Textos e imagens adaptados da internet por: Claudio Fernando Ramos, 08/10/2017. Cacau ":¬)
UMA EXPLICAÇÃO QUALQUER É PREFERÍVEL
À FALTA DE EXPLICAÇÃO
- Reduzir uma coisa desconhecida a outra
conhecida alivia, tranquiliza e satisfaz o espírito, dando-nos, um sentimento
de poder.
·
O
desconhecido leva consigo o perigo, a inquietude, o cuidado; o instinto
primário dirige-se a eliminar estes estados penosos.
·
A
primeira representação, em virtude da qual o desconhecido se declara conhecido
dos nossos instintos, tende a suprimir essa situação penosa.
·
Uma
explicação qualquer é preferível à falta de explicação.
·
Como,
na realidade, trata-se apenas de se livrar de representações angustiantes, nos
faz tão bem que se tem por verdadeira.
·
Não
se busca somente descobrir uma explicação da causa, mas sim se elege e se
prefere uma classe particular de explicações, aquela que dissipa mais
rapidamente e em maior número de casos a impressão do estranho, do novo, do
imprevisto, isto é, são preferidas as explicações mais comuns.
O FILÓLOGO1
Não será trabalhado aqui nenhum motivo transcendente,
nenhum Deus que veio a revelar ao homem princípios para controlar o modo agir,
mas sim investigará como surgiu entre os povos o juízo bom e mau.
·
Filólogo
de formação, Nietzsche aprofunda-se no estudo da palavra bom e,
consequentemente, da palavra mau.
·
Genealogia
da Moral - detecta alguns pontos das origens dos valores e sentimentos morais.
·
O
livro se divide em algumas dissertações que tratam respectivamente da origem:
a) Dos conceitos bom e
mau;
b) Da culpa;
c) Má consciência e
coisas afins;
d) O valor do ideal
ascético.
·
Nietzsche
ressalta a inversão sofrida por tais valores pelas influências que se prendem
com força.
·
A
obra gira em torno da questão do valor: o que é o bom?
·
O
gênio provocativo de Nietzsche traz um texto com certo teor de sarcasmo.
1 - Filólogo é o estudioso da
filologia, que é o estudo de uma língua em todos os seus aspectos e também
dos escritos que a
TESES
Todos os temas divinos: razão, sociedade, culpa, justiça,
são vistos não em relação a revelações divinas, mas sim enquanto produto da
crueldade humana.
·
Em Genealogia
da Moral Nietzsche desenvolve a ideia já apresentada em:
a) Humano, Demasiado
Humano;
b) Para além do Bem e do
Mal.
·
Existe
uma dupla origem para nossos juízos de valor, resultante de duas formas
distintas de avaliar a vida:
a) A moral dos senhores;
b) A moral dos
escravos.
A
MORAL DOS SENHORES
·
Afirma
a vida;
·
Elabora
seu conceito bom, a partir de si mesma:
Eu sou bom, eu sou belo, eu sou forte.
·
Cria
o conceito ruim para tudo aquilo que é baixo, vulgar, plebeu.
A MORAL DOS ESCRAVOS
·
Nasce
do ressentimento;
·
É
sempre uma reação ao que lhe vem de fora.
·
Seu
conceito original é mal, para designar todo não-eu e com uma lógica
surpreendente infere: ele é mal, logo eu sou bom.
JUDAÍSMO/CRISTÃO: O DOMÍNIO DOS FRACOS
Durante longo tempo essa dupla forma de avaliar conviveu
na história até a revolta dos escravos na moral, que começa com o povo judeu e
segue adiante com o cristianismo, que irá consolidar a vitória da moral dos
escravos como a única moral.
O NASCIMENTO DA CULTURA TENDO CRUELDADE COMO MATRIZ
Nasce a consciência, a sociedade e a linguagem entre as
tribos primitivas a partir da crueldade humana.
A JUSTIÇA COMO VONTADE DOS MAIS FORTES
A justiça surge como acordo entre os fortes que impõe sua
vontade aos mais fracos.
DOS INSTINTOS REPRIMIDOS À CULPA
·
A
origem da má consciência encontra-se nos instintos reprimidos.
·
Instintos
que não podem se exteriorizar e então se voltam para dentro, contra o homem
mesmo que os possui.
·
Uma
vez interiorizados os instintos reprimidos tornam-se corresponsáveis pela noção
de dívida.
·
Além
dos instintos a noção de dívida conta com a mal fadada relação credor/devedor,
que só faz aumentar, nos que se sentem endividados, o sentimento de culpa.
O IDEAL ASCÉTICO: É MELHOR O NADA DO QUE COISA NENHUMA
·
Quanto
mais doente melhor
Nietzsche diserta sobre a psicologia dos sacerdotes, sua
forma de dominar e o adoecimento do animal homem para garantia de seu poder.
PODER SEM CONCORRÊNCIA
·
Quanto
ao poder do ideal ascético sobre nós a resposta é que esse poder não tem
antagonistas.
·
É
a única explicação, a única fonte de sentido para o homem até hoje.
VIVER: UM ERRO A SER EVITADO
·
O
sentido da vida é dado como se a vida fosse um erro o qual devemos evitar.
A VIDA APENAS COMO UMA PASSAGEM
·
O
ideal ascético trata a vida como uma ponte para outra vida.
CARÊNCIA: A MAIOR DAS MISÉRIAS
·
Por
ser o único sentido até hoje, e o homem ser um animal carente de sentido, o
homem preferirá querer o nada a nada querer.
Conclusão
·
Em
sua Genealogia da Moral, Nietzsche afirma que o indivíduo soberano
deve livrar-se da moralidade dos costumes e da camisa de força social.
·
Esse
indivíduo é único e diferente dos outros: é forte.
·
Este
soberano move-se segundo seu instinto e sua Natureza é o oposto da consciência,
pois esta tenta reprimir seus princípios fisiológicos.
·
O
soberano somente se livra de tais grilhões destruindo sua “memória”, memória
esta que o homem utiliza de sacrifícios e sangue para manter.
·
A
liberdade somente é alcançada mediante o esquecimento e somente assim a ética
pode ser fundada, neste esquecimento dos conceitos morais.
·
A
moral vigente está fundada num conhecimento de si, “sabe-se” o que é o Bem e
aplicam-no a todos indiscriminadamente, dotando-o de universalidade.
·
Nietzsche
repudia esta moral e conclama uma ética fundada no cuidado de si, onde o
indivíduo, e somente ele, sabe o que é Bom, criando desta forma seus valores;
rejeita-se a ideia de Bem e Mal e instaura-se o Bom e Ruim.
·
O
bom e o ruim não mais como ideia universal, mas como ação, pois o homem não
precisa saber, precisa agir.
“Ó! HOMEM! EXCITA O CÉREBRO!”
·
É
somente pelo corpo que se pode fazer esta afirmação, pois é ele a grande razão
da existência.
·
Nietzsche
inaugura uma nova dimensão da existência, definida por ele como imoral.
·
Essa
existência torna-se sinônimo de existência autêntica; a existência imoral
funda-se no não conhecer.
·
Em
seu Crepúsculo dos Ídolos, Nietzsche entende por ídolos tudo o que até então
era considerado verdade, não só do pensamento metafísico, como também do
pensamento moderno.
·
A
história da metafísica seria a história de um erro...
·
Nietzsche
define o Cristianismo como um platonismo para o povo.
AMORTE DE DEUS
·
A
morte de Deus, anunciada por Zaratustra, significa, precisamente, a morte do
deus da metafísica. Ou seja, daquele deus que é apreendido graças aos
conceitos, que, segundo Nietzsche, seriam teias que envolvem a face de Deus.
·
Nietzsche
não mata Deus, somente limita-se a constatar sua ausência em seu tempo, em
parte por responsabilidade da metafísica.
·
Dizer
que o homem é um animal racional é insuficiente.
·
Deve-se
dizer que o homem é aquele que supera a dimensão abstrata do conhecimento.
·
Neste
ato de superação, revela-se a autenticidade do homem como “super-homem”
(Übermensch).
O APOLÍNEO E O DIONISÍACO
O Apolíneo e o
Dionisíaco, a ordem e o prazer.
Nenhum comentário:
Postar um comentário