O SAGRADO E O PROFANO

(Filosofia da Religião)

Por: Claudio Fernando Ramos, a partir de livros do ensino médio.

Cacau “:¬) 06/04/2020

I - O DESENCANTAMENTO DO MUNDO

- Mundo Desencantado – Assim é que o alemão Weber define o mundo pós-industrial.

II - A PERDA DO SAGRADO

- No passado havia muitas aberturas para o transcendental; mas foram tapadas pelos lixos.

- O fim do sagrado não se deu em razão de um ativismo ateísta. 

III – CONCEPÇÕES FILOSÓFICAS

·         Sócrates, faleceu em 399 a. C. - Uma vida desencantada é inadequada ao ser humano.

·         Aurélio Agostinho 354-430 – Fomos feito por Deus e para Deus; nosso coração está inquieto enquanto não encontrar em Deus o seu descanso.

·         Georg Friedrich Hegel 1770-1831 – A Arte e a Religião são formas de reconectar o ser humano com uma realidade mais completa.

·         Friedrich Hoelderlin 1770-1843 – O ser humano deve retornar ao lar

·         Max Weber 1864-1920 – O mundo pós-Revolução Industrial é um mundo desencantado; é um mundo racionalizado.

·         Roger Vernon Scruton, nasceu em 1944 - Toda religião contem épocas, lugares e ritos através dos quais os homens podem conectar-se ou reconectar-se com a dimensão divina; extrafísica.

IV – O SENTIDO DO SAGRADO E DO PROFANO

- O que especificamente a religião traz ao mundo?

·         A religião traz – O sentido do Sagrado e do Profano.

- O que é o Sagrado?

·         É aquilo que está dotado de sentido sobrenatural; extrafísico; transcendente.

A)    O Sagrado não é somente uma coisa qualquer; mas uma coisa imbuída de um algo mais que o torna especial, além do físico (Uma Vida; Um Livro; Uma Data; Uma Vestimenta; Um Local; Uma Estátua; Elementos da Natureza etc.).

- O que é o Profano?

·         É tudo aquilo que está destituído de sacralidade, ou seja, o seu sentido está reduzido aos que os sentidos do corpo podem captar.

A)    Profanar é tratar o sagrado como comum, habitual, trivial, natural etc.

V - FILOSOFIA E RELIGIÃO: PROXIMIDADES E DISTÂNCIAS

- Há três modos fundamentais que Aproximam, Distanciam e Antagonizam a Filosofia com Religião.

·         Aproximações (Semelhanças nos Questionamentos e nas Abordagens)

A)    Questionamentos: O que é o ser humano? Qual é o sentido da vida? Qual é a missão do ser humano nessa vida?

B)    Abordagens: Metempsicose (Pitágoras 570-495 a. C.); Equilíbrio dos Prazeres (Epicuro 341-270 a. C.); Domínio das Paixões (Zenão de Cício 335-264 a. C.).

·         Distanciamentos (A Filosofia como substitutiva da Religião)

A)    A Metafísica Especulativa – A especulação abstrata (o ser que não é físico) no lugar da fé.

B)    A Cosmologia – Superação do discurso mítico-religioso pelo filosófico racional.

·         Antagonismo: (O Estudo Crítico da Religião)

A)    A Relação – A relação ou a falta da mesma em ralação aos valores morais contemporâneos.

B)    A Linguagem Religiosa – Suas formas e enunciados.

C)    Os valores Religiosos – Compara os valores religiosos com outros valores não religiosos (Culturais, Sociais, Civis etc.).

D)    O Objeto próprio da Religião – Qual é a fundamentação que os teólogos buscam dar a fé e as crenças religiosas. 

 VI – CONSEQUÊNCIAS DA PERDA DO SAGRADO

- A perda do sagrado promove a perda de alguns valores tradicionais:

A) Uma vida sem Sacrifícios – todo e qualquer tipo de exigência torna-se um “sacrifício” irrealizável (Prazeres como forma de felicidade).

B) Uma vida sem Ritos de Passagens – o abandono sistêmico ou a indiferença obtusa de tradições formais (Desvalorização das tradições e dos valores a elas arrolados).

C) Uma vida Solitária – A solidão na vida humana não significa apenas a ausência de outras pessoas; significa também a falta de crença (Sozinhos em meio à multidão).

D) Solidão Existencial ou Metafísica – A solidão que não é superada simplesmente com a integração com outras pessoas; com o consumismo nem com gastronomias sofisticadas (A solução para esse tipo de solidão estaria na Arte e na Religião). 

VII - AS TRÊS RELIGIÕES MONOTEÍSTAS

- O judaísmo: três principais divisões

A) Os judeus Ortodoxos - são os mais tradicionalistas, acham que sua religião deve ser praticada exatamente como se fazia nos tempos antigos.

B) Os judeus Reformistas - fizeram muitas mudanças e não participam de todas as cerimônias observadas pelos judeus Ortodoxos.

C) Os Conservadores - sustentam as tradições antigas, mas fizeram algumas mudanças em suas práticas religiosas.

- O cristianismo: três principais divisões

A) Católicos - Os seguidores do papa de Roma formaram a Igreja católica, uma palavra grega que significa “universal”.

B) Ortodoxa - A Igreja do Oriente foi denominada ortodoxa, que em grego quer dizer “que segue a crença correta”.

C) Protestantes - A Reforma Protestante surgiu com as ideias do monge alemão Martinho Lutero, após a publicação das suas 95 teses. Durante a Reforma Protestante, surgiram outras correntes religiosas, como o calvinismo, liderado por João Calvino, e que deu origem ao presbiterianismo, e o anglicanismo, na Inglaterra, que surgiu do rompimento do rei Henrique VIII com a Igreja Católica.

- O Islã: duas divisões principais

·         A divisão do Islã entre Sunitas e Xiitas, remonta ao século VII e tem origem na disputa sobre a sucessão do profeta.

A) Sunitas - defendem que o chefe do Estado mulçumano (califa) deve reunir virtudes como honra, respeito pelas leis e capacidade de trabalho, porém, não acham que ele deve ser infalível ou impecável em suas ações.

B) Xiitas - defendem que a chefia do Estado muçulmano só pode ser ocupada por alguém que seja descendente do profeta Maomé ou que possua algum vínculo de parentesco com ele.