Por: Claudio F. Ramos, a partir de livros e da net.
C@cau “:¬)04/05/2023
Maximillian Karl Emil Weber 1864-1920
BIOGRAFIA
Weber foi um intelectual alemão.
· Jurista, economista e considerado um dos fundadores da Sociologia.
OBRA
- Max Weber escreveu o livro:
·
A ética protestante e o espírito do capitalismo.
· A obra pode ser definida como sendo um ensaio fundamental sobre as religiões e a afluência dos seus seguidores.
A POLÍTICA
- A política é o conjunto de esforços visando à
participação do poder ou à influência na divisão desse poder.
·
Esse poder pode ser entre Estados ou no interior de
um único Estado.
· A política deve ser entendida como qualquer atividade em que o Estado tome parte.
VIDA POLÍTICA
- Vive-se da e para a política.
·
A diferença principal é o aspecto econômico.
· Aquele que depende da remuneração pelos seus trabalhos vive da política.
- Supõe-se que quem vive para a política já está
estabilizado financeiramente.
·
Trabalha para a política porque gosta do poder.
·
Trabalha para a política porque encontra equilíbrio
pessoal em favor de uma “causa” que dá significado à sua vida.
· Quem vive “para” a política transforma-a em fim de sua vida; não visa e nem busca remuneração.
POLÍTICOS PROFISSIONAIS
- Políticos profissionais (cargos comissionados) – pessoas
dispostas a não serem, necessariamente, senhores; mas sim influenciadores destes
mesmos senhores.
·
Os chamados “funcionários” políticos
caracterizam-se pela sua disponibilidade, ou seja, pode-se deslocá-los à
vontade.
·
O funcionário político pode perder seu emprego
quando da mudança da maioria parlamentar, ou na mudança de um governo a outro.
· Os funcionários de carreira não podem ser demitidos.
PARTIDARISMO
- O funcionário político não deve fazer política.
· Deve administrar de forma não partidária, deixando a política, o tomar partido, a luta e a paixão para o homem político, o chefe político.
RESPONSABILIDADE POLÍTICA
- Ao líder político cabe responsabilizar-se
pessoalmente pelo que faz.
· Isto é o que garantirá a eficácia política.
O ESTADO
- Weber defende a definição de estado que se tornou
essencial no pensamento da sociedade ocidental.
·
Estado é a entidade que possui o monopólio do uso
legítimo da ação coercitiva.
· O Estado é uma relação de dominação de um homem sobre outro homem.
- O Estado é um agrupamento de dominação de caráter
institucional.
·
Ele monopoliza, no seu território, o uso legítimo
da violência física.
·
A violência se apresenta como instrumento de domínio.
· Por meio da força, o Estado reúne, nas mãos do seu dirigente, os meios materiais de gestão.
USO DA FORÇA
- O Estado é definido a partir do seu meio de
existência, que é a coação física.
· O estado é a única fonte do “direito” à violência.
- A dominação é legitimada através de três ideias
puras.
·
A primeira - um homem admite ser dominado por
outro devido à tradição e aos costumes.
·
A segunda - baseia-se no carisma do dominador; em
características especiais (devoção e confiança).
· A terceira - é fundada na ideia de crença na validez de um estatuto legal.
DOMINADORES E DOMINADOS
- A dominação depende de um estado-maior
administrativo.
· O estado-maior (meios materiais de gestão etc.) - irá garantir que as atividades desenvolvidas pelos dominados estejam de acordo com a vontade do dominador.
- As pessoas dentro do estado-maior administrativo
não irão obedecer ao chefe apenas pelas questões de legitimidade.
·
Interesses pessoais (recompensas etc.) -
influenciam esta dominação.
· O temor de perder algumas recompensas é o que ligam as pessoas e o estado-maior administrativo aos detentores do poder.
SERVIÇO PÚBLICO
- O desenvolvimento da função pública exige um
corpo de funcionários altamente capacitados.
·
O corpo de conselheiros estava sob a égide do
príncipe.
·
Com o surgimento do parlamento, este estado de
coisas alterou-se.
·
Os funcionários especializados e o príncipe, que de
certa forma lutavam entre si pela dominação do poder, uniram-se contra o parlamento,
que tinha por objetivo obter o poder.
·
Na Grã-Bretanha, o Parlamento conseguiu seu
objetivo e ascendeu ao poder.
· O líder do partido dominante tornava-se o chefe do gabinete.
- Nos EUA o chefe supremo é escolhido através de
sufrágio universal e direto.
É O Presidente eleito democraticamente que nomeia
todo o conjunto de funcionários.
O Presidente depende do Parlamento apenas para assuntos relativos a orçamento e legislação.
PARTIDOS POLÍTICOS
- Os partidos têm doutrinas políticas.
·
Esse quadro lega aos políticos profissionais o não
aproveitamento de seus talentos e liderança.
· Os partidos são comandados pelos homens de importância, que não admitem aqueles que tem características de chefe.
Aquele que precisa viver “da” política não
encontrará outra saída senão a do jornalismo e encargos burocráticos nos
partidos.
· Outra opção é tentar conseguir um posto em uma associação que se encarregue da defesa de certos interesses, tais como sindicatos, câmaras de comércio, etc.
BENEFÍCIOS DA CARREIRA POLÍTICA
- Para aqueles que desejam seguir a carreira
política e são bem-sucedidos existem certas alegrias.
·
Sentimento de poder - a consciência de influir
sobre outros seres humanos.
· Saber que tem nas mãos um importante instrumento modificador da história pode elevar o político profissional acima da banalidade da vida cotidiana.
POLÍTICA POR VOCAÇÃO
- Existem três qualidades que determinam o homem
político (os que vivem para a política):
·
Primeira - a paixão: é como uma vontade muito
grande de trabalhar por uma causa.
·
Segunda - o sentimento de responsabilidade: consciência
do que se está fazendo.
· Terceiro - o senso de proporção: manter o objetivo de sua causa, a vaidade faz com que o homem político se coloque acima de sua causa.
TIPOS DE DOMINAÇÃO
- Em quais condições os homens se submetem; eles o
farão, também, em razão dos tipos de dominação.
·
Dominação Carismática (sobrenatural) – está
relacionada as características personalistas do líder.
·
Dominação tradicional (patriarcal) – aquilo que se
mantém através do tempo e entende-se como sendo verdadeiro.
· Dominação racional-legal (burocracia) – legitimidade, institucionalização, funcionalidade, racionalidade etc.
ÉTICA NA POLÍTICA
- Existem dois tipos distintos e opostos de ética
no fazer político:
·
A ética da convicção - o indivíduo toma suas
atitudes e a responsabilidade destas atitudes não está no agente, mas sim no
mundo (na tolice das outras pessoas, ou até na vontade de Deus).
· A ética da responsabilidade - o agente é responsável pelos seus atos.
OBS: Seguindo a lógica da ética da convicção - para
acabarmos com a violência e instaurarmos a paz, utilizamo-nos de mais
violência.
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