segunda-feira, 28 de outubro de 2024

CONCEPÇÕES ÉTICAS PARA CONVIVÊNCIA SOCIAL

 CONCEPÇÕES ÉTICAS PARA CONVIVÊNCIA SOCIAL

Por: Claudio F. Ramos, C@cau ":¬)28/10/2024

ÉTICA E SOCIEDADE I (1ª ANO)

- A ética relativista dos Sofistas.

·         Trasímaco – A justiça é o interesse dos mais fortes.

·         Górgias – O ser não existe; se existe, não pode ser provado; se provado, não pode ser demonstrado.

·         Protágoras – O homem é a medida de todas as coisas; das coisas que são, enquanto são e das coisas que não são, enquanto não são.

- O racionalismo moral de Sócrates.

·         Só erra quem não sabe.

·         Conhece-te a ti mesmo.

·         O conhecimento do verdadeiro enquanto forma de transformação.

VÍDEOS AULAS:

https://www.youtube.com/watch?v=Ah5759avI98

https://www.youtube.com/watch?app=desktop&v=pIwNWguIRII


ÉTICA E SOCIEDADE II (2ª ANO)

- Ética, política e sociedade em Aristóteles.

Arete (A Prática Conduz a Excelência)

  • A Força do Hábito - a felicidade para Aristóteles corresponde ao hábito continuado da prática da virtude e da prudência.

 

Metrética (Vida Equilibrada)

  • Mediania - para Aristóteles toda escolha exige uma mediania, um equilíbrio entre o excesso e a falta (Fugir dos Excessos). 

 

Logos (Animal Racional)

  • Discernimento - a razão é a faculdade que analisa, pondera, julga, discerne.

 

Polis (Animal Político)

  • A Vida em Sociedade – é no meio social que se põem em prática a ação virtuosa, por meio do equilíbrio e do discernimento; é com outro, pelo outro e para o outro que se é feliz.

VÍDEO AULA:

https://www.youtube.com/watch?v=6uYXh7f-RUI

 

ÉTICA E SOCIEDADE III (3ª ANO)


- A ética utilitarista de Jeremy Bentham versus o Imperativo Categórico de Immanuel Kant.

Jeremy Bentham e o Utilitarismo

·         O Bem Coletivo – Utilitarismo é a ideia de que uma ação só pode ser considerada moralmente correta se as suas consequências promoverem o bem-estar coletivo.

·         Caso o resultado da ação seja negativo para a maioria, esta é classificada como condenável moralmente.

·         Contrário ao Egoísmo - O utilitarismo se apresenta oposto ao egoísmo, pois as consequências das ações devem estar focadas na felicidade de um conjunto e não de interesses particulares e individuais.

·         Mais Consequência do que Intenção - Pelo fato de estar baseado nas consequências, o utilitarismo não leva em consideração os motivos do agente (se é bom ou mau).

·         As ações de um agente que são tidas como negativas podem desencadear consequências positivas e vice-versa.

 

- Immanuel Kant e o Imperativo Categórico

Imperativo Hipotético – condiciona a ação (meio), a algum fim (propósito possível ou real), tal como no exemplo “estude para passar na prova”.

 

Imperativo Categórico - incondicional e absoluto, tomado como essencial para a existência da vida coletiva, tal como no exemplo “não matarás”.

 

A primeira fórmula do Imperativo Categórico: 

·         Age sempre segundo uma máxima que tal possas ao mesmo tempo querer que ela se torne lei universal. 

·         A ação moral terá que incorporar uma máxima universalizável.

·         Para decidir se estará certo realizar uma ação particular, devemos perguntar se queres que a tua máxima se torne lei universal.

 

A segunda fórmula do Imperativo Categórico: 

·         Age de tal maneira que uses a tua humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de qualquer outro, sempre e simultaneamente como fim e nunca simplesmente como meio.

·         Para respeitar as pessoas devemos respeitar a sua racionalidade, devemos sempre tratá-las como seres autônomos, e não como meros instrumentos que estejam ao serviço dos nossos planos.

 OBS: A ética kantiana é uma ética formal não substancial; ou seja, ele lhe dá o modelo do que deve ser feito e não o conteúdo do que deve ser praticado. O conteúdo deve ser pautado pela máxima de vida do próprio indivíduo que, de maneira livre e autônoma, deseja ver sua máxima pessoal servir de modelo para todas as pessoas em todos os lugares, em todos os tempos. C@cau ":¬)28/10/2024.

VÍDEOS AULAS:

https://www.youtube.com/watch?v=gW2XJgUFEps

https://www.youtube.com/watch?v=gVCOmBoAAg0

 

 

 

 

 

 

 

terça-feira, 15 de outubro de 2024

SOCIEDADE E CONTROLE

 SOCIEDADE, SOCIALIZAÇÃO E CONTROLE SOCIAL

Por: Claudio F Ramos, a partir de livros e da net. C@cau “:¬)15/10/2024 

VIDEO AULA:

https://www.youtube.com/watch?v=F36AM5eQH8w&t=134s

TESE

- “Quanto mais os indivíduos se sentem livres por si mesmos, mais exigem proteção regular, sem falhas, por parte dos órgãos estatais; quanto mais eles execram a brutalidade, mais requisitam o aumento das forças de segurança”. (Gilles Lipovetsky)

A SOCIEDADE ADMINISTRADA

- Uma sociedade totalmente administrada, em um primeiro momento, pode parecer algo desejável.

·         Haveria ordem, segurança e liberdade.

- Na maioria das vezes, os projetos de administração social, possuem afeitos colaterais.

·         Fazem a sociedade caminhar para arbitrários controles de comportamento e de pensamento.

MICHEL FOUCAULT (1926-1984)

(Controle de Comportamentos) 

- Paul-Michel Foucault; foi um filósofo, historiador das ideias, teórico social, filólogo, crítico literário e professor da cátedra História dos Sistemas do Pensamento, no célebre Collège de France, de 1970 até 1984

- Segundo Foucault, para compreender o fenômeno do controle social nas sociedades contemporâneas, se faz necessário identificar o local exato em que o poder se encontra e atua.

·         O poder não é exercido de forma única por um indivíduo, por um grupo, nem por uma classe.

·         Isso não nega a ideia de uma classe dominante, nem o poder dos que possuem recursos econômicos.

- Micropoderes: segundo Foucault, é uma espécie de rede difusa do poder.

·         Típicas das sociedades modernas.

·         Micropoderes de aspectos normativos.

·         Diferente dos legislativos, típicos do Estado clássico medieval.

- Poderes Normativos e Legislativos

a) Legislativos: são repressivos, se estabelecem por meio da punição e coerção da lei.

·         O Estado antigo punia as infrações quando estas infringiam as leis.

b) Normativos: por meio da produção de práticas disciplinares de vigilância e de controle constantes.

·         As normas não têm como objetivo apenas exigir a conformidade com a lei.

·         O Estado moderno se destaca por impor comportamentos.

·         As normas visam levar os indivíduos a seguir um determinado número de ações.

·         O Estado moderno quer que os indivíduos sigam e desejem seguir as normas.

·         O Estado moderno não deseja apenas proibir, mas convencer.

·         Convencimento que nasce, aparentemente. da escolha e não da imposição.

OBS: Os comportamentos considerados normais, muitas vezes são legitimados pela ciência para que possam parecer neutros e desejáveis.

·         É importante estar atento, mesmo no caso das ciências exatas, para o que é pura ideologia e o que é conhecimento de fato.

O PANÓPTICO

- O Panóptico: estrutura penitenciária idealizada pelo filósofo utilitarista e jurista inglês Jeremy Bentham (1748-1832).

·         Estrutura capaz de permitir a observação (o tempo todo) de todos os prisioneiros.

·         O encarcerado não tinha como saber quem ou quando estava sendo observado.

·         O receio de não saber acabava por promover a adoção do comportamento desejado pelo sistema.

 

INSTITUIÇÕES DE CONTROLES

(Poderes sutis e difusos)

- O controle que o Estado exerce sobre os indivíduos não ocorrem apenas por intermédio das instituições oficiais.

·         Instituições oficiais: Família, Escolas, Igrejas, Presídios, Hospitais, Quarteis etc.

·         Meios não oficiais: as próprias pessoas, por meio da rede de difusa do poder (Microfísica do Poder).

·         Pessoas que de posse de qualquer modalidade de poder cobram umas das outras a adequação aos comportamentos tidos como corretos (cada camarada um vigia).

GILLES LIPOVTSKY (1944)

(Do individualismo ao controle) 

- Gilles Lipovetsky é um filósofo francês, teórico da Hipermodernidade, autor dos livros: A Era do Vazio, O luxo eterno, A terceira mulher, O império do efêmero, A felicidade paradoxal: ensaio sobre a sociedade do hiperconsumo, entre outros.

- O filósofo procura compreender o caráter e a origem do que chama de violência contemporânea.

·         A violência possui caráter oficial, uma vez que faz parte do aparato legítimo do Estado.

·         Sua origem encontra na passagem do Antigo Regime (sociedades tradicionais) para o Estado moderno.

- Sociedades Tradicionais

·         Pautadas pelo sangue, ideias guerreiras de honra, vingança e crueldade.

·         Não existia o monopólio militar e policial do Estado, cada um se defendia como podia.

- Sociedade Moderna

·         Sociedade mais policiada.

·         A violência entre os indivíduos não diminui, necessariamente.

·         O emprego excessivo da força gera críticas a quem o usa.

·         A crueldade e a brutalidade suscitam terror e indignação.

·         Uma sociedade em que o prazer e a violência se separam.

PROCESSO DE CIVILIZAÇÃO

(A suavização das maneiras)

- Segundo Lipovetsky, o processo de civilização, iniciado mais ou menos no séc. XVII, se caracteriza por uma suavização dos costumes.

·         Diminuição dos crimes típicos das sociedades clássicas: sangue, honra, vingança, duelos, infanticídios etc.

·         Regramentos da belicosidade.

·         O Estado moderno possui o monopólio do constrangimento físico.

OS HOMENS NÃO MELHORARAM, O ESTADO É QUE SE IMPÔS

- Segundo Lipovetsky, o abrandamento dos costumes é inseparável da centralização estatal.

·         Os homens não se tornaram melhores, mas sim os meios de ação de inibição de violência se tornaram mais eficazes.

·         O aumento da riqueza e o recuo da miséria também contribuiu

·         Os meios de inibição, mesmo mais eficazes, não foram suficientes.

A CONTRIBUIÇÃO DO MERCADO

- Segundo Lipovetsky, o mercado permitiu o desenvolvimento de nova cultura de relação entre os indivíduos.

·         O mercado gera o individualismo, nesse aspecto, o indivíduo se pensa como finalidade última das ações.

·         O indivíduo individualizado tende a perder os laços com a comunidade a qual pertence.

·         Sem laços que garantam o bem comum, cabe ao Estado manter o controle para garantir o mínimo de ordem.

ALEXIS DE TOCQUEVILLE (1805-1859)

(Individualismo e a comunidade) 

- Segundo Tocqueville, na medida em que as pessoas vão se retirando para as suas esferas particulares, apelam mais e mais para a intervenção estatal.

·         O individualismo e o crescimento do Estado são momentos diferentes de um mesmo fenômeno.

·         Do individualismo chegou-se ao controle social.

 

O QUE É SOCIALIZAÇÃO?

- Socialização é o processo pelo qual um indivíduo ou grupo assimila os hábitos, características comportamentais e culturais de uma sociedade. 

·         É através da socialização que o ser humano se transforma de um ser biológico para um ser social, adquirindo conhecimento social e desenvolvendo a sua personalidade. 

QUANDO A SOCIALIZAÇÃO OCORRE?

- A socialização acontece quando o indivíduo interioriza a cultura da organização social em que nasce e cresce. 

·         É um processo que permite ao indivíduo ser admitido na sociedade e desenvolver o sentimento de solidariedade social e espírito de cooperação. 

TIPOS DE SOCIALIZAÇÃO

- A socialização pode ser classificada em primária e secundária:

·         Socialização primária: Ocorre na infância e se desenvolve no meio familiar.

·         Socialização secundária: O indivíduo já socializado primariamente interage e adquire papéis sociais determinados pelas relações sociais desenvolvidas. 

OBS: A família, a escola e os meios de comunicação em massa são alguns dos agentes socializadores. 

 

 

 

CONSCIÊNCIA ÁUREA

  CONSCIÊNCIA ÁUREA Por: Claudio F Ramos, C@cau “:¬)18/11/2024 O nosso país é cheio de feriados, mas poucos retratam a vida, a história ...