domingo, 28 de janeiro de 2024

TEMA V - O QUE É CULTURA?

 O QUE É CULTURA?

Organizado por: Claudio F. Ramos, a partir de livros e da net. C@cau “:¬)28/01/2024

 VÍDEO AULA:

https://www.youtube.com/watch?v=x6JeS0TKSsg

INTRODUÇÃO

- Não há uma acepção unívoca sobre o significado do conceito.

·         Existem múltiplas compreensões sobre o que significa e o que não significa cultura.

 ALGUMAS QUESTÕES

- Cultura é a mesma coisa que civilização?

- Há pessoas que têm e pessoas que não têm cultura?

- Existe uma única forma de se definir o conceito de cultura?

- Existe uma cultura que possa ser definida como superior?

- Só o ser humano possui a prerrogativa de ter cultura?

 ETIMOLOGIA

- A etimologia da palavra é de origem latina (Culturae).

·         Etimologia é o estudo da origem histórica das palavras, de onde surgiram e como evoluíram ao longo dos anos.

·         O ramo dos estudos linguísticos se preocupa em encontrar os chamados étimos (vocábulos que originam outros) das palavras.

·         O sentido original da palavra remete à prática agrícola, ou seja, “ação de tratar”, “cultivar”.

 DEFINIÇÃO GENÉRICA

- Segundo Edward B. Tylor (1832-1917), antropólogo britânico, cultura é todo aquele complexo que inclui o conhecimento, as crenças, a arte, a moral, a lei, os costumes e todos os outros hábitos e capacidades adquiridos pelo homem como membro de uma sociedade.

·         Essa definição tem sido problematizada e reformulada constantemente, tornando a palavra cultura um conceito extremamente complexo e difícil de ser fixado de modo único.

·         Pesquisadores da área já encontraram quase 200 definições para o conceito de cultura.

EM BUSCA DE UM CONSENSO

- Clifford Geertz (1926-2006), antropólogo estadunidense, discutia negativamente a quantidade gigantesca de definições de cultura, considerando um progresso de grande valor o desenvolvimento de um conceito que fosse coerente internamente e que tivesse um argumento definido.

·         Para ele cultura é um padrão de significados transmitidos historicamente, incorporado em símbolos, um sistema de concepções herdadas expressas em formas simbólicas por meio das quais os homens comunicam, perpetuam e desenvolvem seu conhecimento e suas atividades em relação a vida.

CULTURA E CIVILIZAÇÃO

- Mistura Conceitual: em razão de ter sido fortemente associada ao conceito de civilização no século XVIII, a cultura, várias vezes, se confunde com noções de:

·         Desenvolvimento, educação, bons costumes, etiqueta e comportamentos de elite.

- Civilização para uns: a partir de uma abordagem evolucionista, é o estágio mais avançado de determinada sociedade humana, caracterizada basicamente pela sua fixação ao solo mediante construção de cidades.

·         Civilização é um complexo conceito constantemente utilizado, principalmente, pelos antropólogos e pelos historiadores.

·         O conceito de civilização deriva do latim civita que designa cidade e civile (civil) o seu habitante (cidadão).

- Civilização para outros: num sentido mais amplo e comumente empregado:

·         A civilização designa toda uma cultura de determinado povo e o acervo de seus característicos sociais, científico, político, econômico e artísticos próprios e distintos.

- Etnocentrismo: a confusão conceitual (cultura = civilização) cria e reproduz os conceitos etnocêntricos do início da antropologia, onde se contrapõe as sociedades complexas às “primitivas” (sociedades tradicionais, povos originários etc.).

·         Etnocentrismo (Antropologia) - visão de mundo característica de quem considera o seu grupo étnico, nação ou nacionalidade socialmente mais importante do que os demais.

- Evolução: é dentro desse contexto de confusão conceitual que aparece a sequência: Selvageria, Barbárie e Civilização.

·         Esses estágios evolutivos foram encarados como estágios obrigatórios no processo da evolução humana.

·         Desde a passagem de um sistema social/econômico/tecnológico de caçadores-coletores (selvageria) para agricultores e pastores (barbárie) até a concentração em cidades e divisão social (civilização).

- O Popular e o Erudito: a grande confusão entre cultura e civilização ocorreu, principalmente, na França e na Inglaterra entre os séculos XVIII e XIX.

·         Entre os períodos acima indicados, cultura se referia a um ideal de elite.

·         Essa forma de compreensão do conceito possibilitou o surgimento da dicotomia (e, eventualmente, hierarquização) entre "cultura erudita" e "cultura popular", ainda fortemente presente no imaginário das sociedades ocidentais.

 

CULTURA E SOCIOLOGIA

- Sociologia: cultura é um conjunto de ideias, comportamentos, símbolos e práticas sociais artificiais (isto é, não naturais ou biológicos) aprendidos de geração em geração por meio da vida em sociedade (OBS - não é uma definição unívoca).

·         Como termo geral: cultura é a herança social e total da Humanidade.

·         Como termo específico: uma cultura significa determinada variante da herança social.

CULTURA E FILOSOFIA

- Filosofia: cultura é o conjunto de manifestações humanas que contrastam com a natureza ou comportamento natural.

·         É um conjunto de respostas para melhor satisfazer as necessidades e os desejos humanos.

·         No cotidiano das sociedades (especialmente a sociedade ocidental) e no vulgo costuma ser associada à aquisição de conhecimentos e práticas de vida reconhecidas como melhores, superiores, ou seja, erudição.

·         A cultura é o resultado dos modos como os diversos grupos humanos foram resolvendo os seus problemas ao longo da história.

·         Criação: o homem não só recebe a cultura dos seus antepassados como também cria elementos que a renovam.

·         Fator de humanização: o homem só se torna homem porque vive no seio de um grupo cultural.

·         Construção simbólica: cultura é um sistema de símbolos compartilhados com que se interpreta a realidade e que conferem sentido à vida dos seres humanos.

CULTURA E ANTROPOLOGIA

- Antropologia: cultura é a totalidade de padrões aprendidos e desenvolvidos pelo ser humano.

·         É um complexo que inclui conhecimento, crenças, arte, morais, leis, costumes e outras aptidões e hábitos adquiridos pelo homem como membro da sociedade.

·         Corresponde às formas de organização de um povo, seus costumes e tradições transmitidas de geração para geração que, a partir de uma vivência e tradição comum, se apresentam como a identidade desse povo.

CULTURA MATERIAL/IMATERIAL

- Cultura Material está associada aos elementos materiais e, portanto, é formada por elementos palpáveis e concretos.

·         Obras de arte, igrejas, ferramentas etc.

- Cultura Imaterial está relacionada com os elementos espirituais ou abstratos.

·         Os saberes e os modos de fazer.

CULTURA: MUDANÇAS E RESISTÊNCIAS

- Como mecanismo adaptativo e cumulativo, a cultura sofre mudanças.

·         A cultura é dinâmica, desenvolvida historicamente.

·         Traços se perdem, outros se adicionam, em velocidades distintas nas diferentes sociedades.

- Três mecanismos básicos permitem a mudança cultural (Invenção, Difusão e Descoberta).

·         A invenção ou introdução de novos conceitos.

·         A difusão de conceitos a partir de outras culturas.

·         A descoberta, é um tipo de mudança cultural originado pela revelação de algo desconhecido pela própria sociedade e que ela decide adotar.

- Resistência: a mudança normalmente acarreta resistência entre as pessoas.

·         Uma vez que os aspectos da vida cultural estão ligados entre si, a alteração mínima de somente um deles pode ocasionar efeitos em todos os outros.

·         Modificações na maneira de produzir podem interferir na escolha de membros para o governo ou na aplicação de leis.

- “Benefício” da resistência: a resistência à mudança representa uma vantagem, no sentido de que somente modificações realmente proveitosas e/ou inevitáveis, serão adotadas evitando o esforço da sociedade em adotar, e depois rejeitar um novo conceito.

CULTURA E ENTRETENIMENTO

- Há quem defenda a existência de relevante distinção entre cultura e entretenimento.

·         Mario Vargas Llosa: o objetivo do entretenimento é divertir e dar prazer, sem referenciais culturais concretas.

·         Pode-se conceber que haja entretenimento sem cultura.

·         Muitas vezes, o entretenimento substitui a cultura para um determinado povo e assim muitas tradições culturais acabam por serem esquecidas.

·         Atualmente muitos organismos e iniciativas internacionais trabalham pelo resgate e preservação da cultura de distintos povos.

CULTURA: NOMOS E PHYSIS

- O ambiente exerce um papel fundamental sobre as mudanças culturais, embora não único.

·         Os homens mudam sua maneira de encarar o mundo tanto por contingências ambientais quanto por transformações da consciência social.

- A principal característica da cultura é o chamado mecanismo adaptativo.

·         A capacidade de responder ao meio de acordo com mudança de hábitos, mais rápida do que uma possível evolução biológica.

- O homem não precisou desenvolver longa pelagem e grossas camadas de gordura sob a pele para viver em ambientes mais frios.

·         Ele simplesmente adaptou-se com o uso de roupas, do fogo e de habitações.

·         A evolução cultural é mais rápida do que a biológica.

OBS: Caso “rejeite” em absoluto a evolução biológica, o homem torna-se totalmente dependente da cultura.

·         Dependente exclusivamente da cultura, no caso da falta de alguns de seus aspectos essenciais, o efeito desta ausência, guardada as devidas proporções, seria semelhante a um tipo de deficiência física.

CULTURA ENTRE OS ANIMAIS

- É possível, na opinião de alguns cientistas, identificar uma "espécie de cultura" em alguns animais superiores, especialmente mamíferos (os primatas).

·         Verifica-se que os chimpanzés possuem um rico repertório de ferramentas (clavas, perfuradores etc.). 

·         A técnica de produção de ferramentas, além de sua forma de uso, é ensinada de geração em geração entre os chimpanzés.

·         A existência da produção de cultura material e transmissão desta cultura socialmente é, dentro de algumas concepções de cultura, suficiente para afirmar que primatas possuem cultura.

- Indefinições: percebe-se diferenças na forma como a cultura existe entre os primatas.

·         É consenso entre os antropólogos que caracterizar culturas entre "superiores" e "inferiores" é uma impropriedade científica, já que não existem critérios objetivos para realizar esta diferenciação.

·         A diferença entre a cultura humana e a cultura dos primatas deve ser entendida em outros termos.

·         A grande diferença entre essas duas manifestações culturais, é que, entre os primatas, não ocorre o chamado "efeito catraca", isto é, os primatas não somam inovações tecnológicas para produzir produtos tecnologicamente mais complexos.

·         O processo de difusão da cultura entre primatas ainda está sendo estudado.

OBS: Primatas - ordem de mamíferos que compreende o homem, os macacos, os lêmures e formas relacionadas.

·         Arborícolas e onívoros, dotados de cérebro grande e diferenciado.

·         Olhos bem desenvolvidos e voltados para a frente, permitindo a visão binocular.

·         Membros com cinco dedos, o primeiro ger. oponível aos demais.

CONCLUSÃO

- Chegamos à conclusão que com a palavra cultura, podemos designar adequadamente:

·         O cultivo de vegetais (a cultura de alfaces ou o cultivo de alfaces).

·         O cultivo do conhecimento humano alcançado pela racionalidade e pelo senso estético (quando nos referimos a uma pessoa culta, justificando que ela é letrada, erudita, que conhece vários idiomas ou é conhecedora de arte).

·         A cultura de um povo, de uma região, de uma nação, que se apresenta em suas diversas facetas (religião, arte, culinária, costumes, conhecimento etc.)

quarta-feira, 24 de janeiro de 2024

TEMA IV - GEORG SIMMEL (1858-1918)

 GEORG SIMMEL 1858-1918

(Microssociologia)

Por: Claudio F. Ramos, a partir de livros e da net. C@cau “:¬)24/01/2024

VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=vyFFeCEMh5I

INTRODUÇÃO

- Simmel foi um cientista social alemão que contribuiu com a sociologia em seu estágio inicial de desenvolvimento.

·         Assim como fizeram Max, Durkheim e Weber, ele formulou paradigmas e teorias sociais inovadoras.

- Diplomou-se na Universidade de Berlim passando pelos cursos de Filosofia.

·         Sua tese de doutorado, também em Filosofia, levou o título de: A natureza da matéria segundo a Monadologia física de Kant.

A MICROSSOCIOLOGIA

- Simmel se diferenciou no campo do estudo dos fenômenos sociais em razão de seu interesse pela análise microssociológica.

·         Microssociologia se refere à investigação da sociedade, a partir das ações e reações dos atores sociais em interação (ver Max Weber). 

A SOCIOLOGIA FORMAL

- Simmel foi o fundador da chamada "sociologia formal" ou "sociologia das formas".

·         A sociologia formal é uma perspectiva teórica que está muito próxima da chamada "sociologia da ação", e ambas se contrapõem às concepções teóricas de caráter macrossociológico, como o estruturalismo, o funcionalismo e o neomarxismo

A INFLUÊNCIA KANTIANA

- As concepções teóricas que sustentam toda a gama de pesquisas e estudos elaborados por Simmel estão fundamentadas no paradigma filosófico originalmente construído por Immanuel Kant (1724-1804).

·         A partir das concepções filosóficas kantianas, Simmel concluiu que a realidade social é extremamente complexa, e até certo ponto caótica, em relação aos significados.

·         O conhecimento dos fenômenos sociais, que ocorrem imersos nessa realidade e que interessam ao cientista social, só são passíveis de serem apreendidos mediante a adoção de categorias ou modelos analíticos

 

OS MODELOS ANALÍTICOS

- As categorias e/ou modelos analíticos servem para ordenar o pensamento de modo que se possa interrogar e interpretar a realidade.

·         Um modelo ou categoria analítica é uma simplificação do real porque opera com base na abstração.

·         Nesse caso a abstração serve como um esforço de separação dos fenômenos sociais que estão imersos na complexa realidade social, tanto em seus aspectos sociológicos como históricos

- Para Simmel, os modelos e/ou categorias analíticas não são proposições arbitrárias e nem recursos empregados apenas pelos cientistas sociais que interrogam o real.

·         Conscientemente ou não eles também são criados e utilizados pelos próprios indivíduos que integram a sociedade, como recurso de ação e interação social

SIMMEL E WEBER

- Os Modelos e/ou categorias analíticas são recursos teóricos que também foram empregados pelo cientista social alemão Max Weber (1864-1920).

·         Os tipos ideais de Weber servem para delimitar o real, assim sendo, servem para construir objetos de pesquisa que serão analisados e interpretados.

·         Para Weber, os tipos ideais são dotados de algum significado.

·         Max Weber estabeleceu em seus estudos uma interlocução permanente com as obras de Simmel.

 

CONCEITO DE SOCIAÇÃO

- Sociação é a forma (realizada de incontáveis maneiras diferentes) pela qual os indivíduos se agrupam em unidades que satisfazem seus interesses.

·         Esses interesses, quer sejam sensuais ou ideais, temporários ou duradouros, conscientes ou inconscientes, causais ou teleológicos, formam a base das sociedades humanas.

·         A sociedade é produto das interações entre os indivíduos (concebidos como atores sociais).

·         O conceito de sociedade pode mudar, uma vez que sociedade é uma unidade que está limitada a um determinado território ou localidade

- Para Simmel, uma sociedade toma forma a partir do momento em que os atores sociais criam relações de interdependência ou estabelecem contatos e interações sociais de reciprocidade.

·         Para ele, as fronteiras e limites de uma sociedade são difusos e extremamente transitórios.

·         Neste ponto, é possível identificar alguma aproximação ou concordância de Norbert Elias (1897-1990) com as abordagens sociológicas de Simmel.

- Concebendo a sociedade como produto das interações individuais, Simmel formula o conceito de Sociação.

·         Simmel desejava designar mais apropriadamente as formas ou modos pelos quais os atores sociais se relacionam.

OBS: As interações sociais e as relações de interdependência não representam, necessariamente, a convergência de interesses entre os atores sociais envolvidos (podem significar conflitos).

 

OS BENEFÍCIOS DOS CONFLITOS

- A microssociologia de Simmel demonstra que as interações sociais podem prefigurar relações conflitivas, relações de interesse mútuo e relações de subordinação (ou dominação).

·         Para Simmel o conflito soa como algo benéfico; pode ser positivo para a sociedade como um todo.

·         O conflito sinaliza o desenvolvimento da tomada de consciência individual.

·         A partir da conscientização, na maioria das vezes, o conflito pode ser superado, mediante acordos.

A MODA

- Simmel abordou o fenômeno da moda em seu ensaio intitulado A Metrópole e a Vida Mental, publicado em1903.

·         Ele examinou a moda como um fenômeno social e cultural que reflete dinâmicas mais amplas na sociedade.

·         Argumentou que a moda desempenha um papel na busca de individualidade e na expressão pessoal.

·         A moda também envolve a conformidade, já que as pessoas muitas vezes adotam certos padrões de moda para se encaixarem em grupos sociais específicos.

- A moda é uma forma pela qual as classes sociais se diferenciam umas das outras.

·         Diferentes grupos sociais adotam estilos distintos de moda para marcar suas identidades e distinguir-se uns dos outros.

·         A moda é caracterizada por mudanças constantes e rápidas, o que cria um ciclo de obsolescência e renovação.

·         Essa constante mudança na moda reflete a busca humana por novidade e originalidade.

- Simmel introduziu o conceito de "estranhamento" em relação à moda, sugerindo que as mudanças na moda podem inicialmente parecer estranhas ou estranhas, mas eventualmente são aceitas e internalizadas pela sociedade.

·         A moda é mais proeminente nas grandes cidades, onde a diversidade e a interação social intensa contribuem para a rápida disseminação de novas tendências.

O DINHEIRO E SUAS CONSEQUÊNCIAS

- O ensaio intitulado "A filosofia do dinheiro" ("Philosophie des Geldes") foi publicado no ano de 1900 e é considerado um estudo representativo da perspectiva sociológica adotada por Simmel.

·         Simmel procurou compreender quais as consequências da invenção, introdução e difusão social desse meio simbólico de troca.

- Para Simmel, o dinheiro alterou enormemente as relações sociais, provocando efeitos que convergiram para a individualização (ou individualismo).

·         Embora não tenha sido inventado na modernidade, o dinheiro acelerou o fim das relações tradicionais ou pré-modernas, implementando o modo de produção capitalista.

- A difusão do dinheiro provocou uma série de conflitos na ordem social baseada nos costumes e nas relações pessoais.

·         Para Simmel, o dinheiro era reflexo da transformação das interações sociais tradicionais que estavam se dissipando.

 

RACIONALIDADE E IMPESSOALIDADE

- O dinheiro carrega o simbolismo do impessoal, do racional e do individual.

·         O dinheiro encarna à modernidade que surgiu no mundo ocidental capitalista.

·         O dinheiro desfez determinados tipos de dependência que se caracterizavam pela pessoalidade.

·         O dinheiro criou relações que se caracterizam pela impessoalidade.

OBS: A relação de tipo monetária que se tornou predominante na época moderna representa o patamar máximo da individualização humana.

ATITUDE BLASÉ

Antônio Cicero Correia Lima (1945 -), nasceu no Rio de Janeiro, é compositor, poeta, crítico literário, filósofo e escritor brasileiro.

- De acordo com Simmel, a essência do comportamento blasé é a indiferença demonstrada no caso da distinção entre as coisas (atitude de reserva, uma arrogância ou defesa do indivíduo diante dos excessos).

·         Para Simmel, o indivíduo blasé é incapaz de reagir a novos estímulos com as energias adequadas.

- Estranhamento (Estranheza), Simmel introduziu esse conceito para descrever a sensação de distância ou separação que pode surgir em interações sociais (Ex. a moda).

·         Estranhamentos excessivos podem levar a uma Atitude Blasé

·         É uma resposta à sobrecarga de estímulos em ambientes urbanos modernos, descrevendo uma atitude de indiferença e distanciamento.

O INDIVÍDUO BLASÉ

- Uma pessoa blasé pode ter esta atitude porque os seus sentidos foram enfraquecidos por excessos.

·         Atitude blasé, também pode ser característica de uma pessoa que permanece alheia ou distante de um assunto quando na verdade deveria mostrar atenção. 

 

- Um indivíduo pode revelar uma atitude blasé por tédio, cansaço ou por ser esnobe.

·         É bastante comum uma pessoa com ar blasé ser categorizada como arrogante, porque não mostra interesse pelas coisas ao seu redor e parece não se importar com a opinião e interesses dos outros.

CONCLUSÃO

- Como é possível perceber, a abordagem de Simmel à microssociologia é caracterizada por sua ênfase nas relações interpessoais, na subjetividade e na compreensão das complexidades das interações sociais cotidianas.

·         Sua influência é evidente em abordagens contemporâneas, como a interacionismo simbólico, que também se concentra nas interações sociais e nas construções simbólicas na vida diária.

CONSCIÊNCIA ÁUREA

  CONSCIÊNCIA ÁUREA Por: Claudio F Ramos, C@cau “:¬)18/11/2024 O nosso país é cheio de feriados, mas poucos retratam a vida, a história ...