terça-feira, 30 de setembro de 2025

 QUASE DOIS ANOS DEPOIS, UM POSSÍVEL ACORDO!

O Acordo de Paz entre palestinos (Faixa de Gaza) e israelenses, costurado pelo Presidente dos EUA (29/09/2025), parece um bom acordo; ao menos ele já conta com o apoio de vários países da Liga Árabe. Caso ele venha ser implementado integralmente, radicais de um lado e conservadores do outro terão que fazer significativas concessões; só assim a paz, tão desejada pelas pessoas que lá vivem, e a liberdade, dos prisioneiros ainda sequestrados, se tornarão possíveis. Sem pretender formular uma análise elaborada ou apontar mais ou menos culpados e inocentes do conflito bélico, isso já foi largamente propalado por incontáveis especialistas, nós fazemos votos de que o confronto bélico, que completará dois anos no próximo dia 07/10, se encerre definitivamente! C@cau “:¬)30/09/2025

 

domingo, 28 de setembro de 2025

JOSÉ ORTEGA Y GASSET 1883-1955

 JOSÉ ORTEGA Y GASSET 1883-1955

(A REBELIÃO DAS MASSAS)

Por: Claudio Ramos, a partir da net. C@cau “:¬)18/09/2025

 VÍDEO AULA:

https://www.youtube.com/watch?v=DWVkZrO3VjE

INTRODUÇÃO

O livro é uma crítica filosófica sobre a ascensão do "homem massa" e o declínio dos valores que sustentaram a civilização ocidental até o início do século XX. O livro, publicado em 1930, analisa as transformações sociais e políticas da Europa após a Primeira Guerra Mundial, prevendo os perigos da massificação. 

- PRINCIPAIS IDEIAS: 

·         A distinção entre minoria e massa

Ortega y Gasset não faz uma separação por classe social, mas por qualidade humana. A minoria é composta por indivíduos que buscam a excelência e se autodesafiam constantemente. Já a massa é a maioria conformista e passiva, que se sente satisfeita com a mediocridade e não exige de si mesma um esforço maior.

·         A ascensão do "homem massa"

Este não é o operário ou o proletário, mas um tipo psicológico que pode surgir em qualquer classe social. O homem massa é a pessoa que, ao ter acesso a todas as facilidades da civilização (ciência, tecnologia, direitos sociais), passa a considerá-las como um dado natural, sem reconhecer o esforço das minorias e o árduo trabalho intelectual que as construíram.

- O PROBLEMA DO HOMEM MASSA 

·         Mediocridade satisfeita: 

A maior característica do homem massa é a sua satisfação em ser medíocre. Ele não se sente responsável por nada e exige que seus desejos sejam atendidos sem esforço.

·         Desprezo pela tradição e cultura

Por considerar o progresso como algo automático, o homem massa desvaloriza o conhecimento do passado e o papel das elites intelectuais que guiaram a evolução da sociedade.

·         Preponderância do instinto sobre a razão

Ele age por impulso, emoção e opinião superficial, em vez de refletir profundamente. Isso o torna vulnerável a líderes carismáticos e populistas que falam a sua mesma linguagem, podendo levar a regimes autoritários e totalitários.

- O PAPEL DAS MINORIAS 

·         Para o filósofo, a saúde de uma sociedade depende da liderança criativa das minorias. É a minoria que impulsiona o progresso, cria novos valores e mantém a vitalidade cultural, evitando a decadência da civilização.

- O PERIGO PARA A DEMOCRACIA LIBERAL

·         A ascensão do homem massa representa uma ameaça ao sistema liberal, que se baseia no respeito à lei e na convivência com as diferenças. Quando a massa governa, ela tende a impor a sua vontade e a destruir as bases da própria sociedade que a elevou. 

 

JOHN RAWLS (1921-2002)

 JOHN RAWLS (1921-2002)

O VÉU DA IGNORÂNCIA SOCIAL

(FILOSOFIA POLÍTICA)

Por: Claudio F. Ramos, a partir de livros e da net. C@cau “:¬)28/09/2025

VÍDEO AULA:

https://www.youtube.com/watch?v=uFbkArj-XFA&t=137s

INTRODUÇÃO

John Rawls (1921-2002 / EUA) foi um professor de filosofia política na Universidade de Harvard.

·         Autor de Uma Teoria da Justiça, Liberalismo Político e O Direito dos Povos.

TESE PRINCIPAL

(O véu da Ignorância)

- O véu da ignorância, conceito do filósofo Rawls.

·         É um experimento mental onde pessoas, ao escolherem os princípios de uma sociedade justa, não têm conhecimento sobre sua futura posição social, características pessoais, talentos ou status. 

OBJETIVO GERAL

O objetivo é criar regras e estruturas justas que promovam a igualdade de oportunidades e a equidade social para todos os membros da sociedade. 

·         Força os indivíduos a considerarem o bem-estar de todos, especialmente os menos privilegiados, pois podem acabar nessa posição. 

·         A ignorância deliberada garante a imparcialidade das decisões.

A MECÂNICA DA TESE

- Posição Original

·         É uma situação hipotética, "a-histórica", onde indivíduos se reúnem para elaborar as regras da sociedade. 

- Ausência de Conhecimento

·         Sob o véu da ignorância, as pessoas não sabem: sua classe social, raça, gênero ou habilidades naturais.

·         A riqueza ou posição que terão na sociedade.

·         O tipo de país ou as condições de vida em que nascerão. 

- Tomada de Decisão 

·         Sem preconceitos e interesses próprios, a escolha de princípios de justiça será imparcial. 

ÉTICA UNIVERSAL

- Rawls defende que sob esse véu, os indivíduos escolheriam: 

·         Princípio da Liberdade: Garantir o máximo de liberdade para todos, sem prejudicar a liberdade dos outros.

·         Princípio da Diferença: As desigualdades socioeconômicas só são justificáveis se beneficiarem os mais desfavorecidos e se todas as posições de vantagem forem acessíveis a todos. 

JUSTIÇA COMO EQUIDADE

- O véu da ignorância é uma ferramenta para construir uma sociedade baseada na equidade.

·         Tratamento justo e imparcial, como no exemplo de quem corta o bolo deve ser o último a escolher o pedaço. 

RESULTADO ESPECÍFICO

Senso de dever

·         O véu força a pensar do ponto de vista de qualquer pessoa na sociedade, mesmo as que se encontram em pior situação. 

EXERCÍCIO

(Enem PPL 2021) Para Rawls, a estrutura básica mais justa de uma sociedade é aquela que alguém escolheria se não soubesse qual viria a ser seu papel particular no sistema de cooperação daquela sociedade.

LOVETT, F. Uma teoria da justiça, de John Rawls. Porto Alegre: Penso, 2013.

A teoria da justiça proposta pelo autor, conforme exposto no texto, pressupõe assumir uma posição hipotética chamada de

a) reino de Deus.   

b) mundo da utopia.   

c) véu da ignorância.   

d) estado de natureza.   

e) cálculo da felicidade.   

 

sábado, 13 de setembro de 2025

NICOLAU DE CUSA (1401–1464)

 NICOLAU DE CUSA (1401–1464)

(A douta ignorância)

Por: Claudio Ramos, a partir da net e de livros. C@cau “:¬)13/09/2025


VÍDEO AULA:

https://www.youtube.com/watch?v=iSD537xBpGk

INTRODUÇÃO

- Cusa foi um filósofo, teólogo, jurista, matemático e astrônomo do século XV.

·         Foi considerado um pensador de transição entre a Idade Média e o Renascimento.

TESES

- Suas ideias eram de caráter neoplatônicas e místicas.

·         Ele explorou as limitações do conhecimento humano.

·         A natureza de Deus como infinito.

·         A unidade dos opostos. 

- Sua tese principal foi a: Douta Ignorância.

OBRA PRINCIPAL 

- A obra mais importante de Nicolau de Cusa é o tratado conhecido como:

·         De Docta Ignorantia (1440).


- Abordagens do livro:

·         O conhecimento de Deus.

·         A estrutura do universo.

·         A natureza do intelecto humano. 

OUTRAS OBRAS

- De Conjecturis (c. 1442):

·         Expande a ideia de que o conhecimento humano é uma conjectura.

·         Explora a relação entre a unidade divina e a alteridade do mundo.

- Apologia Doctae Ignorantiae (1449):

·         Uma resposta às críticas de seu trabalho por teólogos de Colônia. 

A DOUTA IGNORÂNCIA

(Teoria do Conhecimento)

Este é o conceito central da filosofia de Cusa e de sua teoria do conhecimento.

·         Cusa argumenta que o verdadeiro saber consiste em reconhecer a própria ignorância perante o conhecimento de Deus e do universo infinito.

·         O conhecimento humano é uma aproximação, uma "conjectura",

·         A sabedoria é alcançada pela consciência da impossibilidade de compreender completamente o absoluto.

·         O homem precisa primeiro aprender que não sabe, para em seguida começar a aprender de fato (Sócrates).

COINCIDÊNCIA DOS OPOSTOS

- Cusa sugere que, na infinitude de Deus, os opostos se unem e coincidem.

 O máximo e o mínimo se encontram no infinito, superando as contradições da realidade finita.

EX.  - Em Deus, o círculo e o polígono infinito se tornam a mesma coisa.

 Deus, universo e humanidade:

O QUE É DEUS

- Para Cusa, Deus é o todo infinito e inalcançável.

Contém em si todas as coisas de forma prévia e unificada.

Todas as coisa estão nele, sem que, no entanto, as coisas sejam deuses (B. Espinoza).

O QUE É O UNIVERSO

- Universo: é a expansão ou desdobramento de Deus, mas em uma forma limitada (finitude).

Todas as partes do universo refletem o todo, como um "microcosmo".

O QUE É O HOMEM

- Homem: o ser humano é um microcosmo que busca o conhecimento de Deus.

 Embora incapaz de alcançar o infinito por completo, a mente humana reflete a perfeição divina.

LÓGICA, MATEMÁTICA E RELIGIÃO

(Ciência e Fé)

- Para Cusa, tanto a lógica quanto a matemática ajudam a preparar a mente para as considerações teológicas.

A matemática lida com o mais alto grau de precisão e clareza.

A lógica torna os argumentos mais claros e precisos (Aristóteles).

ECUMENISMO

- Diálogo inter-religioso: o filósofo defende a necessidade de um amplo diálogo entre cristãos, judeus e muçulmanos.

 A intenção é a de promover a compreensão mútua.

Essa seria uma ideia muito progressista para sua época. 

quinta-feira, 14 de agosto de 2025

LEI MARIA DA PENHA E ALGUNS AVANÇOS FEMINISTAS

 LEI MARIA DA PENHA

E ALGUNS AVANÇOS FEMINISTAS

Conteúdo interdisciplinar, com enfoque em Sociologia, mas que dialoga com a História, a Geografia e Ensino de Direitos Humanos.

Produzido a partir da net. Claudio Ramos, C@cau “:¬)14/08/2025

VÍDEOS: MARIA DA PENHA CONTA SUA HISTÓRIA

https://www.youtube.com/watch?v=KZXsPc-iSJM (Versão Maria da Penha)

https://www.youtube.com/watch?v=atG3m8qF7II (Versão do Esposo)

OBJETIVOS:

- Ao final da aula, os(as) alunos(as) deverão ser capazes de:

·         Compreender o contexto de criação da Lei Maria da Penha (Lei nº 11.340/2006).

·         Identificar os avanços e limites na luta pelos direitos das mulheres nas últimas décadas.

·         Reconhecer a importância das políticas públicas no combate à violência de gênero.

·         Refletir criticamente sobre o papel da sociedade na promoção da igualdade de gênero.

TEMAS RELACIONADOS:

- A violência contra a mulher no Brasil: contexto histórico e social.

- A criação da Lei Maria da Penha: marco legal e trajetória.

- Conquistas das mulheres nas duas últimas décadas:

·         Participação política.

·         Avanços na educação e mercado de trabalho.

·         Políticas públicas e legislação complementar.

·         Desafios atuais: violência simbólica, institucional e desigualdade estrutural

QUESTIONAMENTOS

- "Você não conhece alguma situação de violência contra a mulher?"

- A violência doméstica é um problema público ou privado?

- Por que a criação de uma lei específica para mulheres foi necessária?

- Como a lei contribuiu para dar visibilidade ao tema?

 A LEI

- A Lei Maria da Penha (2006): tipifica cinco formas de violência:

·         Física; Psicológica; Sexual; Moral; Patrimonial.

·         Medidas protetivas de urgência.

·         Criação de Delegacias e Juizados da Mulher.

- O caso de Maria da Penha Maia Fernandes: farmacêutica que sofreu duas tentativas de feminicídio por parte do marido.

- A condenação do Brasil pela Comissão Interamericana de Direitos Humanos da OEA, que impulsionou a criação da Lei nº 11.340/2006.

CONQUISTAS FEMININAS E DESAFIOS ATUAIS

- Principais conquistas das mulheres nas últimas décadas:

1. Educação:

·         Hoje, as mulheres são maioria nas universidades brasileiras (INEP, Censo da Educação Superior).

2. Mercado de trabalho:

·         Mais mulheres empregadas, embora ainda enfrentem desigualdade salarial.

3. Participação política:

·         Avanço no número de vereadoras, deputadas e prefeitas, embora a sub-representação continue (cotas partidárias).

- Direitos e legislações complementares:

·         Lei do Feminicídio (Lei 13.104/2015)

·         Lei do Minuto Seguinte (Lei 12.845/2013)

A "Lei do Minuto Seguinte" garante atendimento médico imediato, integral e gratuito, no Sistema Único de Saúde (SUS), a vítimas de violência sexual, incluindo estupro. Não é necessário apresentar boletim de ocorrência para ter acesso ao atendimento, a palavra da vítima é suficiente para iniciar o processo. A lei busca evitar a revitimização e assegura cuidados médicos, psicológicos e sociais. 

- Direitos reprodutivos e políticas de saúde para mulheres.

domingo, 15 de junho de 2025

IDENTIDADE E AUTONOMIA EM CRISES

 IDENTIDADE E AUTONOMIA

EM CRISES

Claudio Ramos, produzido e organizado a partir de livros e da net.

C@cau “:¬)15/06/2025

VÍDEOS AULAS:

https://www.instagram.com/reel/DHgN2DiRdSN/?igsh=eXAyaWptbnY4eG94

https://www.youtube.com/watch?v=0QsY7Pf8v8Q

https://www.youtube.com/watch?v=snNehBxn_W0

- Crises na identidade e autonomia: referem-se a momentos de questionamento e conflito em relação à autoimagem, papéis sociais e senso de propósito na vida. 

·         Essas crises podem ocorrer em diversas fases da vida, como adolescência e idade adulta, e são caracterizadas por incerteza, ansiedade e busca por significado. 

  

CRISES DE IDENTIDADE:

- As crises de identidade: são períodos de conflitos em que a pessoa questiona sua autopercepção e papéis sociais, podendo levar a desorientação e confusão. 

·         Erik Erikson (1902-1994)1 descreveu a crise de identidade como uma fase crucial na adolescência, onde o indivíduo busca definir quem é e qual seu lugar no mundo.

·         Essa busca pode envolver a exploração de diferentes valores, crenças e escolhas, resultando em uma identidade mais definida ou em confusão se a exploração não for bem-sucedida.

·         Crises de identidade não são necessariamente negativas, mas sim momentos de mudança e desenvolvimento psicossocial, segundo Erikson. 

1Erik Homburger Erikson (1902-1994) Frankfurt, foi um psicólogo e psicanalista do desenvolvimento, conhecido por sua teoria sobre o desenvolvimento psicológico dos seres humanos. Ele cunhou a expressão crise de identidade. Apesar de não ter diploma universitário, Erikson atuou como professor em instituições proeminentes, incluindo Harvard U. da Califórnia, Berkeley e Yale. Uma pesquisa da Review of General Psychology, publicada em 2002, classificou Erikson como o 12º psicólogo mais eminente do século XX.

  

CRISES EXISTENCIAIS:

- Refletem a insatisfação com o sentido da vida e a própria existência, gerando ansiedade e preocupação com o futuro e propósito de vida.

·         Podem surgir de experiências de perda, mudanças significativas ou reflexões sobre o propósito da vida.

·         A crise existencial pode levar a questionamentos profundos sobre valores, crenças e o significado da própria existência. 

"Quando você olha para o abismo, o abismo olha para você".

(F. Nietzche)2  

AUTONOMIA:

- Refere-se à capacidade de tomar decisões independentes e controlar a própria vida. 

Crises de identidade podem afetar a autonomia, especialmente se a pessoa estiver insegura sobre suas escolhas e valores.

·         A busca por autonomia envolve a construção de um senso de self forte e capaz de fazer escolhas alinhadas com seus próprios valores. 

2A frase "quando você olha para o abismo, o abismo olha para você" é uma citação de Friedrich Nietzsche, que é uma metáfora sobre a natureza da fixação e da obsessão. Quando nos concentramos intensamente em algo, especialmente em aspectos negativos ou desafiadores, corremos o risco de sermos consumidos por eles.

 

RESUMO:

- Crises na identidade e autonomia são momentos de questionamento e conflito que podem ocorrer em diferentes fases da vida, impulsionando a busca por autoconhecimento e significado, seja através da exploração da identidade ou da reflexão sobre o propósito da vida. 

sábado, 19 de abril de 2025

A POLÍTICA NACIONAL E SUAS IDIOSSINCRASIAS

 A POLÍTICA NACIONAL E SUAS IDIOSSINCRASIAS

(Excentricidade – Esquisitice – Particularidade)

Por: Claudio F Ramos, C@cau “:¬)19/04/2025 

Idiossincrasia, palavra incomum em nosso vocabulário cotidiano; mas, se levarmos em conta as palavras, as ações e os distorcidos valores dos nossos políticos, principalmente os de Brasília, ela até que é bastante conhecida e utilizada (se não é, deveria ser!). Há alguns dias, como se todos os nossos problemas financeiros, de segurança pública, moradia, saúde e educação, não bastassem, o nosso “bondoso” Presidente da República decidiu oferecer asilo diplomático a ex-primeira-dama do Peru (“fulana de tal”, condenada, juntamente com o “sicrano de tal”, seu marido e ex-presidente do Peru, por corrupção). A decisão do Presidente, além de questionável, suscita antigas rivalidades políticas, legais e ideológicas sobre a operação lava jato (combate à rede de corrupção ocorrida no Brasil a partir de 2014 e que também alcançou o país sul-americano por meio das empreiteiras). Em um período de convulsão mundial em que os conflitos bélicos parecem indissolúveis e o presidente dos EUA se esvaia em bravatas tarifárias, aqui no Brasil, só para variar, nós temos um chefe de Estado preocupado com a saúde da condenada peruana e a criação de seu filho de 14 anos de idade, uma vez o pai do jovem, o ex-presidente, também foi condenado (de acordo com o Itamarati, esses foram os motivos que levaram a concessão do asilo diplomático).

Mas onde está a idiossincrasia em tudo isso? Bem, ela se encontra exatamente em dois fatores: 1 – a delação premiada nada vale quando o acusado é o nosso “pariceiro” (parceiro): Lula desacreditou Antônio Palloci, seu ex-ministro, que depôs contra ele na lava jato (o homem que estava no meio de tudo, não sabia de nada?); Bolsonaro desqualificou Mauro Cid (seu ajudante de ordens) que depôs contra ele na PF (o homem que cumpria ordens, agia por conta própria?) e agora, por intermédio da benevolência de Lula, aceitamos uma condenada que também faz o mesmo que eles (desacredita a delação contra ela no Peru). 2 – O PL e boa parte do centrão (defensores de Chiquinho Brazão, acusado de ser o mandante do assassinato da vereadora carioca Marielle Franco 1979-2018) criticam o PT pelo asilo político a uma condenada estrangeira, mas querem soltar, por intermédio de uma anistia fraudulenta, uma turba de “patriotas” que invadiram e anarquizaram o patrimônio público no dia 08 de janeiro de 2023 (Donald Trump já conseguiu fazer isso com “os patriotas” de lá, os invasores do Capitólio). Aí estão as singularidades, ou seja, as idiossincrasias da política nacional. Como diriam os antigos: o sujo falando do mal lavado.

O PL, além da retórica eloquente nas redes sociais, não tem moral alguma; o PT, além de suposto defensor das minorias sociais, desconhece completamente a existência da palavra moral; mas, curiosamente, ambos falam o tempo todo sobre ética, honestidade, justiça e transparência (veja o caso das emendas PIX)! Quanto mais você estuda e pesquisa, menos você entende a política nacional. É excêntrica demais; é esquisita demais; é peculiar demais; é simplesmente a maior dentre as malditas heranças que os nossos colonizadores lusitanos nos deixaram e que nós, diligentemente, nos dedicamos a aperfeiçoar. C@cau “:¬)

 

  QUASE DOIS ANOS DEPOIS, UM POSSÍVEL ACORDO! O Acordo de Paz entre palestinos (Faixa de Gaza) e israelenses, costurado pelo Presidente do...