Produzido a partir da net por: Claudio Fernando Ramos, 04/03/2018. Cacau ":¬)
INTRODUÇÃO
VÍDEO AULA - É SÓ CLICAR E ASSISTIR:
https://www.youtube.com/watch?v=rql6REsj7dk
https://www.youtube.com/watch?v=5Qk6xDtAzT4
https://www.youtube.com/watch?v=5Qk6xDtAzT4
I - PEQUENA BIOGRAFIA
·
ORIGEM - macedônio de Estagira.
·
ALUNO - vinte anos como aluno de Platão (Arístocles).
·
PROFESSOR – preceptor de Alexandre o Grande.
·
FILÓSOFO - fundador do Liceu, escola peripatética.
·
PAI DA BIOLOGIA: possuidor de um caráter organizador; catalogou
mais de 500 seres vivos em categoria, gêneros e espécies.
·
FUNDADOR DA LÓGICA: classificou os argumentos utilizados
nos debates (Válidos e Inválidos).
II – DIFERENÇAS: PLATÃO X ARISTÓTELES
·
Mitos - distanciamento do componente mítico
religioso.
·
Empirismo - maior interesse nas ciências naturais e
empíricas.
·
Linguagem - substituição do método dialético-dialógico
pelo sistemático (Tratado Científico).
·
Áreas de atuação - Metafísica; lógica; ética; política;
botânica; meteorologia; zoologia; religião; física; astronomia...
III – FILOSOFIA TELEOLOGICA
“Toda arte e todo saber, assim como tudo que
fazemos e escolhemos, parece visar algum bem. Por isso, foi dito, com razão,
que o bem é aquilo a que todas as coisas tendem, Mas há uma diferença entre os
fins: alguns são atividades, ao passo que outros são produtos à parte das
atividades que os produzem.”
(Aristóteles, Ética a Nicômano, 1094a 1 -5.)
A) Causalidade e Finalidade – para Aristóteles
tudo o que existe por uma causa; existe para alguma finalidade.
B) O Bem (Causa Final) - todas as coisas tendem ao bem, o que significa, na doutrina do filósofo,
que o bem é a finalidade de todas as coisas.
C) Dois Caminhos para o Bem - chega-se ao bem por dois caminhos:
·
Pelas Atividades Práticas - isto é, aquelas que contêm seus próprios fins (ética e política).
·
Pelas Atividades Produtivas - artes ou técnicas.
IV – FILOSOFIA SISTÊMICA
(O Ser é Uno)
A) Filosofia Teórica - Física;
Matemática; Metafísica.
B) Filosofia Prática – Ética; Economia;
Política.
C) Filosofia Produtiva – Poética; Estética;
Artes.
V – EPISTEMOLOGIA ARISTOTÉLICA
(O Conhecimento como objeto do Conhecimento)
A) O que é Epistemologia
(Gnosiologia, Teoria do Conhecimento)?
·
Teoria do Conhecimento - reflexão geral em torno da natureza; etapas e limites do conhecimento
humano; fundamentado nas relações que se estabelecem entre o sujeito indagativo
e o objeto inerte; são as duas polaridades tradicionais do processo cognitivo.
·
Teoria da Ciência - estudo dos postulados; conclusões e métodos dos diferentes ramos do
saber científico; Estudo das teorias e práticas em geral, avaliadas em sua
validade cognitiva, ou descritas em suas trajetórias evolutivas, seus
paradigmas estruturais ou suas relações com a sociedade e a história.
B) Classificações das Áreas do Saber: O conhecimento
filosófico deve ser classificado de acordo com o ser/objeto de pesquisa.
·
Ciências Teoréticas – voltadas ao estudo dos seres da
natureza (metafísica; matemática e física).
·
Ciências Práticas – dizem respeito à conduta humana
(ética; política...).
·
Ciências Artísticas – trata dos meios com os quais se
produz algo (técnicas ou poéticas).
OBS: A lógica - Por ser propedêutica (o que prepara, o que
introduz algo), não aparece em nenhum dos grupos acima.
C) Empirismo – por valorizar os sentidos presentes no corpo
humano como meios de se chegar ao conhecimento, Aristóteles é considerado um
filósofo empirista (Empirismo = Experiência).
VI – LÓGICA ARISTOTÉLICA
(Instrumento para o Conhecimento)
A) Silogismo: constitui
parte fundamental da lógica, pois é por meio dela que se elabora demonstrações
(provas) das quais dependem o pensamento (Filosófico e Científico).
·
O pensamento Científico – demonstrativo
“Empiricamente”.
·
O pensamento Filosófico – demonstrativo
“Racionalmente”.
B) O Silogismo é Estruturador – argumentação
lógica ideal constituída por três proposições:
·
Universal/maior.
·
Particular/menor.
·
Conclusão.
C) O Silogismo é Mediato – exige percurso
para que se possa chegar a uma conclusão.
D) O Silogismo é Dedutivo – movimento que
parte de certas afirmações verdadeiras para chegar a outras, específicas e
também verdadeiras, e, que dependem necessariamente das primeiras.
E) O Silogismo é Indutivo – a conclusão a que
se chega resulta, necessariamente, da verdade do ponto de partida.
VII – METAFÍSICA ARISTOTÉLICA
(Há bem mais do que o que os olhos podem ver)
“[...] O que desde os antigos, assim como agora e sempre,
constitui o eterno objeto de pesquisa e eterno problema: ‘que é o ser’;
equivale a este ‘que é a substância’”.
A) A Metafísica Aristotélica é:
·
Filosofia
primeira.
·
Indagar
o ser enquanto ser.
·
Indagar
as causas e os princípios primeiros de todas as coisas.
·
Buscar
a substância imóvel.
·
Explicações
sobre as substâncias que não estão sujeitas às transformações que ocorrem no
plano sensível.
·
Crítica
ao dualismo ontológico de Platão.
·
Ciência
teorética por excelência.
·
Ponto
mais alto que o conhecimento humano pode atingir.
·
Compreensão
de como o ser deve ser concebido; alteração ou atividade da substância.
·
O
entendimento de que a substância revela-se como aquilo que é captado pela nossa
experiência, expressando-se mediante a linguagem.
·
Afirmação
de que a substância se constitui no ponto de partida para a constituição da
realidade.
·
A
compreensão de que a substância é o atributo essencial para algo existir.
B) Definições do Ser
(Enquanto categoria: divisão/gênero)
·
Substância ou essência – O que permanece
constante no ser.
·
Quantidade - grande, pequeno, baixo, etc.
·
Qualidade - Um modo de ser: cor, calor, aroma, etc.
·
Relação - O ser em referência a outro.
·
Ação - O ser concebido como agente que move algo.
·
Paixão - O ser que sofre a ação.
·
Lugar - A localização da substância.
·
Tempo - Situação temporal, o guando.
·
Posse - Ter algo.
·
Posição - Modo de estar do ser.
C) COMPREENSÕES DO SER
(Predicações)
·
O Ser como Categoria - o ser em si.
·
O Ser é ou não é Uno? – a Imobilidade e
Mobilidade do Ser.
·
O ser como Potência e Ato - a possibilidade
que o ser tem de se transformar ou se atualizar
EX.
Ato e Potência - uma
semente é uma árvore em potência; a árvore é a semente devidamente atualizada.
D) O Ser enquanto Essência e Acidente
·
Essência - por não se tratar de uma substância “comum”
(é uma essência) não é objeto de nenhuma ciência (a não ser a metafísica).
EX.
Essência – aquilo que define a substância tal como ela
de fato é.
·
Acidente - é tudo aquilo que pode, ocasionalmente,
acontecer à substância.
EX.
Acidente - não pertence à essência, mas pode vir-a-ser.
E) O Ser como Verdadeiro
·
Lógica - deve ser estudado pela lógica.
·
Razão - é a capacidade própria da razão de conhecer
as coisas da realidade como unidas ou separadas.
F) O Ser
(Enquanto Matéria e Forma)
·
Um
amálgama de matéria (sensível) e forma (inteligível).
·
O
material é o substrato (base) da forma.
·
Sozinha
a matéria é potencialidade indeterminada.
·
A
matéria só se transforma em algo determinado quando é devidamente
estruturada/arranjada por meio da forma (o material de construção/uma casa).
·
A
forma é o princípio fundamental que determina e realiza a matéria.
·
A
forma não deve ser concebida como algo fora desse mundo (inteligível de
Platão).
·
Mesmo
sendo distinta da matéria, a forma existe em íntima relação com a matéria.
·
A
forma, que é a causa de uma coisa ser o que é, está na própria coisa.
VIII – FÍSICA ARISTOTÉLICA
Se o vazio existisse seria o mesmo que
admitir o não-ser e isso seria uma contradição lógica, dessa forma
Aristóteles de maneira metafísica, justifica o “quinto elemento” ou
“éter” que seria quem estaria preenchendo o
espaço entre os corpos celestes e da mesma maneira esses “corpos” seriam
constituídos de éter por isso não se deteriorariam, e não
teriam outro tipo de mutação a não ser a de translação, diferentemente do que
ocorre na Terra e na região sublunar, onde os quatro elementos (terra, água, ar
e fogo) esses sim passiveis de toda mutação e transformação.
A) O Qualitativo ao invés
do Quantitativo
·
Números não Traduzem a Realidade - a
matemática é o instrumento científico utilizado para examinar o mundo do ponto
de vista de sua quantidade, mas ela não é capaz de nos dar por si só a natureza
do mundo.
B) Astronomia
·
Sublunar e Supralunar - a
esfera da lua divide o universo em duas regiões completamente diferentes,
povoadas de diferentes tipos de matéria e sujeitas a leis diferentes:
·
Mundo Sublunar - a
região terrestre na qual vive o homem é imperfeita, sujeita a mudanças e
variações.
·
Mundo Supralunar - a
região celeste que é eterna, imutável e perfeita.
C) Alguns Fundamentos:
·
A Terra - é o centro do universo.
·
Gravidade / Leviandade - para alcançar o
seu lugar específico, os objetos sofreriam a ação de uma força para baixo ou
para cima (Em direção ao centro da Terra ou para longe do centro).
·
Movimento Retilíneo - é o movimento
em resposta à força gravitacional: em linha reta a uma velocidade constante.
·
Relação entre Densidade e Velocidade - a velocidade é inversamente proporcional à densidade (massa) do meio
e/ou dos objetos.
·
Impossibilidade da Existência do Vácuo - no vácuo o movimento teria velocidade infinita.
·
O Éter preenchendo o Espaço - todos os pontos
do espaço são preenchidos pela matéria.
·
Universo Infinito - não poderia existir uma fronteira no espaço (Giordano
Bruno).
·
Quintessência - objetos muito acima da
superfície da Terra não são constituídos por matéria originalmente terrestre.
·
Cosmo Incorruptível e Eterno - o Sol e os
planetas são esferas perfeitas que não se alteram.
·
Movimento Circular - os planetas
descrevem um movimento circular perfeito.
B) Teoria das Quatro Causas
“Conhecer é conhecer
pelas causas”.
·
Causa material – Do que a coisa é feita.
·
Causa eficiente – Que faz ou cria algo.
·
Causa formal – Aquilo que torna algo o que é.
·
Causa final – Finalidade, razão última para algo existir.
C) Os Três tipos de Substâncias
·
Substâncias Corruptíveis – Fazem parte do
mundo sublunar (a terra) – são objetos de estudo da física; se constitui pelos
quatro objetos considerados primordiais: água, ar, terra e o fogo.
·
Substâncias Sensíveis Incorruptíveis – Pertencem ao mundo
supralunar (o céu) – são substâncias incorruptíveis, composta pela quinta
essência: astronomia.
·
Substância Perfeita (PMI) – substância: Imóvel,
Eterna e Transcendente; força motriz das esferas celestes; concebida como ato
puro; realização somente formal; sem potencialidade material.
D) A Origem do Movimento
(PMI – O deus de Aristóteles)
·
Ser Necessário - por conta da relação existente entre as coisas Aristóteles postula a
existência de um ser superior e necessário, ou seja, Deus.
·
Tudo é Contingente - se as coisas são contingentes – pois não têm em si mesmas a razão de
sua existência -, é preciso concluir que são produzidas por causas exteriores a
elas.
·
O ser não Contingente - para não ir ao infinito na sequência de causas, é preciso admitir uma
primeira causa, por sua vez incausada, um Ser Necessário (não contingente).
·
Ato sem Potência - por não ser movido por nenhum outro motor, o primeiro motor (Deus), é
também um puro Ato (sem nenhuma Potência).
OBS I: Para os gregos antigos, a matéria é eterna, portanto Deus não é o
criador. Segundo Aristóteles, Deus não conhece nem ama os seres
individualmente. Ele é puro pensamento, que pensa a si mesmo, é “pensamento de
pensamento”. Por isso a teologia aristotélica é filosófica, e não religiosa.
OBS II: Como Deus pode mover sendo imóvel? Deus não é o primeiro motor como
causa eficiente, mas sim como causa final: Deus move por atração, ele tudo
atrai como “perfeição” que é.
IX - A ÉTICA
(Ética: a
Virtude do Bem)
“O bem ético pertence ao gênero da vida excelente e a felicidade é a
vida plenamente realizada em sua excelência máxima. Por isso não é alcançável
imediata nem definitivamente, mas é um exercício cotidiano que a alma realiza
durante toda a vida (…) de acordo com a sua excelência mais completa, a
racionalidade.”
(Marilena
Chaui, Introdução à história da filosofia, 1, p. 442.)
A) O que é o Bem - o tema principal da ética de Aristóteles é delimitar o que é o “bem” e o
significado que ele tem para o homem.
·
O Bem não é um Sentimento - somente quem conhece o bem é capaz de encontrar a felicidade, que na
filosofia aristotélica não é um sentimento passageiro, e sim “obra de uma vida
inteira”.
X - A PAIXÃO
(Um Vício)
Suponha-se alguém dominado pelo prazer (que, para Aristóteles, é uma
paixão). Esse alguém pode ser libertino (um dos extremos do prazer: prazer em
excesso) ou insensível (o extremo oposto: falta de prazer), O justo meio, aqui,
é a temperança, à qual se chega pelo uso da razão.
·
A virtude, assim, está ligada à razão. E, como todo
homem é dotado de razão, todo homem pode alcançar a virtude.
·
Basta identificar a paixão que o domina, reconhecer
seus extremos e procurar, racionalmente, seu justo meio.
XI - FELICIDADE
(Insistir naquilo que se É)
Aristóteles, fiel aos
princípios de sua filosofia especulativa, e, após ter feito uma análise e um
estudo da psicologia humana, verifica que em todos os seus atos o homem se
orienta necessariamente pela ideia de bem e de felicidade e que nenhum dos bens
comumente procurados (a honra, a riqueza, o prazer) preenche esse ideal de
felicidade.
·
A Felicidade é o Bem - a felicidade é o bem de todos os homens.
·
A Felicidade não é Relativa - a felicidade não é um sentimento que aparece, instala-se e vai embora;
ao contrário, é “obra de uma vida inteira”.
·
A Felicidade não é Hedonista - a felicidade não está ligada aos prazeres ou as riquezas, mas a
atividade prática da razão.
·
A Felicidade é Cognoscível - a capacidade de pensar é o que há de melhor no ser humano, uma vez que
a razão é nosso melhor guia e dirigente natural.
·
Ser Feliz é ser aquilo que
nascemos para ser - se o que caracteriza o homem
é o pensar, então esta e sua maior virtude e, portanto, reside nela à
felicidade humana.
XII – FELICIDADE E ÉTICA SEM VÍCIOS
A) Arete (A Prática Conduz a Excelência)
“Por sua própria natureza os homens buscam o bem e a felicidade, mas
esta busca só pode ser alcançada pela virtude”.
·
A Força do Hábito - a felicidade para Aristóteles corresponde ao hábito continuado da
prática da virtude e da prudência.
·
A Força do Caráter - é somente através do nosso caráter que atingimos a excelência.
·
A Razão como Guia - a boa conduta, a força do espírito, a força da vontade guiada pela
razão nos leva a excelência.
·
Sabedoria Prática - a felicidade está ligada a uma sabedoria prática, a de saber fazer
escolhas racionais na vida.
B) Metrética (Vida Equilibrada)
·
Mediania - para Aristóteles toda escolha exige uma mediania, um equilíbrio entre o
excesso e a falta (Fugir dos Excessos).
C) Logos (Animal Racional)
·
Discernimento - a razão é a faculdade que analisa,
pondera, julga, discerne.
D) Polis (Animal Político)
·
A Vida em Sociedade – é no meio social que se põem em prática a ação virtuosa, por meio do
equilíbrio e do discernimento; é com outro, pelo outro e para o outro que se é
feliz.
XIII – ESTADO,
POLÍTICA E FORMAS DE GOVERNO
(O Homem: Animal Político)
“Uma constituição é a ordem ou distribuição dos poderes de um Estado,
isto é, a maneira como são divididos, a sede da soberania e o fim a que se
propõe a sociedade.”
(Aristóteles, Política, III, 1278b 6-10.)
A) O Estado e o Bem – o Bem leva cada indivíduo a ser capaz de viver com os outros,
na polis.
B) O Estado e a Ética - no campo individual, a ética prepara terreno para a política,
no campo coletivo.
C) O Estado e a Política - a finalidade da política é a busca do bem de todos os homens.
D) O Estado e os Regimes Políticos:
·
Monarquia – Governo de um só.
·
Aristocracia – Governo dos melhores.
·
Politeia, Democracia ou República
– Governo de todos.
E) O Estado e a Degeneração
dos Regimes Políticos:
·
A Monarquia - em tirania.
·
A Aristocracia - em oligarquia.
·
A Democracia - em anarquia.
F) O Estado e o Melhor dos
Regimes Políticos:
·
O Melhor da República - é a liberdade e a igualdade.
·
O Melhor da Monarquia – é a capacidade de criar riquezas.
·
O Melhor da Aristocracia – é a sua excelência, capacidade e qualidades intelectuais.
XIV - JUSTICA E
INJUSTIÇA
(O Maior Bem e o Pior Mal)
A) Virtude Maior (Justiça) – a maior de todas as virtudes é a justiça.
·
Alteridade - sua força sobre as demais consiste em sua perfeição, porque quem é
justo projeta-se mais para o outro do que para si mesmo.
·
Mais Coletivo; Menos Indivíduo
- tudo que protege o conjunto dos indivíduos (a
sociedade) é mais importante do que aquilo que protege somente um dos membros
dessa sociedade.
B) O Mal Maior (Injustiça)
·
O Câncer Social - dos males, a injustiça é o maior, pois destrói o tecido social.
XV - A ESTÉTICA ARISTOTÉLICA
“[...] não é ofício do poeta narrar o que
aconteceu; é, sim, o de representar o que poderia acontecer, quer dizer: o que
é possível segundo a verossimilhança e a necessidade. Com efeito, não diferem o
historiador e o poeta por escreverem verso ou prosa [...] diferem, sim, em que
diz um as coisas que sucederam, e outro as que poderiam suceder. Por isso a
poesia é algo de mais filosófico e mais sério do que a história, pois refere
aquela principalmente o universal, e esta o particular”.
ARISTÓTELES.
Poética. Trad. de Eudoro de Souza. São Paulo: Nova Cultural, 1987. p. 209.
A) Poética: nessa obra Aristóteles explica que existem as
chamadas Ciências Produtivas.
·
Ciências Produtivas (Técnicas): são aquelas que
dependem do homem para vir a existir.
B) Mimetização: são as belas artes que se manifestam
enquanto tentativa de imitar a realidade.
·
Para
Aristóteles todas as artes, por meios diversos, procuram imitar a natureza e as
ações humanas de forma harmônica, ritmada com proporção e simetria.
C) A Poesia é maior que a História:
·
Poesia - descreve fatos que podem ocorrer; se ocupa
mais do universal.
·
História - descreve os fatos ocorridos; se ocupa do
particular.
D) Tragédia, Comédia e Epopeia - para Aristóteles, quando
a arte usa a palavra ela é poesia: Tragédia, Comédia e Epopeia.
E) A Importância da Tragédia: para Aristóteles a
Poesia Trágica, vista como negativa e/ou pessimista por uns, tem o seu valor e
importância por conta da Catarse.
·
Catarse – uma Depuração, Purificação ou Neutralização
de sentimentos excessivos vivenciados pelo espectador ao assistir um espetáculo
trágico.
·
Alívio Emocional – a Catarse, segundo Aristóteles, não
promove desequilíbrio humano, mas sim os alivia dos excessos de emoções.
F) O Caráter da Comédia: a comédia representa
o que é tido por feio e moralmente disforme (provoca o Riso).
G) Os Feitos da Epopeia: em forma de
narrativa a Epopeia descreve os feitos de grandes personagens (Deuses,
Semideuses, Heróis etc.).
Nenhum comentário:
Postar um comentário