domingo, 24 de maio de 2020

FILOSOFIA ESTÉTICA (PARTE II)


EM BUSCA DA BELEZA
(TENTATIVAS DE IDENTIFICAÇÃO DO BELO)
Vênus de Milo

Por: Claudio Fernando Ramos, a partir de livros e textos da net. Cacau "::¬) 24/05/2020

VÍDEO AULA:

I – ARTE/ PARA OS CLÁSSICOS

- Para os pensadores Clássicos: a arte está fortemente relacionada aos conceitos de: Bondade, Verdade e Beleza.

·         O Fundamento do Belo: é a própria ideia de beleza; ideia essa da qual as coisas ditas belas participam (Platão).

·         Essência do Belo - ao participar da ideia de belo as coisas se apresentam Harmônicas, Proporcionais e Simétricas (Ordem).

II - ARTE PARA OS MODERNOS
Tarcila do Amaral

- Para os pensadores Modernos: a arte está desvinculada dos conceitos de: Bondade, Verdade e Beleza.

·         Aparência - para os modernos a arte está mais associada à aparência do que ao ser das coisas.

·         Sensorial – para os modernos importa mais como as coisas se mostram (Sensibilidade) do que, necessariamente, o que elas são (Metafísica).

EX:
·         As aparências enganam.
·         Quem vê cara não vê coração.
·         Nem tudo que reluz é ouro.

III – TEORIAS DE DAVID HUME 1711-1776
DAVID HUME

Dizer que um objeto e/ou uma pessoa é bela, é o mesmo que dourá-la ou tingi-la com as cores tomadas do sentimento interior. (David Hume)

- A beleza nos olhos de quem vê: não há nada objetivo nos seres e/ou nas coisas que os façam ser belos de fato.

·         Uma questão de Gosto: o critério para o julgamento do belo além de subjetivo é pessoal, ou seja, único para cada pessoa.

·         Preferências: primeiro escolhe-se e só depois se busca critérios que justifique a escolha (a justificativa não se encontra no objeto).

IV – TEORIAS DE ANTHONY ASHLEY-COOPER 1671-1713
ANTHONY ASHLEY-COOPER

- Dos sentidos ao Intelecto: a apreciação da beleza, que se inicia de forma empírica (por intermédio dos sentidos), chega até a mente (intelecto).

·         Não são os sentidos, mas por intermédio deles - o belo não reside nas impressões visuais e auditivas, mas manifesta-se por meio delas.

·         O Belo é Sui Generis – o belo não é captado pela inteligência, nem, muito menos, por uma experiência sensorial rudimentar, mas sim por uma experiência única (diferente das outras experiências vivenciadas pelos seres humanos).

VI – TEORIAS DE ALEXANDER BAUMGARTEN 1714-1762
ALEXANDER BAUMGARTEN

- O belo é a perfeição do conhecimento sensível: mente (Intelecto) e experiência (Sentidos) juntos.
·         Existe uma Estética Teórica – estuda as condições do conhecimento sensível correspondente à beleza.

·         Existe uma Estética Prática – dedica-se a criação dos objetos artísticos.

III – TEORIA DE IMMANUEL KANT 1724-1804
IMMANUEL KANT

“[...] No juízo de gosto, sou um pretendente à concórdia, expressando meu juízo não como se fosse um opinião privada, e sim um veredito vinculante com o qual concordariam todos os seres racionais, desde que fizessem o que estou fazendo e deixassem seus interesses de lado [...]”. (Roger Scruton citando Immanuel Kant)

- Três Experiências Humanas: segundo Kant existem três tipos de Experiências Humanas:

·         Experiências Intelectuais – necessitam de conceitos, por meio dos quais os homens estabelecem relações (Conhecimento).

·         Experiências Práticas – são relativas às ações morais dos indivíduos (Ética).

·         Experiências Estéticas – são intuições ou sentimentos dos objetos que nos dão prazer (Ação Contemplativa – Ação Desinteressada).

- Prazer Desinteressado: a beleza é aquilo que provoca universalmente o Prazer Desinteressado. 

Pedra da Gávea – Rio de Janeiro

·         O que é Prazer Desinteressado? – ele ocorre quando não se tem outras intenções em vista, senão a própria coisa em si (o Belo, a Arte).

·         Como identificar o belo? - é possível identificar o belo sempre que houver prazer desinteressado.

·         Exigência da Razão – por agradar desinteressadamente, sem conceitos, o belo pelo belo é uma exigência da razão e, por conta disso, é o mesmo para todos.

EX:
·         Apreciar/Admirar uma pintura/escultura/música/poesia/paisagem pela própria arte e não por algum motivo relacionado a ela.

·         Admirar uma paisagem pode trazer paz; no entanto, não há segurança alguma que ao admirarmos uma paisagem teremos paz.


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