Por: Claudio Fernando Ramos,
09/09/2018. Cacau “:¬)
Alguns
amigos e alunos querem saber em quem irei votar para presidente da república na
próxima eleição (20180).
Bom,
infelizmente tenho que reconhecer que essa não é uma questão muito fácil!
Fácil
seria se a economia não estivesse em frangalhos (salários sob arrocho, energia
elétrica com tarifa vermelha e combustíveis oscilando sempre para cima, etc.).
Fácil
seria se a classe política não fosse tão sórdida e desprezível (todos
demagogos, oportunistas, uns mais que outros).
Fácil
seria se a população não estivesse à procura de um salvador da pátria,
encarnando a mais completa das ideologias messiânicas (“sorte” que foi uma
faca, imagine se tivesse sido uma arma de fogo...).
Fácil
seria se eles, os políticos, não fingissem que são inimigos momentâneos,
enquanto, depois de eleitos, concordam com regras e mordomias que só beneficiam
a eles e aos seus pares (bons salários, auxílios para morar, viajar, vestir;
aposentadoria vitalícia e prematura, foro privilegiado, etc.).
Fácil
seria se eles, os políticos, parassem de se apresentar como nova opção,
mudança, sangue novo, renovação, uma vez que sabemos que são na verdade
políticos de “profissão”, parentes de políticos e amigos de coligações e cargos
comissionados.
Fácil
seria se as promessas de hoje não fossem as mesmas de décadas atrás, o que, de
forma inconteste, prova que, além de quase nada ter sido feito ao longo dos
vários mandatos, nós fomos vergonhosamente enganados!
Bem,
diante de tantas dificuldades, reconheço que no presente momento ainda não
cheguei à conclusão sobre em quem irei votar; no entanto, não encontro-me
totalmente nas trevas!
Falo
isso porque apesar de não saber em quem irei votar, sei, ao menos, em quem NÃO
irei votar.
1ª
Jair Bolsonaro – o motivo é simples, esse país é violento (colonialismo,
escravidão, machismo, discriminação, concentração de renda, analfabetismo
funcional, déficit habitacional, desemprego estrutural, etc.) por formação
histórica, não por escolha. Diante de tanta violência, o apelo às armas faz
sentido, no entanto, esse sentido só possui significado, espaço e execução na
mente, na vida e na lógica dos imbecis. Para que resolver se eu posso dar
porrada?
2ª
Geraldo Alckmin – segundo ele, que governou o estado de São Paulo por alguns
mandatos, com ele o Brasil terá saneamento básico, segurança, educação e saúde,
afinal ele é médico (coisas que Dilma e Temer não fizeram, assim reza sua
propaganda política). No entanto, quem não conseguiu fazer tudo isso (de forma
satisfatória) no estado mais rico da federação, vai conseguir fazer isso em um
país, com várias vezes mais problemas do que um único estado? Duvido muito!
Mas, como nós já sabemos, prometer não custa nada.
3ª
Henrique Meireles – certamente o mais técnico dos presidenciáveis, no que
concerne aos aspectos econômicos da nação; no entanto, apesar da capacidade e
das inúmeras habilidades econômicas, resolveu dizer, a exemplo dos outros, a
verdade pela metade. Fez isso quando sinalizou para o mercado e as classes
dominantes falando sobre o seu bem sucedido trabalho em uma instituição
bancária no exterior; em seguida fez o mesmo para as massas empobrecidas desse
Brasil varonil, quando lembrou-nos de sua participação nos governos Lula e
Dilma. Mas, acabou “esquecendo-se” de sua participação, pelos mesmos motivos
que os anteriores (economia), no governo Temer. Por que será em? Quem começa
omitindo, desconfio que terminará mentindo!
4ª
Fernando Haddad ou será Lula lá? Bom, esses dois mais parecem atores do que
pessoas sérias. Lula deve à nação não uma nova eleição, mas um sonoro pedido de
desculpas. Sinto-me ofendido por ter votado em um presidente que está preso
“inocentemente” e, mesmo ao lado de eminentes advogados, não faz nem ideia de
quem são os verdadeiros culpados. Lula só sabe de uma coisa, não foi ele! Isso
é muito pouco para quem ficou mais de uma década no e em torno do poder.
Cacau
“:¬)
Nenhum comentário:
Postar um comentário