É interessante perceber o condicionamento total da maioria das pessoas que buscam entretenimento no mundo da música (produtores, cantores e ouvintes). A maioria se comporta exatamente como a Indústria Cultural espera que o façam; só que, para a nossa tristeza, não sabem disso. Ou será que sabem e fingem que não sabem? Faça um teste! Se você estiver ouvindo uma música que possua um mínimo de qualidade, principalmente no quesito letra, ou seja, sem choradeiras, lamentações infindáveis e deprimentes; sem repetições exaustivas (quando 99,99% da música é só refrão); sem estigmatização de gênero e/ou de sexo (principalmente a reificação feminina) e sem barulheira (onde o interprete grita mais do que efetivamente canta) etc., alguém logo vai lhe dizer, tira essa música aí; coloque uma mais animada (por animada entende-se o que está na boca do povo: sucesso, bombando, estourado etc.). Todavia, se essa mesma música, “antiga, “chata”, “desanimada” e “lenta” for gravada por um(a) cantor(a) que canta os ritmos do “sucesso” (forró eletrônico, sertanejo, pagode, funk, brega, sofrência etc.) não haverá reclamações; ao contrário, todos cantarão, dançarão e pedirão bis (se aparecer na novela ou em um desses programas de auditório dominicais, aí o sucesso será maior ainda). Afinal de contas, era a música que não era boa (antes de ter sido regravada pelos mágicos do sucesso) ou era o ritmo que não estava adequado as necessidades acríticas, imediatistas e fúteis da maioria das pessoas dessa atual geração? Quem tiver bola de cristal que responda! Como diria um personagem de Ariano Suassuna, em sua obra O auto da compadecida, “como eu sofro João”. C@cau”:¬)09/12/2023
sábado, 9 de dezembro de 2023
POR QUE TANTA MÚSICA RUIM?
É interessante perceber o condicionamento total da maioria das pessoas que buscam entretenimento no mundo da música (produtores, cantores e ouvintes). A maioria se comporta exatamente como a Indústria Cultural espera que o façam; só que, para a nossa tristeza, não sabem disso. Ou será que sabem e fingem que não sabem? Faça um teste! Se você estiver ouvindo uma música que possua um mínimo de qualidade, principalmente no quesito letra, ou seja, sem choradeiras, lamentações infindáveis e deprimentes; sem repetições exaustivas (quando 99,99% da música é só refrão); sem estigmatização de gênero e/ou de sexo (principalmente a reificação feminina) e sem barulheira (onde o interprete grita mais do que efetivamente canta) etc., alguém logo vai lhe dizer, tira essa música aí; coloque uma mais animada (por animada entende-se o que está na boca do povo: sucesso, bombando, estourado etc.). Todavia, se essa mesma música, “antiga, “chata”, “desanimada” e “lenta” for gravada por um(a) cantor(a) que canta os ritmos do “sucesso” (forró eletrônico, sertanejo, pagode, funk, brega, sofrência etc.) não haverá reclamações; ao contrário, todos cantarão, dançarão e pedirão bis (se aparecer na novela ou em um desses programas de auditório dominicais, aí o sucesso será maior ainda). Afinal de contas, era a música que não era boa (antes de ter sido regravada pelos mágicos do sucesso) ou era o ritmo que não estava adequado as necessidades acríticas, imediatistas e fúteis da maioria das pessoas dessa atual geração? Quem tiver bola de cristal que responda! Como diria um personagem de Ariano Suassuna, em sua obra O auto da compadecida, “como eu sofro João”. C@cau”:¬)09/12/2023
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