quarta-feira, 19 de janeiro de 2022

DEVER, VALOR E LIBERDADE

Por: Claudio F. Ramos, a partir de livros, textos e imagens da net. C@cau “::¬) 19/01/2022

“Age de modo a considerar toda a humanidade, seja na tua pessoa, seja na pessoa de qualquer outro, sempre também como objetivo, e nunca como simples meio”.

(Immanuel Kant)

VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=dsIpirRNEIQ

TESES

- O dever é realmente uma lei moral?

- O dever é um guia para as ações morais, cuja natureza é racional?

- É possível encontrar na própria razão humana um norte que ilumina o caminho quando se trata de saber qual é a ação correta?

O DEVER

- Segundo Immanuel Kant (1724-1804) uma lei moral (Imperativo Categórico) não consiste em ordenar determinada coisa; por mais nobre e elevada que seja.

·         A lei moral não depende do conteúdo.

·         Segundo Kant, a lei que depende do conteúdo é a lei material.

·         Se a lei moral for subordinada ao conteúdo ela torna-se Empirista e/ou Utilitarista.

·         Quando a lei moral se torna uma dessas duas coisas o conteúdo passa a ter maior relevância, ou seja, se o conteúdo em questão agrada ou desagrada.

·         Por não depender do conteúdo, a lei moral, segundo Kant, só depende da Forma, ou seja, de sua Racionalidade.

·         Por depender da forma, a lei moral vale universalmente; sem exceções (deves porque deves).

O DEVER E SUA RELAÇÃO COM OS VALORES

- O que são valores?

·         De forma geral, o valor pode ser entendido como juízo sobre algum aspecto da realidade.

- O que são juízos:

·         Constatação ou afirmação de uma realidade qualquer.

·         Os juízos podem ser de dois tipos: J. de Fato e J. de Valor.

- Juízos de fatos

·         São fundamentados no empirismo, na lógica, na quantificação e cientificação da realidade.

- Juízos de valores

·         São relativos, subjetivos, pessoais, culturais etc.

·         Os valores podem ser estéticos, éticos, religiosos etc.

·                     Quando os valores são éticos, utiliza-se alguns critérios para tomadas de decisões: coragem, prudência, moderação, temperança, sabedoria...

CONSCIÊNCIA DO DEVER

- Kant percebe uma estreita relação entre o dever e as várias filosofias morais produzidas ao longo da história.

·         Kant entende que há uma voz interior (consciência do dever) nos dizendo o que devemos fazer; mesmos os que não obedecem, ouvem da mesma forma.

·         A consciência do dever é definida por Kant como sendo um Imperativo Categórico.

·         Imperativo por se tratar de um mandamento da consciência do próprio indivíduo.

·         Categórico por ter uma abrangência universal, ou seja, para todos em todo tempo.

·         Segundo Kant, uma ação só será moral se, e somente se, respeitar a lei do dever.

A MÁXIMA DO DEVER

- “Age como se o princípio da tua ação devesse tornar-se, por meio da tua vontade, em lei universal”.

·         Nesse caso uma ação moral vai depender mais da intenção do que da consequência.

·         Uma lei verdadeiramente moral não garante, necessariamente, a aceitação das pessoas e da sociedade; ou seja, pode não ser considerada útil.

DEVER E A ÉTICA FORMALISTA

- Diferentemente dos deveres particulares, (amar os pais, amar sua pátria etc.) que possuem conteúdos, Kant defende um dever absoluto e universal, baseado na forma.

·         Os deveres matérias são importantes, mas estão limitados aos contextos nos quais são exercidos (seja gentil, seja corajoso, seja cortês).

·         Ética formalista; esvaziado de conteúdo, só o dever absoluto (com forma, mas sem conteúdo) pode preencher as necessidades da universalidade das ações humanas.

O DEVER COMO IMPERATIVO CATEGÓRICO

- O dever material está invariavelmente relacionado a natureza e/ou divindade; este difere do dever formal que não busca nada fora do próprio dever.

·         Imperativos são necessidades objetivas (não subjetivas) da ação e seriam cumpridas, necessariamente, se os homens não fossem livres para fazerem escolhas.

OS TIPOS DE IMPERATIVOS

- Os imperativos podem ser de dois tipos: categórico e hipotético.

·         Hipotético – quando prescreve uma regra sob uma condição particular (Para passar no ENEM é necessário estudar bastante).

·         Categórico – serve para toda e qualquer situação; é formal; deves porque deves (“Age de modo que a vontade, com tua máxima, possa ser considerada como universalmente legisladora em relação a si mesma”).

DEVER: AUTONOMIA E HETERONOMIA

- A ação ética é aquela que é estritamente feita para cumprir o dever por causa do dever em si.

·         Vontade heterônoma – as pessoas agem com interesse de receberem algo em troca da ação praticada (imperativo hipotético).

·         Vontade autônoma – as pessoas agem para respeitar a lei do dever, fruto da própria vontade (imperativo categórico).

 

 

 

 

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