sábado, 10 de fevereiro de 2018

SÓCRATES (469-399 a. C.)


O PAI DA FILOSOFIA
Produzido a partir da net por: Claudio Fernando Ramos, 10/02/2018.
“Sábio é aquele que conhece os limites da própria ignorância”.

VÍDEO AULA - É SÓ CLICAR E ASSISTIR:
https://www.youtube.com/watch?v=7n9pjrsMP-Y

 BIOGRAFIA
“Se todos os nossos infortúnios fossem colocados juntos e, posteriormente, repartidos em partes iguais por cada um de nós, ficaríamos muito felizes se pudéssemos ter apenas, de novo, só os nossos”.

- Nasceu em 469 a.C. em Atenas.
- Sócrates veio de família humilde, durante a infância ajudou o pai no ofício de escultor.
- Com a vocação falando mais alto partiu para aprender filosofia.
- Tornou-se discípulo dos filósofos Anaxágoras e Arquelau.
- Lutou como soldado na Guerra do Peloponeso (entre Atenas e Esparta).

DOUTA IGNORÂNCIA
“Existe apenas um bem, o saber, e apenas um mal, a ignorância”.
- Politicamente, embora não demonstrasse preferências, Sócrates era tido como perigoso aos poderosos em virtude de sua língua afiada.
- Ao final da guerra (Guerra do Peloponeso), quando a Atenas derrotada foi dominada pelos Trinta Tiranos, declarou-se a proibição de se ensinar ou discutir filosofia em público.

ACUSAÇÃO, CONDENAÇÃO E MORTE
“Três coisas devem ser feitas por um juiz: ouvir atentamente, considerar sobriamente e decidir imparcialmente”.

- A volta da democracia (com o fim do governo do Trinta Tiranos), não melhorou a situação de Sócrates.
- Após ser acusado de Blasfemo e Subversor da juventude, Sócrates foi a julgamento — que se tornaria célebre na descrição feita por Platão (Apologia de Sócrates).
- A prosa elegante e provocadora de Sócrates teve efeito negativo e, após irritar a maioria do juri — dizendo entre outras coisas que em vez de julgado deveria ser declarado herói — Sócrates acabou condenado à morte.

CARACTERÍSTICAS DA REFLEXÃO SOCRÁTICA

 O REVOLUCIONÁRIO
 - Se existiu alguma revolução na filosofia na Grécia Antiga, ela atende por um nome: Sócrates.

O ANTROPÓLOGO 
 - Sócrates revolucionou a Filosofia ao transferir a vocação questionadora da natureza física para a natureza humana, seus valores, verdades e fundamentos.
- A preocupação deixou de ser Cosmológica e tornou-se Antropológica.

O INATISTA
- Alterando radicalmente o uso da razão e o objeto de investigação filosófica, ele decidiu que, em vez de continuarem debatendo sobre a origem e transformação do universo e todas as coisas que nele havia, os homens fariam melhor se investigassem a si mesmos.
- A verdadeira descoberta estava no interior da alma humana, e não fora dela: “Conhece-te a ti mesmo”.

O SÁBIO DAS RUAS
“Mas eis a hora de partir: eu para morte, vós para a vida. Quem de nós segue o melhor rumo ninguém o sabe, exceto os deuses”.

 - Insatisfeito com as limitações do pensamento filosófico que era expresso em sua época, decidiu descobrir um novo modo de conhecimento.
- Em vez de restringir seu debate somente aos eminentes, Sócrates era visto em toda parte — especialmente na Ágora (área central de Atenas onde se desenrolava toda a vida pública da cidade) — dialogando com todo o tipo de gente.
- Suas andanças o levaram ao Oráculo de Delfos, o qual, para espanto do próprio Sócrates, o declarou “o mais sábio dos homens”.

METODOLOGIA SOCRÁTICA

 DIALÉTICA (DIÁLOGOS)
“O homem faz o mal, porque não sabe o que é o bem”.

- O procedimento de Sócrates inclui o aperfeiçoamento da dialética, anteriormente utilizada por Heráclito e os Sofistas.
- Em seus diálogos — alguns dos quais chegaram a nós através do seu discípulo Platão — Sócrates buscava o esclarecimento dos conceitos mais básicos.
- Pedia a seu interlocutor que discorresse sobre um assunto qualquer (a justiça, a coragem, etc.) Em seguida, a partir dos pensamentos mal formulados e expressos, ia demolindo os argumentos um a um, de modo que seu oponente ficava frequentemente sem respostas.
- Dialética Negativa - derrubava racionalmente os argumentos enganosos e confusos.
- Dialética Positiva – buscava ressaltar o valor de verdade das proposições claras e indubitáveis.

IRONIA
“O amigo deve ser como o dinheiro, cujo valor já conhecemos antes de termos necessidade dele”.

 - Discordando do Oráculo (segundo este, Sócrates era o homem mais sábio dentre todos), Sócrates decidiu encontrar em Atenas alguém que fosse mais sábio que ele próprio; mas, dialogando com as pessoas da cidade famosas pela inteligência e sabedoria, logo se convenceu de que elas, na verdade, nada sabiam de concreto.
 - A cada sábio que interpelava, em algum momento da conversa, Sócrates logo percebia Falseamentos e Contradições.
- Com isso Sócrates concluiu que de fato era o mais sábio dentre os “sábios”, pois nada sabendo, nada fingia saber: “Só sei que nada sei”.

MAIÊUTICA
“O verdadeiro conhecimento vem de dentro”.

- A mãe de Sócrates era parteira, ajudava as crianças a nascerem.
- O filósofo apropriou-se desse ofício da mãe adaptando-o a sua forma de filosofar.
- Sua ação filosófica assemelhava-se ao ofício da mãe, enquanto ela ajudava as crianças a nascer, ele fazia o mesmo com as ideias que jaziam no interior da cada um.

ÉTICA SOCRÁTICA
Só erra quem não sabe!

INTELECTUALISMO MORAL
“A maneira mais fácil e mais segura de vivermos honradamente consiste em sermos, na realidade, o que parecemos ser”.

- Sócrates deixa de acreditar no modelo homérico de virtude, onde heróis e deuses com atitudes e ações moralmente corretas são sempre modelos a serem seguidos.
- Para Sócrates o homem deveria utilizar a razão para encontrar novos paradigmas éticos que o direcionassem a boas ações.
- Cabe somente ao homem ter controle sobre suas ações para torná-las moralmente boas.
- Para Sócrates, a nossa alma ou intelecto seria a motivadora de nossas ações.
- Porém, existe uma tripartição da alma, e ela teria uma parte apetitiva a qual inclinaria o homem aos prazeres da vida.
- Os prazeres pode enganá-lo, fazendo-o acreditar que muitas vezes que o falso seja verdadeiro.
- Para resolver este problema, Sócrates recorre à teoria das Formas ou das Ideias.
- Faz-se necessário uma ideia una das coisas, ou seja, o conhecimento das Ideias que levaria o homem ao conhecimento do Bem e das boas ações; isso é possível porque o homem usa a parte intelectiva da sua alma.
- Para que o homem não caia no erro, ele deve usar a parte intelectiva da alma para agir bem, ou seja, ser o que é, racional.
- As ações do homem não dependeriam mais da vontade dos deuses, não estariam sujeitas ao acaso das contingências do mundo nem tão pouco dependeriam dos impulsos da parte apetitiva da alma.
- Para o homem ser bem orientado ele não pode deixar-se guiar por suas paixões, controlando seus impulsos para poder agir bem, sendo guiado pela parte intelectiva da alma.
- Somente reconhecendo o que é o Bem, o homem pode agir de acordo com ele para ser uma pessoa virtuosa: Só erra quem não sabe!
Cacau “:¬)

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