissipa mais rapidamente e em maior número de casos a impressão do estranho, do novo, do imprevisto, isto é, são preferidas as explicações mais comuns. 

O FILÓLOGO1
Não será trabalhado aqui nenhum motivo transcendente, nenhum Deus que veio a revelar ao homem princípios para controlar o modo agir, mas sim investigará como surgiu entre os povos o juízo bom e mau.

·         Filólogo de formação, Nietzsche aprofunda-se no estudo da palavra bom e, consequentemente, da palavra mau.
·         Genealogia da Moral - detecta alguns pontos das origens dos valores e sentimentos morais.
·         O livro se divide em algumas dissertações que tratam respectivamente da origem:
a)     Dos conceitos bom e mau;
b)    Da culpa;
c)     Má consciência e coisas afins;
d)    O valor do ideal ascético. 

·         Nietzsche ressalta a inversão sofrida por tais valores pelas influências que se prendem com força.
·         A obra gira em torno da questão do valor: o que é o bom?
·         O gênio provocativo de Nietzsche traz um texto com certo teor de sarcasmo.
1 - Filólogo é o estudioso da filologia, que é o estudo de uma língua em todos os seus aspectos e também dos escritos que a 
TESES
Todos os temas divinos: razão, sociedade, culpa, justiça, são vistos não em relação a revelações divinas, mas sim enquanto produto da crueldade humana.
 ·         Em Genealogia da Moral Nietzsche desenvolve a ideia já apresentada em: 
a)     Humano, Demasiado Humano;
b)    Para além do Bem e do Mal.
·         Existe uma dupla origem para nossos juízos de valor, resultante de duas formas distintas de avaliar a vida:
a)     A moral dos senhores;
b)    A moral dos escravos. 
A MORAL DOS SENHORES
·         Afirma a vida;
·         Elabora seu conceito bom, a partir de si mesma:

 Eu sou bom, eu sou belo, eu sou forte.

·         Cria o conceito ruim para tudo aquilo que é baixo, vulgar, plebeu.

A MORAL DOS ESCRAVOS
·         Nasce do ressentimento;
·         É sempre uma reação ao que lhe vem de fora.
·         Seu conceito original é mal, para designar todo não-eu e com uma lógica surpreendente infere: ele é mal, logo eu sou bom. 
JUDAÍSMO/CRISTÃO: O DOMÍNIO DOS FRACOS
Durante longo tempo essa dupla forma de avaliar conviveu na história até a revolta dos escravos na moral, que começa com o povo judeu e segue adiante com o cristianismo, que irá consolidar a vitória da moral dos escravos como a única moral.

O NASCIMENTO DA CULTURA TENDO CRUELDADE COMO MATRIZ

Nasce a consciência, a sociedade e a linguagem entre as tribos primitivas a partir da crueldade humana.

A JUSTIÇA COMO VONTADE DOS MAIS FORTES

A justiça surge como acordo entre os fortes que impõe sua vontade aos mais fracos.
DOS INSTINTOS REPRIMIDOS À CULPA
·         A origem da má consciência encontra-se nos instintos reprimidos.
·         Instintos que não podem se exteriorizar e então se voltam para dentro, contra o homem mesmo que os possui.
·         Uma vez interiorizados os instintos reprimidos tornam-se corresponsáveis pela noção de dívida.
·         Além dos instintos a noção de dívida conta com a mal fadada relação credor/devedor, que só faz aumentar, nos que se sentem endividados, o sentimento de culpa.

O IDEAL ASCÉTICO: É MELHOR O NADA DO QUE COISA NENHUMA
·         Quanto mais doente melhor


Nietzsche diserta sobre a psicologia dos sacerdotes, sua forma de dominar e o adoecimento do animal homem para garantia de seu poder.
 PODER SEM CONCORRÊNCIA
·         Quanto ao poder do ideal ascético sobre nós a resposta é que esse poder não tem antagonistas.
·         É a única explicação, a única fonte de sentido para o homem até hoje.

VIVER: UM ERRO A SER EVITADO
·         O sentido da vida é dado como se a vida fosse um erro o qual devemos evitar.

A VIDA APENAS COMO UMA PASSAGEM
·         O ideal ascético trata a vida como uma ponte para outra vida.

CARÊNCIA: A MAIOR DAS MISÉRIAS
·         Por ser o único sentido até hoje, e o homem ser um animal carente de sentido, o homem preferirá querer o nada a nada querer.
Conclusão
 ·         Em sua Genealogia da Moral, Nietzsche afirma que o indivíduo soberano deve livrar-se da moralidade dos costumes e da camisa de força social.
·         Esse indivíduo é único e diferente dos outros: é forte.
·         Este soberano move-se segundo seu instinto e sua Natureza é o oposto da consciência, pois esta tenta reprimir seus princípios fisiológicos.
·         O soberano somente se livra de tais grilhões destruindo sua “memória”, memória esta que o homem utiliza de sacrifícios e sangue para manter.
·         A liberdade somente é alcançada mediante o esquecimento e somente assim a ética pode ser fundada, neste esquecimento dos conceitos morais.
·         A moral vigente está fundada num conhecimento de si, “sabe-se” o que é o Bem e aplicam-no a todos indiscriminadamente, dotando-o de universalidade.
·         Nietzsche repudia esta moral e conclama uma ética fundada no cuidado de si, onde o indivíduo, e somente ele, sabe o que é Bom, criando desta forma seus valores; rejeita-se a ideia de Bem e Mal e instaura-se o Bom e Ruim.
·         O bom e o ruim não mais como ideia universal, mas como ação, pois o homem não precisa saber, precisa agir.

“Ó! HOMEM! EXCITA O CÉREBRO!”
·         É somente pelo corpo que se pode fazer esta afirmação, pois é ele a grande razão da existência.
·         Nietzsche inaugura uma nova dimensão da existência, definida por ele como imoral.
·         Essa existência torna-se sinônimo de existência autêntica; a existência imoral funda-se no não conhecer.
·         Em seu Crepúsculo dos Ídolos, Nietzsche entende por ídolos tudo o que até então era considerado verdade, não só do pensamento metafísico, como também do pensamento moderno.
·         A história da metafísica seria a história de um erro... 
·         Nietzsche define o Cristianismo como um platonismo para o povo.

AMORTE DE DEUS
·         A morte de Deus, anunciada por Zaratustra, significa, precisamente, a morte do deus da metafísica. Ou seja, daquele deus que é apreendido graças aos conceitos, que, segundo Nietzsche, seriam teias que envolvem a face de Deus.
·         Nietzsche não mata Deus, somente limita-se a constatar sua ausência em seu tempo, em parte por responsabilidade da metafísica.
·         Dizer que o homem é um animal racional é insuficiente.
·         Deve-se dizer que o homem é aquele que supera a dimensão abstrata do conhecimento.
·         Neste ato de superação, revela-se a autenticidade do homem como “super-homem” (Übermensch).

O APOLÍNEO E O DIONISÍACO
O Apolíneo e o Dionisíaco, a ordem e o prazer.








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