sábado, 3 de setembro de 2022

MODELOS DE PRODUÇÃO E TEORIAS ECONÔMICAS

 MODELOS DE PRODUÇÃO E TEORIAS ECONÔMICAS

(FORDISMO, TAYLORISMO, TOYOTISMO,

LIBERALISMO, SOCIALISMO E KEYNESIANISMO) 

FILOSOFIA/SOCIOLOGIA

Material organizado a partir de material disponibilizado na net.

Claudio F. Ramos, graduado em Filosofia e graduando-se em Ciência Sociais.

C@cau “:¬)03/09/2022

A GRANDE CRISE ECONÔMICA

- A Grande depressão

·         Nas primeiras décadas do século XX, principalmente, em 1929, com a grande crise financeira que ficou conhecida como “A grande Depressão”, surgiu uma nova teoria econômica, desenvolvida pelo economista John Maynard Keynes, que ficou conhecida como Keynesianismo.


MODELOS ECONÔMICOS

- Liberalismo X Socialismo

·         No século XIX, o cenário econômico estava divido em duas teorias econômicas: Teoria Liberal e Teoria Marxista.

·         No socialismo Karl Marx, defendia a ideia de que o Estado deveria ser forte e predominante.

·         Caberia ao Estado o controle dos meios de produção e de toda a economia do país.

·         A teoria liberal, tendo como fundador o economista e filósofo Adam Smith, defendia o funcionamento do livre mercado.

·         Segundo Smith o Estado deveria garantir apenas direito à propriedade privada.

MODELO ECONÔMICO ALTERNATIVO

- O Keynesianismo enquanto modelo alternativo.

·         Keynesianismo surge com uma alternativa às teorias econômicas liberal e marxista.

- John Maynard Keynes (1883-1946) nasceu em Cambridge, Inglaterra, no dia 5 de junho de 1883.

·         Em 1905 graduou-se em Matemática recebendo fortes orientações de professores e economistas das áreas.

·         A doutrina Keynesiana ficou conhecida como uma “revisão da teoria liberal”.

·         Nesta teoria, o Estado deveria intervir na economia sempre que fosse necessário, a fim de evitar a retração econômica e garantir o pleno emprego.

·         Segundo Keynes, a teoria liberal-capitalista não disponibiliza mecanismos e ferramentas capazes de garantir a estabilidade empregatícia de um país.

·         Para ele o poder público deveria investir em áreas em que as empresas privadas negligenciavam.

CARACTERÍSTICAS DO KEYNESIANISMO

·         Defesa da intervenção estatal em áreas que as empresas privadas não podem ou não desejam atuar.

·         Oposição ao sistema liberal.

·         Redução de taxas de juros.

·         Equilíbrio entre demanda e oferta.

·         Garantia do Pleno Emprego.

·         Introdução de benefícios sociais para a população de baixa renda, afim de garantir um sustento mínimo;

KEYNESIANISMO NA PRÁTICA

(Presidente Franklin Delano Roosevelt, responsável pelo New Deal)

·         Com a Grande Depressão, ficou claro que o liberalismo clássico, sozinho, não foi capaz de garantir o pleno emprego.

·         Em 1932, com a quebra da bolsa de valores e com uma grande crise financeira, o presidente Franklin Delano Roosevelt, baseado nos princípios defendidos por Keynes, implementou o famoso plano “New Deal” (Novo Acordo/Novo Contrato 1933-37), visando tirar o EUA da retração econômica.

·         Além da intervenção estatal, o plano estabelecia o controle na emissão de valores monetários, o investimento em setores básicos da indústria e, claro, políticas de criação de emprego.

·         Com a implementação de uma série de ações que conciliaram as questões econômicas e sociais, foram criadas as bases do chamado welfare state - Estado de Bem-estar Social.

O NEOLIBERALISMO

- Bons resultados foram alcançados através do New Deal.

·         Porém, ele perdeu espaço no final de década de 1970 quando o neoliberalismo surgiu com novas propostas.

·         A abertura comercial internacional e a privatização de empresas estatais.

·         Estados Unidos, Chile e Reino Unido foram os primeiros países a adotarem o neoliberalismo.

UM NOVO KEYNESIANISMO?

- Os preceitos defendidos por Keynes só voltaram aos holofotes com a grande crise de 2008.

·         Ocasião em que as principais economias do mundo se viram diante da necessidade de evitar uma situação semelhante à recessão americana de 1929.

CRÍTICAS AO KEYNESIANISMO

- Vários autores criticavam a doutrina keynesiana alegando que se tratava de uma teria “socialista”.

·         Contrário ao sistema liberal, John Keynes nunca defendeu a estatização da economia.

·         O que fez foi defender a participação do estado para suprir necessidades que o sistema privado não atendia.

·         Hutt sempre criticou Keynes por identificá-lo muito mais com os valores e com os ideais mercantilistas: um homem que quer “que nós acreditemos que os mercantilistas estavam certos e que as críticas feitas a eles pelos clássicos, erradas.”

CONCLUSÃO

- Mesmo com todas as críticas e controvérsias, após passados muitos anos, a Teoria de Keynes continua sendo usada como base de estudos em diversas universidades no mundo.

·         John Maynard Keynes foi uma das figuras mais importantes no estudo da economia no século passado.

·         Apesar do neoliberalismo ter praticamente tomado conta da maioria dos países, o keynesianismo deixou sua marca na história.

MODELOS DE PRODUÇÃO

- Fordismo, Taylorismo e Toyotismo

Um trabalhador em tempo flexível controla o local do trabalho, mas não adquire maior controle sobre o processo em si

(ENEM/2013)

·         O mundo passou por um processo de desenvolvimento ― principalmente industrial ― que culminou na necessidade de buscar novas formas de organização da produção.

·         Esse processo resultou em três modos de organização da produção industrial que revolucionaram o trabalho: o Fordismo, Taylorismo e Toyotismo.

 

- Para entender as diferenças entre Fordismo, Taylorismo e Toyotismo, é importante compreender em que contexto eles surgiram.

·         Foi no final do século XVIII e início do século XIX que o desenvolvimento da indústria teve seu pico de crescimento, fazendo com que fosse necessário encontrar novos meios de organizar a produção industrial.

·         A intenção era aprender a controlar melhor as despesas, os lucros e a produtividade.

·         A partir dessa necessidade, começaram a aparecer novos modos de produção industrial, tanto no setor organizacional quanto naqueles ligados ao lucro.

·         Dentre esses sistemas, os que mais se destacaram foram o Fordismo, Taylorismo e o Toyotismo.

TAYLORISMO

- Desenvolvido por Frederick Winslow Taylor (1856-1915).

·         Esse modo de organização da produção industrial tinha o objetivo de racionalizar o trabalho.

·         A intenção era aumentar os lucros fragmentando o máximo possível o trabalho.

·         Desejava-se minimizar as tarefas supérfluas ao máximo; dentre elas, estava o tempo com o aprendizado.

·         Utilizava-se um controle do tempo para o que era essencial.

·         Enquanto os funcionários trabalhavam o tempo era cronometrado e a produção era estabelecida conforme a produtividade de cada um. 

FORDISMO

- Desenvolvido por Henry Ford (1863-1947).

·         O Fordismo foi criado com o objetivo de aprimorar o modelo de Taylor.

·         Princípio organizador do trabalho que está baseado na produção em massa.

·         Visa alcançar maiores índices de produtividade por meio da padronização da produção.

·         Divisão do trabalho - feito em tarefas menores tendo um funcionário responsável por cada tarefa.

·         A gerência ficou com as mesmas funções de antes, ou seja, do Taylorismo; no entanto, um novo elemento mereceu destaque: a esteira rolante.

·         Esse equipamento proporcionou um ritmo de trabalho mais dinâmico e estável para a produção.

TOYOTISMO

- Criado por Taiichi Ohno (1912-1990), na empresa Toyota.

·         O trabalho é definido pelo modelo just in time, ou seja, a produção de acordo com a demanda.

·         Neste modelo, não há saturação dos estoques e a empresa possui cinco zeros, que são: zero de atraso; zero panes; zero defeitos; zero papéis e zero de estoque.

·         Esse modelo de produção rompeu com o modelo ocidental de produção que até então predominava.

·         Ele era caracterizado por uma alta lucratividade, redução de custos e produção diversificada.

·         Esse modelo prioriza: o trabalho em grupo; a redução de desperdícios; a produção diversificada; funcionários com várias tarefas diferentes e a organização de trabalho horizontal.

CARACTERÍSTICAS

 - Taylorismo: aumento da produtividade, dos salários e dos lucros.

·         Divisão do trabalho em tarefas menores.

·         Funcionário ganhava de acordo com o produzia.

·         Grande nível de subordinação.

·         O trabalho era cronometrado.

- Fordismo: produção em grande escala.

·         Padronização da fabricação.

·         Uso de linhas de montagem.

·         Ritmo de trabalho mais dinâmico.

·         Divisão do trabalho em pequenas tarefas.

·         Redução dos custos.

- Toyotismo: O trabalho em equipe sempre foi considerado fator de grande importância.

·         Com a formação de grupos, eles mesmos se organizavam e controlavam seu próprio trabalho, levando a um aperfeiçoamento contínuo da produção. 

DIFERENÇAS ENTRE OS MODELOS

- Fordismo X Taylorismo: a maior diferença é que no Fordismo o que influencia a produção do operário não é a bonificação pelo alto rendimento ou a repreensão pelo baixo rendimento.

·         O que move seu esforço é o ritmo da máquina.

·         No Taylorismo havia um longo treinamento no trabalho, no Fordismo havia pouco ou nenhum.

·         O Taylorismo adotava níveis mínimos de produtividade e o Fordismo focava na linha de montagem.

·         O Taylorismo adotava o controle do tempo, enquanto no modelo de Ford imperava a rígida padronização da produção. 

- Fordismo/Taylorismo X Toyotismo: o Fordismo e o Taylorismo produziam em massa e produtos iguais, fazendo com que os estoques ficassem cheios.

·         O Toyotismo produzia pequenos lotes de produtos escolhidos pela demanda.

·         Isso reduzia os prejuízos e não sobrecarregava os estoques.

·         Enquanto no Fordismo a eficiência dependia do ritmo e no Taylorismo dependia do tempo que o produto ficava pronto, no Toyotismo a demanda é que definia quanto esforço e tempo o produto precisava. 

O VOLOVISMO E A CONCLUSÃO

- Além dos modelos de produção resumidamente apresentados, existem outros modelos mais e/ou menos relevantes; dentre eles destacamos o Volvismo.

·         O Volvismo é um modelo de produção industrial criado na segunda metade do século XX (na Suécia) que preza pela autonomia do trabalhador em diversas etapas produtivas da indústria.

·         O Volvismo reúne características como a flexibilidade de produção.

·         O controle de qualidade ao longo do processo produtivo e a adoção de equipamentos tecnológicos.

- A ascensão do Volvismo ocorreu em um contexto histórico marcado pela valorização da qualificação e pelo respeito aos direitos dos trabalhadores.

·         Sobre esse modelo, em particular, trataremos em breve em um outro material que reuniremos e organizaremos a partir da net.

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