HOMEM: O ANIMAL
POLÍTICO
(Aristóteles 384-322 a.
C.)
Por:
Claudio F Ramos a partir de reflexões e textos na net.
C@cau “::¬) 12/02/2022
CONTINGENCIAMENTO HUMANO
A política não deveria
ser a arte de dominar, mas sim a arte de fazer justiça.
(Aristóteles)
- Para Aristóteles o homem é um ser racional
que necessita de coisas e de pessoas.
· O homem é um ser carente e imperfeito, e deve buscar a vida em comunidade para alcançar a completude.
POLÍTICO,
DIVINO OU FERA
-
A partir de suas várias necessidades e limitações Aristóteles deduz que o homem
é naturalmente político.
· Segundo ele, quem vive fora da comunidade organizada (cidade ou Pólis) ou é um ser degradado ou um ser sobre-humano (divino).
CIDADANIA
«de acordo com as nossas leis, somos todos iguais no que se refere aos negócios privados. quanto à participação na sua vida pública, porém, cada qual obtém a consideração de acordo com os seus méritos e mais importante é o valor pessoal que a classe a que se pertence; isto quer dizer que ninguém sente o obstáculo da sua pobreza ou da condição social inferior, quando o seu valor o capacite a prestar serviços à cidade.»
-
De acordo com o pensador o conceito de cidadão varia de acordo com o tipo de
governo.
·
Nem
todos os que moram na cidade são cidadãos.
·
Aristóteles
diferencia habitante de cidadão, pois aqueles apenas moram na cidade, não
participam dela.
·
Somente
os que realmente pensam sobre ela tem o direito de deliberar e votar as leis
que conservam e salvam o Estado.
·
Cidadão
é aquele que tem o poder executivo, legislativo e judiciário.
·
Os
velhos e as crianças não são realmente cidadãos.
· Os velhos pela idade estão isentos de qualquer serviço e as crianças não têm idade ainda para exercer as funções cívicas.
GOVERNOS E DEGENERAÇÕES
A lei e a razão livre
das paixões.
(Aristóteles)
-
O cidadão é aquele que participa ativamente da elaboração e execução das leis,
sendo estas elaboradas pelo:
·
Pelo
rei (Monarquia) X (Tirania).
·
Por
poucos (Aristocracia) X (Oligarquia)
· Por todos os cidadãos livres (Democracia) X (Demagogia)
COMUNIDADE
O objeto principal da
política é criar a amizade entre membros da cidade.
(Aristóteles)
-
Comunidades são agrupamentos de homens unidos por um fim comum.
· Na comunidade os homens relacionam-se pela amizade e justiça, isto é, por um vínculo afetivo.
CARACTERÍSTICAS
COMUNITÁRIAS
- Aristóteles concebe quatro causas que
determinam uma comunidade.
·
Causa
Material: Lares, vilarejos etc. É a partir de onde nasce a cidade.
·
Causa
Formal: O regime ou a Constituição que ordena a relação entre suas partes,
dando forma a ela.
·
Causa
Eficiente: Desenvolvimento natural. Para Aristóteles a cidade é um ser natural,
um organismo vivo.
· Causa Final: A finalidade da cidade é a Felicidade, ou seja, alcançar o bem soberano.
FELICIDADE:
O BEM É COMUNITÁRIO
-
Para Aristóteles, “toda comunidade visa o bem”.
·
O
bem de que se trata aqui é na verdade um fim determinado.
· Toda comunidade tem um fim como meta: o bem soberano (a felicidade).
O
SOBERANO BEM COMUNITÁRIO
-
A comunidade política é aquela que é soberana entre todas e inclui todas as
outras.
·
A
comunidade política é a cidade, que inclui todas as outras formas de comunidade
(lares e vilarejos) que a compõe.
· A cidade é o último grau de comunidade.
O
DOMÍNIO DO COMUNITÁRIO
-
A comunidade (cidade/Estado) deve prevalecer sobre as outras formas de
sociedade (assim como o todo é anterior às partes).
·
O
fim de cada coisa é justamente a sua natureza (a potência encontra-se na
possibilidade de fazer aquilo que exatamente se nasceu para fazer).
· A comunidade política é a natureza de todas as outras comunidades, ela é lógica e ontologicamente anterior a estas.
O HOMEM E O BÁRBARO
Assim como o
homem civilizado é o melhor de todos os animais, aquele que não conhece nem
justiça nem leis é o pior de todos.
(Aristóteles)
-
O cidadão é aquele que, por deliberar e criar leis, é um homem melhor do que os
outros que não participam do governo.
·
A
liberdade política diferencia, “naturalmente”, os homens entre senhores e
escravos.
·
O
senhor é o homem livre que goza de direitos naturais por sua competência em
comandar (Autônomo/Autárquico).
· Os homens dotados apenas de robustez física e pouco intelecto são naturalmente aptos para obedecer (Heterônomo).
CONCLUSÃO
Com a filosofia eu
descobrir que o que eu faço sem que os outros me ordenem é o que os outros
fazem somente por temerem a lei.
(Aristóteles)
-
A cidade é soberana porque visa o bem comum, soberano.
·
O
homem livre é soberano porque é senhor de si.
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