SOCIOLOGIA
1.
(Enem 2016) Não estou mais pensando como costumava pensar. Percebo isso de modo
mais acentuado quando estou lendo. Mergulhar num livro, ou num longo artigo, costumava
ser fácil. Isso raramente ocorre atualmente. Agora minha atenção começa a
divagar depois de duas ou três páginas. Creio que sei o que está acontecendo.
Por mais de uma década venho passando mais tempo On-line, procurando e surfando
e algumas vezes acrescentando informação à grande biblioteca da internet. A
internet tem sido uma dádiva para um escritor como eu. Pesquisas que antes
exigiam dias de procura em jornais ou na biblioteca agora podem ser feitas em
minutos. Como disse o teórico da comunicação Marshall McLuhan nos anos 60, a
mídia não é apenas um canal passivo para o tráfego de informação. Ela fornece a
matéria, mas também molda o processo de pensamento. E o que a net parece fazer
é pulverizar minha capacidade de concentração e contemplação.
CARR, N. Is Google making us stupid’? Disponível em: www.theatlantic.com. Acesso em: 17 fev. 2013 (adaptado).
Em
relação à internet, a perspectiva defendida pelo autor ressalta um paradoxo que
se caracteriza por
a)
Associar uma experiência superficial à abundância de informações.
b)
Condicionar uma capacidade individual à desorganização da rede.
c)
Agregar uma tendência contemporânea à aceleração do tempo.
d)
Aproximar uma mídia inovadora à passividade da recepção.
e) Equiparar uma ferramenta digital à tecnologia analógica.
2.
(Enem 2016) Hoje, a indústria cultural assumiu a herança civilizatória da
democracia de pioneiros e empresários, que tampouco desenvolvera uma fineza de
sentido para os desvios espirituais. Todos são livres para dançar e para se divertir
do mesmo modo que, desde a neutralização histórica da religião, são livres para
entrar em qualquer uma das inúmeras seitas. Mas a liberdade de escolha da
ideologia, que reflete sempre a coerção econômica, revela-se em todos os
setores como a liberdade de escolher o que é sempre a mesma coisa.
ADORNO, T; HORKHEIMER, M. Dialética do esclarecimento: fragmentos filosóficos. Rio de Janeiro; Zahar, 1985
A
liberdade de escolha na civilização ocidental, de acordo com a análise do
texto, é um(a)
a)
Legado social.
b)
Patrimônio político.
c)
Produto da moralidade.
d)
Conquista da humanidade.
e) Ilusão da contemporaneidade.
3.
Na sociedade contemporânea, onde as relações sociais tendem a reger-se por
imagens midiáticas, a imagem de um indivíduo, principalmente na indústria do
espetáculo, pode agregar valor econômico na medida de seu incremento técnico:
amplitude do espelhamento e da atenção pública. Aparecer é então mais do que
ser; o sujeito é famoso porque é falado. Nesse âmbito, a lógica circulatória do
mercado, ao mesmo tempo que acena democraticamente para as massas com supostos
“ganhos distributivos” (a informação ilimitada, a quebra das supostas
hierarquias culturais), afeta a velha cultura disseminada na esfera pública. A
participação nas redes sociais, a obsessão dos selfies, tanto falar e ser
falado quanto ser visto são índices do desejo de “espelhamento”.
SODRÉ, M. Disponível em: http://alias.estadao.com.br. Acesso em: 9 fev. 2015 (adaptado).
A
crítica contida no texto sobre a sociedade contemporânea enfatiza
a)
A prática identitária autorreferente.
b)
A dinâmica política democratizante.
c)
A produção instantânea de notícias.
d)
Os processos difusores de informações.
e) Os mecanismos de convergência tecnológica
FILOSOFIA
4.
(Enem PPL 2018) Quando analisamos nossos pensamentos ou ideias, por mais
complexos e sublimes que sejam, sempre descobrimos que se resolvem em ideias
simples que são cópias de uma sensação ou sentimento anterior. Mesmo as ideias
que, à primeira vista, parecem mais afastadas dessa origem mostram, a um exame
mais atento, ser derivadas dela.
(HUME, D. Investigação sobre o entendimento humano. São Paulo: Abril Cultural, 1973)
Depreende-se
deste excerto da obra de Hume que o conhecimento tem a sua gênese na:
a)
Convicção inata.
b)
Dimensão apriorística.
c)
Elaboração do intelecto.
d)
Percepção dos sentidos.
e) Realidade transcendental
5.
(Enem 2018) Jamais deixou de haver sangue, martírio e sacrifício, quando o
homem sentiu a necessidade de criar em si uma memória; os mais horrendos
sacrifícios e penhores, as mais repugnantes mutilações (as castrações, por
exemplo), os mais cruéis rituais, tudo isto tem origem naquele instinto que
divisou na dor o mais poderoso auxiliar da memória.
NIETZSCHE, F. Genealogia da moral. São Paulo: Cia. das Letras, 1999.
O
fragmento evoca uma reflexão sobre a condição humana e a elaboração de um
mecanismo distintivo entre homens e animais, marcado pelo(a)
a)
Racionalidade científica.
b)
Determinismo biológico.
c)
Degradação da natureza.
d)
Domínio da contingência.
e) Consciência da existência.
6.
(Enem 2016) Sentimos que toda satisfação de nossos desejos advinda do mundo
assemelha-se à esmola que mantém hoje o mendigo vivo, porém prolonga amanhã a
sua fome. A resignação, ao contrário, assemelha-se à fortuna herdada: livra o
herdeiro para sempre de todas as preocupações.
SCHOPENHAUER, A. Aforismo para a sabedoria da vida. São Paulo: Martins Fontes, 2005.
O
trecho destaca uma ideia remanescente de uma tradição filosófica ocidental,
segundo a qual a felicidade se mostra indissociavelmente ligada à
a)
Consagração de relacionamentos afetivos.
b)
Administração da independência interior.
c)
Fugacidade do conhecimento empírico.
d)
Liberdade de expressão religiosa.
e)
Busca de prazeres efêmeros.
Adorei o blog, professor! Obrigada!!!!
ResponderExcluirvaleu cacau. qualquer dia desse bora tomar uma la no bar do jacare
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