“Quando se trata do mundo social, as palavras fazem as
coisas porque elas fazem o consenso sobre a existência do senso das coisas”.
Adaptado (da net) e
complementado por: Claudio Fernando Ramos, 22/01/2017. Cacau “:¬)
Vídeo Aula: https://www.youtube.com/watch?v=nFJr98zqidg
CRIADOR - Violência simbólica é um conceito social elaborado pelo sociólogo francês Pierre Bourdieu.
DOMÍNIO ECONÔMICO - O
conceito serve para descrever o processo pelo qual a classe que domina economicamente
impõe sua cultura aos dominados.
DANOS PSÍQUICOS E MORAIS - Bourdieu fala
sobre uma forma de violência exercida pelo corpo sem coação física, em que causa danos morais e psicológicos.
Os tipos de capitais, segundo Bourdieu:
1) O capital econômico - a renda financeira;
2) O capital social - suas redes de amizade e convívio;
3) O capital cultural - aquele que é constituído pela educação, diplomas e envolvimento com a arte;
4) O capital simbólico - que está ligado à honra, o prestígio e o reconhecimento.
OBS 1 - Capital Simbólico - É através desse capital que determinadas diferenças de poder são definidas socialmente.
OBS 2 - Capital Simbólico - É através desse capital que instituições e indivíduos podem tentar persuadir outros com suas ideias.
OBS 3 - Capital Simbólico - A violência simbólica se dá justamente pela falta de equivalência desse capital entre as pessoas ou instituições.
VERDADES
FABRICADAS - A violência simbólica se funda na fabricação contínua de
crenças no processo de socialização,
que induzem o indivíduo a se posicionar no espaço social
seguindo critérios e padrões do discurso dominante.
A FORÇA DO ARBÍTRIO - Bourdieu parte do princípio de que a cultura e/ou o sistema simbólico, é arbitrária, uma vez que não se assenta numa realidade dada como natural.
CONSTRUÇÃO, MANUTENÇÃO E PERPETUAÇÃO DO
SISTEMA - O sistema simbólico de uma determinada cultura é uma
construção social e sua manutenção é fundamental para a perpetuação de uma
determinada sociedade, através da interiorização da cultura por todos os
membros da mesma.
INTERIORIZAÇÃO DA IMPOSIÇÃO: LEGITIMAÇÃO - A
violência simbólica expressa-se na imposição "legítima" e
dissimulada, com a interiorização da cultura dominante, reproduzindo as relações
do mundo do trabalho.
DETERMINISMO
SOCIAL: NATURALIZAÇÃO - O dominado não se opõe ao seu
opressor, já que não se percebe como vítima deste processo: ao contrário, o
oprimido considera a situação natural e inevitável.
PRÁXIS
Atividade humana em
sociedade
“A violência simbólica é o meio de
exercício do poder simbólico”.
FATOS NÃO EXISTEM PARA SEREM CRIDOS
- Aqueles que restringem a violência apenas à dimensão física ignoram a
possibilidade de as crenças dominantes imporem valores, hábitos e comportamentos
sem recorrer necessariamente à agressão física.
A IGNORÂNCIA PODE ATÉ REDIMIR DA CULPA, MAS NÃO GARANTE
INOCÊNCIA
- Ignorar a violência simbólica é o mesmo que compactuar com situações onde o
indivíduo que sofre a violência simbólica sente-se inferiorizado como acontece,
por exemplo, nas questões de bullying (humilhação constante), raça, gênero, sexualidade, filosofia etc.
ACREDITAR NO QUE NINGUÉM NUNCA VIU; É BEM MENOS
COMPLICADO DO QUE IGNORAR AQUILO QUE TODOS ENXERGAM - A violência
simbólica está muito presente na educação (formal e informal), a partir do
momento em que as instituições (Estado, família, escola e igrejas...) tentam
impor suas convicções e/ou crenças particulares.
ALGUNS TIPOS DE VIOLÊNCIA
a) A Violência Física - é o resultado do uso da força física para assaltar, ferir, constranger alguém.
ALGUNS TIPOS DE VIOLÊNCIA
a) A Violência Física - é o resultado do uso da força física para assaltar, ferir, constranger alguém.
b) A Violência Indireta - acontece quando
o ato visa um fim próximo que não é a violência em si.
c) A Violência Simbólica - resulta da força
de natureza psicológica.
d) A Violência Passiva - ocorre toda vez
que deixamos de fazer determinadas ações necessárias para
salvar vidas.
ALGUNS QUE NÃO QUEREM SER AGREDIDOS,
TORNAM-SE AGRESSORES
“Os atos de violência exercidos contra pessoas mais frágeis ou
dependentes, como velhos, mulheres,
crianças, subordinados e pobres, são mais frequentes
do que se imagina. Alguns teóricos consideram
que as pessoas como pouco poder
de decisão no trabalho e na política tendem a descontar em
dependentes ou
subordinados, exercendo o pequeno poder. Assim, o funcionário público
insatisfeito e de
baixo salário se atribui de poder extraordinário diante do
usuário que chega ao guichê. O subordinado,
com raiva de obedecer às ordens dos
superiores, maltrata a mulher e os filhos. A mãe, dominada pelo
marido, exerce
seu poder contra os filhos”. (Heleieth Saffioli).
Muito bom, bem informativo.
ResponderExcluirAssunto muito muito bom
ResponderExcluirConteúdo intrigante, muito descritivo e organizado
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