terça-feira, 8 de dezembro de 2020

GEORGE BERKELEY (1685 - 1753)

 

Por: Claudio Fernando Ramos, a partir de textos da net. C@cau “::¬) 08/12/2020

Para este filósofo empirista irlandês, a afirmação de Locke segundo a qual as nossas ideias representam alguma coisa diferente delas próprias é incoerente e gratuita. Se apenas conhecemos ideias, mantenhamos este princípio, diz Berkeley, em consequência do qual não tem qualquer sentido dizer que as ideias são representações. Dado que só conhecemos ideias, e conhecemos as coisas, as coisas são ideias. De modo que não há duas realidades, as coisas e as ideias, como pretendia Locke, mas apenas uma: as ideias ou percepções. E, consequentemente, o ser das coisas é o seu ser percebido (esse est percipi). As ideias são sempre ideias de uma mente que as percebe. Se o ser das coisas consiste em ser percebido, o ser da mente consiste em perceber. De onde recebe o nosso espírito as ideias? Não tem cabimento dizer, como Locke, que de uma realidade exterior diferente das ideias. Como vimos, essa realidade não existe. Berkeley conclui que a nossa mente as recebe de Deus. Por outro lado, Berkeley também afirma a existência de Deus através da ideia de causa: Deus é a causa das nossas ideias.

 TESES DE BERKELEY:

- Nega a existência da matéria.

- Contesta os argumentos do ateísmo.

- Critica os livres-pensadores da sua época.

- Afirma que ser é ser percebido.

 FILOSOFIA:

- Berkeley é considerado um pensador Empirista.

- Sua filosofia é considerada Espiritualista e Imaterialista.

 FRASES:

- Sempre podemos encontrar tempo para envelhecer.

- Ser é ser percebido.

- A verdade é o grito de todos, mas o jogo dos poucos.

- Poucos pensam, mas todos julgam.

- Nada é mais óbvio que a existência de Deus.

- A verdade está nos lábios de todos, mas no coração de poucos.

 A RELIGIÃO E A MATEMÁTICA

- Berkeley acreditava que os fundamentos da matemática não podem ser compreendidos, assim como não podemos compreender os fundamentos da fé.

- Segundo Berkeley, se acreditamos na matemática maior crença devemos ter nas verdades religiosas.

 A IMATERIALIDADE

- Fora da nossa mente não existe uma matéria extensa.

·         Se a matéria existisse, ela teria que ser eterna, imutável e infinita e esses caracteres somente podem pertencer a Deus.

 SENSAÇÕES, LINGUAGENS DIVINA

- As sensações táteis que temos de objetos, cores e sons são simplesmente sistemas de sinais que a natureza emite e que nos são enviadas por Deus.

·         Berkeley nega a existência da realidade externa e as sensações são a forma de Deus, através da natureza, se comunicar com os homens.

·         O objetivo desse sistema de sinais é orientar os homens ao que é realmente necessário para que posam viver bem.

 O ATEÍSMO É MATERIALISTA

- Berkeley ligou o ateísmo diretamente com o materialismo.

·         O pensador considerava que o principal argumento do ateísmo era a existência de matéria fora da mente.

·         Segundo Berkeley, se não existir a matéria como extensão, o principal argumento do ateísmo perde sua validade.

 SER É SER PERCEBIDO

- Berkeley afirma que somente existem as coisas que podem ser percebidas.

·         Um odor que não existe sem que exista uma mente para sentir e interpretar esse odor.

·         Os objetos só existem se forem percebidos e a única substância real é a mente que percebe.

·         Geralmente acreditamos que os objetos naturais (carros, árvores, computadores etc.) têm uma existência real separada da mente das pessoas, mas Berkeley acredita que para que as coisas existam elas têm que ser percebidas por uma mente que faça algum tipo de ideia sobre elas.

MENTES, IDEIAS E SENSAÇÕES

- Existem somente mentes, nas quais estão as ideias e que são somente sensações.

·         As nossas ideias são sensações ou são pensamentos que temos sobre essas sensações.

·         Desse pensamento decorre, por exemplo, que o tempo é uma sensação e que existe somente em nossa mente, o mesmo acontece com a matéria e o movimento.

A DIFERENÇA ESTÁ EM QUEM PERCEBE

- O que diferencia o modo de ser das coisas é o modo de ser de cada pessoa que percebe.

·         Nós não percebemos as coisas, o tempo ou o movimento, percebemos a ideia que temos das coisas, do tempo e do movimento.

·         Os objetos e as percepções que temos deles são a mesma coisa e não podemos separar os dois.

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