sábado, 27 de fevereiro de 2021

ATITUDE FILOSÓFICA


Por: Claudio F. Ramos, a partir de livros, textos e imagens da net.

C@cau “::¬) 27/02/2021.

VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=Bvh4ZdCkDgs

ONDE ESTÃO ASRESPOSTAS?

- Assim como a Religião e a Ciência, a Filosofia vem buscando resposta para as grandes questões que afligem e inquietam a humanidade.

·         Cada uma, à sua maneira, essas formas de conhecimento tentam responder a alguns questionamentos que até hoje não contam com respostas definitivas.

·         Algumas dessas perguntas são: O quê? Como? Por quê? De onde? Para onde?

·         Apesar da singularidade e importância dessas perguntas, elas, dependendo do saber que às formulam, possuem respostas diferentes.

ATITUDE FILÓFICA

(Admirar-se/ Assombrar-se)

http://guaranacomcanudinho.blogspot.com/2012/11/ora-ora-horacio.html

- O personagem Horácio, criado pelo cartunista Maurício de Souza, vivencia aquilo que se pode denominar de: Experiência e/ou Atitude Filosófica.

·         Uma Atitude Filosófica ocorre quando as pessoas se permitem refletir sobre àquilo que as cercam; abrindo mão, portanto, de uma postura banal ou trivial diante dos fenômenos: naturais, sociais e psicológicos.

·         São aqueles que escolhem em não dar as costas, virar o rosto, fechar os olhos.

·         No diálogo Platônico, Teeteto, Sócrates conclui que não há outro princípio filosófico melhor do que cultivar a capacidade pessoal de Admirar-se.

·         Thâuma, de acordo com a narrativa mítica significava uma entidade (Espanto, Admiração).

·         A partir do discurso filosófico a entidade mítica tornou-se sinônimo de Questionamentos e Interrogações.

SOBRE OS MITOS

https://deusesprimordiais.openbrasil.org/2014/11/teogonia-deuses-primordiais_4.html 

- A mitologia antiga oferecia muito mais do que uma simples explicação sobre a origem do cosmo (Cosmogonia), dos deuses (Teogonia), e dos seres humanos (Antropo).

·         Por serem sagrados, os mitos eram tidos como inquestionáveis (Dogmatismo).

·         As serem interpretadas, as narrativas míticas e os seus personagens atribuíam sentido e significado ao cosmo e ao ser humano.

·         O aspecto Antropomórfico dos mitos tornava quase impossível dissociar realidade de imaginação.

FILOSOFIA E CIÊNCIA

http://uerjemgotas.blogspot.com/2016/08/a-revolucao-cientifica-ilustracao-e-o.html 

- Não havia ciência na Grécia Antiga, ao menos não da forma como hoje é conhecida: Método, Verificação, Experimento, Comprovação, Técnica, Equipamentos etc.

·         Mesmo não havendo a ciência tradicional, muitos filósofos pensavam questões relacionadas ao mundo natural (Os Pré-Socráticos, Aristóteles etc.).

·         Os filósofos questionavam se haveria uma substância única e primordial geradora do universo (Arkhé).

·         A partir desses questionamentos nasce a filosofia, propriamente dita (Questionamentos socráticos) e a ciência (a partir do Renascimento e da Revolução Científica do Século XVII).

O PRINCÍPIO DE TUDO

https://guisil.blogspot.com/2011/03/os-quatro-elementos.html

- Muitos filósofos do passado foram responsáveis por elaborar questões fundamentais para o conhecimento científico moderno.

·         Tales – considerava a água como origem de todas as coisas (O úmido).

·         Anaxímenes – o universo é o resultado das transformações de um ar infinito (Pneuma).

·         Pitágoras – proporcionalidade, simetria e harmonia universal (Formalidade).

·         Heráclito – unidade de tensões opostas (Devir Dialético).

·         Demócrito – átomo como partícula incriada, invisível e indestrutível (Materialismo Mecânico).

ARGUMENTAÇÃO LÓGICA

(Proposições e Conclusões)

https://blog.imaginie.com.br/enem-como-usar-os-textos-de-apoio-da-redacao/tirinha/

- Tanto a filosofia quanto a ciência fazem uso de argumentos, a partir de uma racionalidade específica, a fim de poderem construir respostas para suas teorias.

·         Filósofos e cientistas entendem que todo discurso consistente necessita de bons argumentos.

·         Mas, o que é uma argumentação? – um conjunto de proposições dotadas de certa estrutura lógica (Uma proposição deriva de outra etc.).

·         A estrutura de um argumento se divide em: Conclusão e Premissas.

·         A conclusão é resultado do que se afirma nas premissas.

·         As proposições são utilizadas como provas para sustentar a conclusão.

EX:

- Em uma democracia, o pobre tem mais poder do que o rico, porque há mais pobres, e a vontade da maioria é suprema.

- Alguns Indicadores de Premissas: porque, pois que, como, desde que, pela razão de que, dado que, uma vez que, já que...

- Alguns Indicadores de Conclusões: portanto, logo, segue-se que, pode-se concluir que, pode-se inferir que, consequentemente, assim, daí...

OBS:

- O contexto da argumentação deve sempre o indicador mais útil para o reconhecimento de sua estrutura!

DEDUZINDO E INDUZINDO

(Particularidades e Generalidades)

https://helioborgesblog.wordpress.com/2016/12/06/inducao-deducao-e-abducao/ 

- Os argumentos também podem ser divididos em dedutivos e indutivos.

·         Dedutivos – são os raciocínios que partem de proposições universais para proposições particulares (Suas conclusões são retiradas das premissas).

EX:

Todo brasileiro é patriota (premissa universal).

Todo cearense é brasileiro (premissa particular).

Logo, todo cearense é patriota (conclusão).

·         Indutivos – se originam em proposições particulares, chegando aos termos mais universais.

EX:

O ferro dilata com o calor (premissa particular).

A prata dilata com o calor (premissa particular).

O cobre dilata com o calor (premissa particular).

Logo, matais dilatam com o calor (conclusão).

 

domingo, 21 de fevereiro de 2021

NÃO SOU BÍGAMO, MAS TENHO DOIS AMORES!

 Por: Claudio F. Ramos, C@cau “::¬)

Tenho dificuldades de aderir, de forma imediata, a determinados comportamentos; defender variadas ideologias e levantar algumas bandeiras sectaristas. Estou me referindo a alguns estereótipos pré-fabricados socialmente: “Não suporto argentinos”, “Preto é o seu passado”, “Sou isso ou aquilo com muito orgulho”, “Meu time é o melhor”, “Mulheres falam demais”, “Homens são machistas”, “Esse candidato é o único que pode mudar esse país”, “Minha religião é melhor que a sua” etc. Gosto e admiro, antes de qualquer coisa, o ser Crédulo (Acreditar para além da vida), o ser Aristocrático (Virtuoso em suas ações), o ser Autônomo (Criador de suas próprias regras), o ser Autárquico (Governante de si mesmo), o ser Autocrítico (Conscientes de suas limitações) etc. Hoje, 21/02/2021, essa quase liberdade de poder ser o que se é (não confundir com ser o que se quer), me permite torcer, mesmo na condição de Tricolor das Laranjeiras, por aquele que acredito ser, ao menos momentaneamente, o time mais qualificado para ser Campeão Brasileiro 2020/2021: Vamos lá Mengão! C@cau “::¬)

OBS: Confesso ainda possuir um certo ranço com alguns gêneros musicais nacionais: os miados sofríveis das duplas Sertanejas, as lamúrias dos Pagodeiros, a erotização do Funkeiros e a barulheira e gritaria dos Forrozeiros eletrônicos (para vencer esses impasses só mesmo com a intervenção de um terapeuta).

 

quarta-feira, 17 de fevereiro de 2021

ORIGEM DA FILOSOFIA


Por: Claudio Fernando Ramos, a partir de livros, textos e imagens da net.

 C@cau “::¬) 17/02/2021

A escola de Atenas é uma das mais famosas pinturas de movimento renascentista criado pelo italiano Rafael e representa a academia de Atenas.

VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=pTSfe9-QWtI

PROPOSIÇÕES

- Como, onde e quando surgiu o Pensamento Filosófico?

- Por que o discurso Mítico (Cosmogônico) foi superado pelo discurso Racional (Filosófico)?

- A Filosofia é um discurso eminentemente grego?

ORIGENS

- Período: do fim do século VII ao início do século VI a. C., surgem os primeiros pensadores Cosmológicos.

·         Os primeiros pensadores abandonaram a narrativa mítica e, no seu lugar, empregaram um discurso racional sobre a Natureza e a Ordem do Universo.

OS MITOS

- Os mitos fantasiavam as ilhas e os mares com deuses, monstros e criaturas fantásticas.

·         Cenas que enriqueciam, explicavam e definiam a realidade para o povo grego.

A FILOSOFIA

- Em razão de vários fatores a narrativa mítica foi perdendo, ao longo dos séculos força, influência e relevância.

·         Elementos constituintes de mudanças: Viagens Marítimas, Invenção do Alfabeto, Invenção do Calendário, Invenção da Moeda, Institucionalização da Política etc.

·         Esses e outros elementos proporcionaram o crescimento da racionalidade entre os gregos.

·         Os gregos mais racionalistas começaram a se apropriar de sua vida cotidiana.

·         Mais autônomos, os gregos deixaram de recorrer aos mitos em busca de orientação sobre o tempo, o modo e a forma de fazer as coisas.

A PÓLIS

- Antes de se organizarem em pólis os gregos viviam juntos, em famílias e em grupos.

·         Nesse contexto nasce a política como fator de apropriação do ser humano pela sua própria organização e destino.

·         Com a pólis, a vida urbana se desenvolve, o espaço público é ocupado, o comércio se intensifica e a aristocracia começa a perder o seu poder.

·         Atenas passar a ser o centro da Democracia.

·         Com a instalação da democracia o grego passa a ser cidadão.

A POLÍTICA

- Em Atenas a democracia é direta, não havia representantes eleitos.

·         Ágora: os cidadãos compareciam às assembleias na praça pública para deliberar pessoalmente sobre às questões pertinentes à sociedade.

·         Na ágora era preciso decidir por si mesmo, sem se deixar influenciar por ninguém que tivesse mais poder (Isonomia, Isegoria e Isocracia).

·         Nem todos eram cidadãos: desse direito foram excluídos todos que de uma forma ou de outra eram dependentes: Mulheres, Crianças, Escravos, Idosos.

·         Metecos: estrangeiros também não possuíam direito à cidadania, pois, em situação extrema, poderiam decidir contra Atenas.

O CIDADÃO

- Com o declínio dos valores aristocráticos, principalmente, da superioridade militar, do guerreiro corajoso, da virtude entendida como a excelência dos melhores, abre-se um espaço para os valores democráticos.

·         Valor democrático: uma das características principais do regime democrático estava no uso da palavra como persuasão, do bom orador nas assembleias.

·         Isso faz nascer o cidadão.

A FIGURA DO FILÓSOFO

- De acordo com Pitágoras (580-496 as. C.) a vida assemelhava-se as festas olímpicas.

·         Nesses festejos haviam três tipos de pessoas:

A)    As que iam fazer comércio, por isso buscavam apenas o lucro.

B)    Os atletas e os artistas, buscavam apenas a vitória e/ou o reconhecimento do público.

C)    Os espectadores e avaliadores, iam para ver e/ou avaliar o desempenho dos artistas e dos atletas.

·         O filósofo não é nenhum desses: não busca o lucro, não requer glória, nem é juiz ou dono da verdade alheia.

·         O papel do filósofo é o de contemplar, observar e refletir sobre a vida, o universo e a atividade dos outros.

OS SOFISTAS

- Os Sofistas ensinavam, em troca de dinheiro, técnicas de argumentação para convencer os outros do que quer que fosse.

·         O importante era saber vencer uma discussão na assembleia.

SÓCRATES (470-399 a. C.)

- Sócrates rompe com a herança cosmológica deixada pelos Pré-Socráticos e inaugura uma nova maneira de filosofar: Filosofia Antropológica.

·         Sócrates criticava os sofistas acusando-os de não terem amor pela verdade; para ele eles não eram filósofos.

·         Se para os sofistas importava conhecer as pessoas, as palavras e as coisas, para Sócrates importava mais conhecer a si mesmo.

·         Sócrates não tinha um sistema filosóficos como Platão e Aristóteles, mas sim uma espécie de procedimento: Dialética, Ironia e Maiêutica.

A)    Dialética: Sócrates caminhava pelos espaços públicos conversando com qualquer tipo de pessoa.

B)    Ironia: Sócrates indaga as pessoas sobre o que era a Verdade, a Justiça, a Coragem etc.

C)    Maiêutica: Sócrates acreditava que a verdade é inata, ou seja, está dentro e não fora dos homens; por isso seria necessário fazer o parto das ideias.

A MORTE DE SÓCRATES E DA FILOSOFIA

“O Sétimo Selo” de Ingmar Bergman: Jogando Xadrez com a Morte

- Sócrates foi acusado de não reconhecer os deuses da cidade como legítimos e também de corromper os jovens.

·         Sócrates foi condenado à pena de morte, sendo obrigado a beber o chá de uma planta venenosa (Cicuta).

·         Ironicamente foi a liberdade (Atenas Democrática) que condenou Sócrates à morte.

·         Com a Filosofia, muitas vezes tenta-se fazer o mesmo, os donos da verdade tentam silenciar, definitivamente, qualquer tipo de questionamento.

LIBERDADE

 

Por: Claudio F. Ramos, a partir de livros, textos e imagens da net.

C@cau “::¬) 17/02/2021

 VÍDEOS:

Nª 1: https://www.youtube.com/watch?v=Si_MeSNqXIE

Nª 2: https://www.youtube.com/watch?v=ZmiREZovMhE

Nª 3: https://www.youtube.com/watch?v=R38I7mgclS0

Nª 4: https://www.youtube.com/watch?v=UTnEypqY64w

PROPOSIÇÕES:

- O que é a liberdade?

- É possível definir a liberdade?

- O ser humano é livre para querer uma coisa que não quer?

O ser humano pode querer ser uma coisa que não é?

- A liberdade humana está associada:

·         A um projeto de vida?

·         A uma essência transcendente?

·         A uma natureza humana?

A PHYSIS E O NOMOS

(Natureza e Cultura)

- A Physis humana: as funções vegetativas e os instintos são programas, animais e plantas são programados para fazerem e viverem como vivem (Determinismo Biológico).

·         O homem também tem sua cota de programação, à revelia de sua vontade, precisa cumprir determinadas funções de caráter biológico.

- O Nomos humano: o ser humano além da physis possui uma capacidade simbólica; em razão dessa natureza extra podemos afirmar que somos programados enquanto “Seres”, mas não enquanto “Humanos”.

·         O ser humano possui uma capacidade “Inata” de promover comportamentos “não inatos”.

DEFINIÇÕES

- O que é liberdade? – Do ponto de vista da Filosofia há três definições para o mesmo conceito:

·         Liberdade de Ação

·         Liberdade da Vontade

·         Liberdade da Razão

EXPLICAÇÕES I

- Liberdade de Ação:

(Querer e Poder)

·         Liberdade de ação é o mesmo que liberdade de fazer.

·         É o mesmo que ausência de impedimentos, obstáculos.

·         Esse tipo de liberdade quase nunca é Absoluta nem Nula.

·         Em termos Político: dentro de uma sociedade a liberdade de ação está regulada pela Lei (Thomas Hobbes 1588-1679).

·         Onde não há lei não há liberdade, no ato de regulamentar as leis acabam por garantir um conjunto de possibilidades de ação (John Locke 1632-1704).

EX:

- Revolução Francesa, Independência dos EUA, Diretas Já etc. Esses e outros movimentos buscavam, principalmente, a liberdade de ação.

EXPLICAÇÕES II

- Liberdade da Vontade:

(Querer por Querer)

·         Trata-se de uma liberdade mais filosófica.

·         É a liberdade em que o ser humano quer aquilo que ele quer.

·         Uma coisa é a possibilidade de querer Fazer, outra coisa é a possibilidade de querer Escolher.

·         Esse tipo de liberdade nasce da vontade pura e/ou da influência de outrem.

·         Escolhas verdadeiramente livres nascem da: Deliberação, Escolha e Volição.

A)    Deliberação: processo de saber quais e quantos são os meios aos quais se recorrerá para chegar a um determinado fim (Organização).

B)    Escolha: operar sobre os meios elencados e organizados, transformando-os em atos (A escolha livre torna o indivíduo responsável pela mesma).

C)    Volição: é a vontade orientada para a escolha do bom e do verdadeiro, ou seja, é aquilo que faz o indivíduo escolher a virtude (Aristóteles).

·         Livre-Arbítrio: essa é a maneira como pensadores cristãos definem a liberdade da vontade.

·         Segundo Agostinho, a liberdade é própria da vontade e não da razão, a vontade pode conhecer o bem, mas a vontade pode rejeitá-lo (Crítica ao Racionalismo Moral de Sócrates).

·         Apesar de defender o Livre-Arbítrio (liberdade da vontade) Agostinho entendia que a alma humana só poderia escolher realmente o que queria (o bem, o amor, a perfeição etc.) se fosse ajudada pelo Divino (a graça divina).

·         Para os cristãos há diferentes vontades dentro do homem:

Porque não faço o bem que eu quero, mas o mal que não quero, esse faço. Mas, se eu faço o que não quero, já não sou eu quem o faz, e sim o pecado que habita em mim.

(Romanos 7:19-20)

“[...] Era eu que queria e eu que não queria: era exatamente eu que nem queria plenamente, nem rejeitava plenamente. Por isso, lutava comigo mesmo e dilacerava-me a mim mesmo [...]”.

(Confissões)

 

·         A existência precede a essência: a liberdade da existência de um indivíduo não é determinada por sua essência (Jean-Paul Sartre 1905-1980).

·         De acordo com Sartre o ser humano tem sua essência vinda de suas escolhas, feitas em sua liberdade.

·         Aos poucos, o ser humano livre, vai tomando consciência de si, de sua existência.

·         O ser humano, ao ser “jogado” no mundo, em algum momento, a partir de suas escolhas, começa sua permanente construção.

·         Sempre haverá, para a chamada “essência” humana, a possibilidade de mudanças.

·         Para Sartre o ser humano é livre para ser o que é, e também para ser o que não é.

EXPLICAÇÕES III

- Liberdade de Razão:

(Ignorar sim, negar nunca)

·         É a relação que existe entre a liberdade e o conhecimento do verdadeiro.

·         Não há possibilidade de escolha diante do verdadeiro; nesse caso a razão liberta o indivíduo de si mesmo (10x + 10 = 210; X = ?).

·         O resultado da equação independe de um processo de escolha qualquer.

·         Mesmo que se escolha ignorar o fato, isso em nada afetará o resultado; ou seja, o fato de que a verdade é a verdade.

·         Quanto mais conhecimento verdadeiro menor a necessidade de escolhas (André Comte-Sponville 1952).

CONCLUSÃO

- A liberdade, de certo modo, implica uma maneira de inventar o ser humano.

·         O grau de invenção, ou seja, o quanto se pode realmente escolher ou não, irá depender de como se entende a liberdade e de como se enxerga o próprio ser humano.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2021

O TRABALHO DA FILOSOFIA

 

(O que é Filosofia?)

Por: Claudio Fernando Ramos, a partir de livros, textos e imagens da net.

 C@cau “::¬) 09/02/2021

INTRODUÇÃO

- Não é por acaso que a maioria dos livros de filosofia começam com essa pergunta: O que é filosofia?

·         Comumente outras disciplinas não se aprofundam em investigar a existência ou não de seus objetos.

·         As outras disciplinas costumam dar maior importância ao modo de funcionamento das coisas (método); à aplicação da teoria no mundo prático.

·         Deitam maior atenção as suas próprias áreas de estudo, não adentrando muito em territórios vizinhos.

EX: O geômetra (R. Descartes) não costuma conversar muito com o poeta (F. Pessoa).

O TRABALHO DO FILÓSOFO 

- Cabe ao filósofo perguntar e refletir sobre os conceitos e objetos que estão nas bases das outras disciplinas.

·         Embora a filosofia não esteja interessada especificamente no estudo dos objetos das outras disciplinas, no entanto, entende-se que é seu trabalho questionar as certezas produzidas pelas outras áreas do saber.

·         Enquanto as outras disciplinas buscam explicar como as coisas são, é trabalho da filosofia perguntar o que as coisas são.

·         É tarefa da filosofia buscar o conhecimento de toda realidade.

OBS: Questionamentos filosóficos: O que é o ser (Biologia...)? O que é o número (Matemática...)? O que é o tempo (Física...)? O que é a substância (Química...)?

A ORIGEM DA FILOSOFIA

- A filosofia é uma forma de conhecimento eminentemente grego (Um “milagre” grego).

·         Sua origem literal nasce dos termos: Philia (Amor, Amizade) e Sophia (Sabedoria, Conhecimento).

·         Sua origem conceitual é vasta e plural, inúmeros filósofos, ao longo dos séculos tentaram definir o que é de fato filosofia.

QUEM É O FILÓSOFO

- Filósofo é toda aquele que pensa, reflete, aprende, questiona, crer, duvida, analisa, enumera...  

·         O filósofo, necessariamente não é o sábio, mas sim aquele que está sempre a procura do conhecimento.

·         O prazer de quem ama é estar ao lado da pessoa (coisa) amada; o mesmo ocorre com o filósofo e o conhecimento.

TEMAS FILOSÓFICOS

 

- Cosmologia: os Pré-Socráticos buscaram explicar a Physis (Natureza Cósmica) a partir da existência de uma suposta Arkhé (Substância Primordial).

- Fil. Antropológica: Sócrates e os Sofistas deram mais atenção ao homem e suas ações sociais.

- Os Sistêmicos: Platão, Aristóteles, R. Descartes, B. Espinosa, I. Kant, G. Hegel etc. buscaram sistematizar a totalidade das coisas existentes a partir de uma verdade única, absoluta e universal.

- Política (Relações de Poder); Ética (Concepções sobre o certo e o errado); Estética (Conceituação do fazer artístico); Linguística (A linguagem e suas múltiplas representatividades); Fil. da Religião (Concepções sobre o divino e o sagrado); Epistemologia (As possibilidades e formas do conhecimento); Metafísica (A transcendência do ser); Existencialismo (As virtudes e vicissitudes do existir) etc.

PENSAMENTOS E PENSADORES 

- Sócrates (470-399 aC)

·         A vida não examinada não vale a pena ser vivida.

·         Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância.

- Platão (427-347 a.C.)

·         Tente mover o mundo - o primeiro passo será mover a si mesmo.

·         Não espere por uma crise para descobrir o que é importante em sua vida.

- Aristóteles (384-322 a.C.)

·         Nunca existiu uma grande inteligência sem uma veia de loucura.

·         O ignorante afirma, o sábio duvida, o sensato reflete.

- Aurélio Agostinho (354-430)

·         A medida do amor é amar sem medida.

·         O mundo é um livro, e quem fica sentado em casa lê somente uma página.

- René Descartes (1596 - 1650)

·         Eu penso, logo existo.

·         Não existem métodos fáceis para resolver problemas difíceis.

- John Locke (1632-1704)

·         Ler fornece ao espírito materiais para o conhecimento, mas só o pensar faz nosso o que lemos.

·         Onde não há lei, não há liberdade.

- David Hume (1711-1776)

·         A beleza das coisas existe no espírito de quem as contempla.

·         A razão é, e só pode ser, escrava das paixões.

- Jean-Jacques Rousseau (1712-1778)

·         Geralmente aqueles que sabem pouco falam muito e aqueles que sabem muito falam pouco.

·         A natureza fez o homem feliz e bom, mas a sociedade deprava-o e torna-o miserável.

- Immanuel Kant (1724-1804)

·         Não há garantias. Do ponto de vista do medo, ninguém é forte o suficiente. Do ponto de vista do amor, ninguém é necessário.

·         É por isso que se mandam as crianças à escola: não tanto para que aprendam alguma coisa, mas para que se habituem a estar calmas e sentadas e a cumprir escrupulosamente o que se lhes ordena, de modo que depois não pensem mesmo que têm de pôr em prática as suas ideias.

- Karl Marx (1818-1883)

·         O caminho do inferno está pavimentado de boas intenções.

·         Os filósofos limitaram-se a interpretar o mundo de diversas maneiras; o que importa é modificá-lo.

- Friedrich Nietzsche (1844-1900)

·         O que não provoca minha morte faz com que eu fique mais forte.

·         Há sempre alguma loucura no amor. Mas há sempre um pouco de razão na loucura.

·         E aqueles que foram vistos dançando foram julgados insanos por aqueles que não podiam escutar a música.

- Jean-Paul Sartre (1905-1980)

·         O inferno são os outros.

·         Não fazemos aquilo que queremos e, no entanto, somos responsáveis por aquilo que somos.

·         Ainda que fôssemos surdos e mudos como uma pedra, a nossa própria passividade seria uma forma de ação.

- Michel Foucault (1926-1984)

·         A psicologia nunca poderá dizer a verdade sobre a loucura, pois é a loucura que detém a verdade da psicologia.

·         As pessoas sabem aquilo que elas fazem; frequentemente sabem por que fazem o que fazem; mas o que ignoram é o efeito produzido por aquilo que fazem.

CONSCIÊNCIA ÁUREA

  CONSCIÊNCIA ÁUREA Por: Claudio F Ramos, C@cau “:¬)18/11/2024 O nosso país é cheio de feriados, mas poucos retratam a vida, a história ...