quinta-feira, 26 de julho de 2018

GRUPOS SOCIAIS


(Sociologia)
Organizado a partir da net por: Claudio Fernando Ramos, 26/07/2018. Cacau ":¬)

 QUESTÕES:
- Como se dá a formação dos grupos sociais?
- Como se dá os contatos sociais?
- Como se dá o processo de socialização vivido por todos nós?

O Homem e a Linguagem
- Por meio das interações sociais ao longo da vida aprendemos:
·         A linguagem.
·         Significados simbólicos.
·         Regras sociais.
·         Crenças.
·         Valores e até mesmo sentimentos.

- Internalizações - ao fazermos parte de grupos sociais internalizamos determinados comportamentos adquiridos por meio dos contatos sociais.

- O outro eu - no interior dos grupos nos comportamos todos de maneira semelhante e vemos o outro em nós mesmos.

- Reprodutores – aprendemos e reproduzimos normas e valores do grupo social que estamos inseridos.

FORMAÇÃO DOS GRUPOS HUMANOS
- Exterioridade - os indivíduos ao nascerem estão imersos em um sistema social construído através de gerações e que é assimilado por meio das inter-relações sociais.

- Inatismo e Empirismo - desde os primórdios o homem constrói relações sociais e faz parte de um processo de socialização, em que adquirem fatores que são inatos, aqueles herdados geneticamente, e os adquiridos por meio da cultura.
·         Os indivíduos aprendem a língua, as normas sociais, os símbolos, a usar objetos, a sentir determinadas emoções e etc.

- Perspectiva Comum - O mundo é visto pelos indivíduos de acordo com o ambiente em que estão inseridos, e dependendo dos contatos sociais que estabelecem adotam um determinado comportamento social.

- Adaptação - as ideias, valores, crenças, hábitos, costumes de uma sociedade são interiorizados pelos indivíduos e deste modo se adaptam aos grupos sociais.

- Humanização - Esse processo de socialização é que “humaniza” ou “civiliza” o ser humano.

CONTATO SOCIAL
- Significação - o contato social abordado pela sociologia não se trata da interação física ou sensitiva, mas sim na comunicação de significados, podendo ocorrer entre duas ou mais pessoas.

- A Construção do Humano - o contato social acaba por influenciar na construção da personalidade do indivíduo.

- O certo e o Errado - Por meio das experiências com outras pessoas o indivíduo adquire determinados modos de pensar e modos de agir aceitos socialmente, nos grupos em que faz parte, como:
·         a família, a escola, local onde mora, etc.

SOCIALIZAÇÃO PRIMÁRIA E SECUNDÁRIA 

A educação tem por objeto formar o ser social; pode-se então perceber, (…), de que maneira este se constitui através da história. A pressão de todos os instantes que sofre a criança é a própria pressão do meio social tendendo [permanentemente] a moldá-la à sua imagem e semelhança.

Soc. Primária
- Infância - o processo de socialização iniciado na infância é chamado de socialização primária, e tem grande influência na construção da personalidade.

- A Família e o básico - a criança apreende os significados mais básicos ensinados pela família através da linguagem.

- Abstração e o fim da infância – o aprendizado do básico termina quando os significados foram assimilados e a criança é capaz de abstrair os papéis sociais presentes naquele grupo.

Soc. Secundária
- Eterno enquanto durar - em um segundo momento da existência dá-se a socialização secundária que irá permanecer todo o decorrer da vida.

- A complexidade da maioridade - na maturidade o indivíduo aprende comportamentos mais complexos.

- Alteridade - ao longo da vida o indivíduo percebe que o outro é o reflexo de si mesmo, já que se trata de seres humanos imersos em determinados grupos sociais, compartilhando muitas coisas em comum.

- Consciente coletivo - as atividades psíquicas dos indivíduos e as sociais estão entrelaçadas, e estão sempre em construção, devido as experiências vividas pelos indivíduos em grupos.

- O homem é um ser histórico – o homem está constantemente em transformação.

SOCIALIZAÇÃO E COERÇÃO
Toda a educação consiste num esforço contínuo para impor às crianças maneiras [adequadas] de ver, sentir e agir às quais elas [supostamente] não chegariam espontaneamente (…). Desde os primeiros anos de vida, são as crianças forçadas a beber comer e dormir em horários regulares; são constrangidas a terem hábitos higiênicos, a serem calmas e obedientes; mais tarde, obrigamo-las a aprender a pensar nos demais, a respeitar usos e conveniências; forçamo-las ao trabalho, etc. (…)”.

- Sou porque nós somos - o indivíduo internaliza o coletivo e toma para si comportamentos sociais como seus.

- Coercitividade - a sociedade exerce sobre os indivíduos uma certa coerção.
·         O pensamento e a ação são guiados em função do social, dirigindo o indivíduo para um autocontrole dentro do que é exigido e aceito pelos demais indivíduos em sociedade.
·         O não cumprimento de certas normas acarreta ao indivíduo certas coerções sociais dentro do grupo.
·         Esta pressão social é o que mantém a sociedade unidade (a coesão social).

Texto de Apoio para estudar para prova:
https://brasilescola.uol.com.br/sociologia/os-grupos-sociais.htm

domingo, 15 de julho de 2018

NA CORTE DO FUTEBOL, O BOBO SOMOS NÓS!


Por: Claudio Fernando Ramos, 15/07/2018. Cacau “:¬)

Quando a Rede Globo de televisão e o seu enfadonho comentarista (Galvão alguma coisa) me dizem que a Seleção Brasileira é nossa, sinto a mesma sensação de quando os políticos de esquerda me dizem que as empresas estatais (Petrobras, Eletrobras, Caixa, etc.) são nossas e que por isso não devem ser privatizadas; o mesmo ocorre quando os políticos de centro e de direita me convidam ao patriotismo, argumentado que o país é nosso e que por isso devemos lutar por ele. Mas uma coisa sempre me intrigou: se tudo é nosso, por que então não temos direito algum?
O País, as Empresas Estatais e a CBF têm donos, disso todos nós sabemos; porém, também sabemos que esses donos não somos nós cidadãos comuns!
A maioria dos Estados brasileiros são oligarcas, ou seja, só vencem os mesmos grupos de sempre (eles, os filhos e netos deles); as empresas estatais são verdadeiras toma lá da cá (conhecidos balcões de empregos para apadrinhados políticos); a CBF é uma das instituições mais mafiosas que conheço (ex-diretores corruptos, uma emissora hegemônica (Globo); uma fornecedora (Nike) que dita regras e patrocinadores gestores do futebol).
Como podemos ver, há uma corte formada, os suseranos (os nobres) são poucos e poderosos, os vassalos (os plebeus/povo) são inúmeros e fracos.
Nessa corte (futebolística) o Bobo, que somos nós, não conta nenhuma piada porque ele mesmo (o povo) é a piada!
Parabéns para a França e para a Croácia, que vença a melhor! Cacau “:¬)



quinta-feira, 12 de julho de 2018

EDUCAÇÃO


O ANIMAL DA PHYSIS OU O HUMANO DO NOMOS?

A Educação Formal reúne, ao menos teoricamente, o que há de “melhor” em tudo que o homem foi capaz de imaginar, refletir e produzir ao longo de toda a sua existência. Nessa reunião não há uma hegemonia das formas e conteúdos, às vezes ela se dá de forma mais cartesiana, às vezes de forma mais fenomenológica; às vezes o ceticismo é a palavra de ordem; às vezes o dogmatismo é o prato do dia. O fato é que o homem, no que diz respeito ao saber acumulado ao longo dos séculos, vem provando mudanças significativas em sua maneira de ver, sentir e lidar consigo mesmo, com os outros e com as coisas ao seu redor.


A escola (Educação Formal), fiel depositária de muito do que o homem se mostrou capaz ao longo de sua construção enquanto humano, vem amargando perdas e fracassos irreversíveis no que tange ao seu papel de instituição capacitada e capacitadora. Alguém já disse que palavra dita, flexa lançada e oportunidade perdida não retornam; ao menos não da mesma forma que a anterior.

As pessoas, de forma genérica, dizem enfaticamente que a culpa é do governo; entendo essa expressão como uma débil tentativa de substituir, quer seja por ignorância ou por conveniência, outra expressão igualmente genérica, ou seja, a culpa é do Estado. Se sabemos que a culpa é do Estado, saberíamos igualmente responder quem é o Estado? Do que é feito? Por quem é formado? Acho que ao menos de uma coisa todos temos ciência: nesse assunto não há inocentes!

É notório e de longa data que a Educação Formal vem sofrendo reveses sucessivos. No entanto, essas perdas seriam menos desastrosas se uma outra educação fosse ressuscitada de seu infindável marasmo sepulcral; refiro-me a tão necessária, mas infelizmente tão ausente, Educação Informal. Por Educação Informal entendemos a atuação das inúmeras instâncias que atual, com um certo grau de autonomia, no interior da sociedade; principalmente a Instituição Familiar e a Religiosa.

Nesse país não se pode falar sobre muitas coisas; pelo menos não de forma séria e oficial. Posso aqui elencar algumas delas, conhecidas como temas capciosos: suicídio, controle de natalidade, planejamento familiar, descriminalização do aborto (não confundam com legalização do aborto), etc. A grande mídia, sempre atenta aos vultosos lucros advindos do consumismo, tenta evitar polêmicas; mas quando isso não é possível, reúne um grupo de artistas famosos (quase sempre desqualificados para os grandes debates) e volta sempre ao lugar comum, ou seja, a situação dos negros e pardos, os direitos das mulheres e dos gays, o uso das drogas, a vida abaixo da linha de pobreza e, no final do ano, tudo termina bem com uma mensagem de “hoje é um novo dia e um novo tempo...”. Sabemos que os últimos temas arrolados aqui são tão importantes quanto os primeiros; mas não é essa a questão, a questão é: por que evitamos os primeiros?

Quando um problema é grande demais é coerente que se comece o enfrentamento do simples para o complexo, da parte para o todo. Por isso, todas às vezes que vejo alguém abrindo o vidro do carro - hoje vi isso sendo praticado por um homem muito bem vestido que guiava um luxuoso Toyota 2018 - e jogando um saco plástico no meio-fio, não só percebo que é importante pensar em qual país isso ocorre (Estado/Governo), é também indispensável arqui se a ele foi permitido frequentar um colégio (Educação Formal) e, principalmente, devemos ponderar sob a égide de qual Educação Informal ele foi e/ou é criado!

Como podemos perceber, as instâncias menores, as micro sociedades (principalmente a Família e a Religião) independente do descrédito e assédio que sofrem interna e externamente na chamada pós-modernidade, sempre tiveram e terão importâncias decisivas nas constituição e consolidação de uma nação mais educada, mais progressiva e, acima de tudo, mais humanizada.
É bem verdade que a Educação Formal agoniza de fracasso em fracasso, mas ainda não deu o seu derradeiro suspiro (lutaremos para que isso não aconteça); mas se um dia isso vier a ocorrer, é bom que se saiba: todas as outras instâncias que não faleceram antes dela morreram logo em seguida! O homem da Physis (natureza) não passa de um animal, portanto não ultrapassa os limites das próprias necessidades instintivas; só o homem do nomos (normas, leis, sociedade, cultura) é capaz de construir humanidade! Cacau “:¬)

domingo, 8 de julho de 2018

INDÚSTRIA CULTURAL (ESC. DE FRANKFURT)


Escola de Frankfurt
(A produção artística do ponto de vista Industrial)
Por: Claudio Fernando Ramos, a partir de livros e da net. C@cau “::¬) 29/06/2020
Pode-se constatar que na indústria cultural tudo se transforma em artigo de consumo, e que no mercado a arte, a música, o cinema, o rádio, tudo pode ser comprado como uma mercadoria, transformando a cultura em algo negativo. Para Adorno, a indústria cultural não é democrática, ela se submeteu a dominação da técnica que é usada pelos meios de comunicação de forma original e criativa que impede o homem de pensar de forma crítica, de imaginar, adestrando consciências, que fazem com que o que é transformado para efeitos comerciais sejam convertidos como um entretenimento para todos.
(LOUREIRO et al., 2003, p. 13-22).

VÍDEO AULA, É SÓ CLICAR E ASSISTIR

PROPOSIÇÕES
(PARTE I)
A) Qual é a influência de meios de comunicação de massa sobre uma sociedade?

·         Há efeitos nocivos dos meios de comunicação na formação crítica de uma sociedade?

·         Por que as pessoas são mobilizadas a acompanharem um noticiário como se estivessem assistindo a uma telenovela?

B) Uma obra artística produzida em escala industrial pode ser valorada da mesma forma que as obras produzidas artesanalmente?
·         Como esse tipo de arte pode povoar a imaginação do ser humano?

·         Qual é a consequência desse tipo de arte na formação social do ser humano?

·         Uma arte produzida em escala industrial, de acordo com a lógica da lucratividade, pode também, satisfazer padrões estéticos?

C) Quais foram os primeiros filósofos que detectaram a dissolução das fronteiras entre: Informação e Consumo?

D) Quais foram os primeiros filósofos que detectaram a dissolução das fronteiras entre: Entretenimento e Política?




- Dois foram os principais representantes da escola, fundada em 1924 na Universidade de Frankfurt: 
·         Max Horkheimer (1895-1973); Theodor W. Adorono (1903-1969).

- Além desses, outros membros da Escola de Frankfurt, também se destacaram:
·         Walter Benjamin (1892-1940); Jürgen Habermas (1929); Herbert Marcuse (1898-1979); Erich Fromm (1900-1980).


A ESCOLA DE FRANKFURT E A TEORIA CRÍTICA
(PARTE II)

A) Instituto de Pesquisa Social – esse era o nome da Escola de Frankfurt fundada na cidade alemã de Frankfurt no início da década de 1920.

B) A partir da liderança de Max Horkheimer (1895-1973) - em 1931, o Instituto passou a ser o centro de elaboração e de propagação da chamada Teoria Crítica da sociedade.

C) A Teoria Crítica visa - entre outras coisas, mudar a sociedade, entrando por isso em conflito com a Teoria Tradicional.

·         A Teoria Tradicional - busca tão somente entender e explicar a sociedade.

·         Os Nazistas no poder – com a chegada dos nazistas ao poder, a partir da década de trinta os membros da Escola imigraram para genebra, Paris e Nova York; só retornaram para Alemanha no início da década de cinquenta.

OBS:
·         Ver: Materialismo Histórico Dialético - Até agora os filósofos se preocuparam em interpretar o mundo de várias formas. O que importa é transformá-lo. (Karl Marx)

O PIONEIRISMO DE MAX HORKHEIMER
(PARTE III)
 
A) Max Horkheimer – de orientação filosófica materialista e socialista desenvolveu a chamada Teoria Crítica à luz de três conceitos: Totalidade, Dialética e Crítica.

B) Totalidade – refere-se ao fato de que a metodologia aplicada não pode se dissolver em pesquisas especializadas que não se comunicam.

·         A sociedade deve ser analisada como um todo: setores econômicos, sociais e psicológicos.

·         Os pensadores da Escola desenvolveram suas ideias levando em consideração as reflexões de Hegel (Dialético), Marx (Econômico) e Freud (Psicológico).

·         Para se compreender um fenômeno deve-se utilizar multidisciplinaridade: Sociologia, Filosofia, Psicologia, Economia etc.

C) Dialética - um conhecimento que não seja inflexível, mas dialético, no sentido hegeliano, não procurando uma teoria que seja estática ou endurecida.
·         Um conhecimento que seja tão adaptável e mutável quanto à própria realidade social que examina.

D) Crítica – sua pretensão é denunciar as contradições da sociedade industrializada moderna, seja capitalista ou socialista.
·         Critica, além do capitalismo, o socialismo oficial, aquele ensinado nas universidades da época.

A DIALÉTICA DO ESCLARECIMENTO
E A SOCIEDADE TOTALMENTE ADMINISTRADA
(PARTE IV)
Mas como justamente essa razão se caracterizava por racionalizar para dominar, essa pretensão de libertação do homem acabava por gerar o domínio do ser humano pelo ser humano. Assim, vivia-se em uma sociedade totalmente administrada, ou, ao menos, em via de se tornar totalmente administrada.

A) O conceito de Indústria Cultural foi desenvolvido por Theodor Wiesengrund Adorno (1903-1969), um dos fundadores e principais nomes da Escola de Frankfurt.

B) Para Adorno a cultura de sua época servia aos poderes estabelecidos em vez de dar voz e vez à criatividade e liberdade humana.

C) Dialética do Esclarecimento 1949 – nessa obra escrita com Horkheimer, o filósofo apresenta sua crítica ao que chama de Razão Instrumental.

·         Razão Instrumental – consiste em racionalizar o mundo para torná-lo manipulável e subjugável pelo ser humano.

D) Uma das características importante da Razão Instrumental é que ela é cega com relação aos fins.
·         A Razão Instrumental é incapaz de compreender a finalidade que a move; contenta-se apenas em desenvolver meios, só conseguindo aperfeiçoar instrumentos técnicos para fins estabelecidos.

·         A Razão Instrumental prepara, desenvolve e aperfeiçoa todo um sistema de meios sem se perguntar e sem compreender a natureza dos fins.  

D) A ideia original da Razão Instrumental era o de realizar o domínio da natureza para libertar o ser humano.
·         O domínio que anteriormente seria do homem sobre a natureza, acabou por converter-se em domínio do homem pelo homem.
·         Todo o aparato de técnicas desenvolvido pela humanidade se volta contra ela.

O ILUMINISMO
E A RAZÃO INSTRUMENTAL
(PARTE V)
“O Iluminismo, no sentido mais amplo de pensamento em contínuo progresso, sempre perseguiu o objetivo de tirar o medo dos homens e torná-los senhores de si próprios. Mas a terra inteiramente iluminada (ou esclarecida) resplandece sob a égide de triunfal desventura”.
(T. Adorno e M. Horkheimer)

A) O Iluminismo ou Esclarecimento - tinha como objetivo colocar a razão como guia da sociedade, de modo a libertar o homem.

·         A Antítese do Iluminismo - no projeto inicial do Iluminismo ocorreu uma dialética, ou seja, um movimento contrário (Antítese).

·         O domínio da Razão Instrumental - passou a dominar então a imaginação daqueles que viviam sob ela.

·         Tecnicismo - o saber passou a ser mais uma técnica do que uma metodologia para conhecer a realidade.

·         O Útil e o Inútil - perdeu-se a confiança na razão objetiva: o que passa a importar não é o fato de as teorias serem verdadeiras ou falsas, mas sim se elas são ou não funcionais.

·         O Iluminismo queria eliminar os mitos religiosos, mas acaba transformando-se no seu contrário; termina por gerar novos e maiores mitos, justamente por meio da mídia.

INDÚSTRIA CULTURAL
(PARTE VI)
Mas por que se aceitava tão pacificamente que a Razão Instrumental era a única forma de razão e ainda se continuava insistindo nela? É aí justamente que entra o conceito de Indústria Cultural. A Razão Instrumental domina primeiro a imaginação porque seu maior agente é a chamada Indústria Cultural.

A) A Indústria Cultural envolve todo aparato da chamada mídia de massa: Cinema, Rádio, TV, Discos/CDs, Publicidade etc.

·         Por meio da Mídia de Massa o poder estabelecido impõe valores e modelos de comportamento, cria necessidades e acaba por padronizar a linguagem e a imaginação.

MASSIFICAÇÃO
UM FENÔMENO DA INDÚSTRIA CULTURAL
(PARTE VII)

A) As obras artísticas produzidas sob a lógica da Razão Instrumental possuem certas características que vão cumprir demandas utilitárias.

·         Essas obras possuem linguagem uniforme, afim de que todos sejam alcançados (Novelas).

·         A uniformidade das obras artísticas é geralmente compreendida como massificação.

·         A massificação implica na superficialidade das obras produzidas e também o seu caráter asséptico (livre de “imperfeições”).

·         A produção em massa das obras artística, pautadas pela Indústria Cultural, possui o seu conteúdo totalmente pensado e arquitetado para entreter.

·         De um modo geral os conteúdos artísticos inexistem, o que há de fato são conteúdos utilitários.

·         Os produtos culturais massificados não libertam a imaginação, mas condicionam e a escraviza.

A DITADURA DO LAZER PADRONIZADO
(PARTE VIII)
A verdade em tudo isso é que o poder da indústria cultural provém de sua identificação com a necessidade produzida, não da simples oposição a ela, mesmo que se tratasse de uma oposição entre onipotência e impotência – A diversão é o prolongamento do trabalho sob o capitalismo tardio. Ela é procurada por quem quer escapar ao processo de trabalho mecanizado, para se pôr de novo em condições de enfrentá-lo. Mas, ao mesmo tempo, a mecanização atingiu tal poderio sobre: a pessoa em seu lazer e sobre a sua felicidade, ela determina tão profundamente a fabricação das mercadorias destinadas à diversão, que esta pessoa não pode mais perceber outra coisa senão as cópias que reproduzem o próprio processo de trabalho”.
(T. ADORNO e M. HORKHEIMER, 1985, p. 128)

A) O divertimento, como quase tudo na modernidade, segue a lógica da Indústria Cultural.

·         O lazer deixou de ser simples recreação, conquista de liberdade, lugar de uma “verdadeira alegria”.

·         A Indústria Cultural fixa o divertimento em horários aos quais os indivíduos se submetem, com isso formata-se o tempo livre do lazer (horário do futebol determinado pela indústria da comunicação; alta e baixa temporada dos hotéis etc).

A INDÚSTRIA CULTURAL ENQUANTO IDEOLOGIA
(PARTE IX)
"Filmes e rádio não têm mais necessidade de serem empacotados como arte. A verdade, cujo nome real é negócio, serve-lhes de ideologia. Esta deverá legitimar os refugos que de propósito produzem. Filme e rádio se autodefinem como indústrias, e as cifras publicadas dos rendimentos de seus diretores-gerais tiram qualquer dúvida sobre a necessidade social de seus produtos”.
(T. W. Adorno)

A) A Indústria Cultural não é consequência de nenhuma ideologia, porque ela mesma é a ideologia.
·         Seu próprio formato, seus próprios meios servem para o controle social.

B) Se Kant estava certo em suas proposições quando disse que a menoridade significa a incapacidade de valer-se do próprio intelecto sem a necessidade de ser guiado por outro...

·         Não há maioridade na atualidade visto que a Indústria Cultural é o grande guia.

ESCOLHER OU SER ESCOLHIDO
(PARTE X)
A programação existe pra manter você na frente
Na frente da TV, que é pra te entreter
Que é pra você não ver que o programado é você!
(Até Quando? Gabriel, O Pensador)


A) Segundo T. Adorno as pessoas pensam escolher os produtos da indústria quando, na verdade, são os objetos da indústria que “escolhem” as pessoas (Fetichismo das Mercadorias).


CONCLUSÃO:
OS PENSADORES, A ESCOLA E O NAZISMO
(PARTE XI)

A) Os integrantes da Escola assistiram surpresos e assustados:
·         A Primeira Guerra Mundial;
·         A deflagração da Revolução Russa, em 1917;
·         O aparecimento do Regime Fascista na Itália;
·         A ascendente implantação do Nazismo na Alemanha, que culminou com um exílio forçado deste grupo, composto em grande parte por judeus, a partir de 1933.
·         A Segunda Grande Guerra.

B) Estas mudanças marcou definitivamente cada um deles, principalmente depois do suicídio de Walter Benjamin, em 1940, quando provavelmente tentava atravessar os Pireneus, temeroso de ser capturado pelos nazistas.

C) A Escola de Frankfurt e o fim da opulenta filosofia alemã
·         A Escola de Frankfurt nasceu no ano de 1924, em uma quinta etapa atravessada pela filosofia alemã:
·         Primeira etapa - Kant e Hegel;
·         Segunda etapa - Karl Marx e Friedrich Engels;
·         Terceira etapa - Nietzsche;
·         Quarta etapa – o existencialismo de Heidegger, a fenomenologia de Husserl e a ontologia de Hartmann.

E) A produção filosófica germânica permaneceu viva no Ocidente, com todo vigor, de 1850 a 1950, quando então não mais resistiu, depois de enfrentar duas Guerras Mundiais.


CONSCIÊNCIA ÁUREA

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