VISÕES DE MUNDO:
SAGRADO, PROFANO,
TRANSCENDÊNCIA E IMANÊNCIA
Por: Claudio Fernando Ramos,
a partir de livros e da net. C@cau “::¬) 29/06/2020
PENSAMENTOS E
REFLEXÕES
SANTOS E FILÓSOFOS
Bomba
atômica detonada pelos franceses na Polinésia Francesa, em 1971.
A Grande Questão: que percorre a história da humanidade
desde sempre...
·
Qual
é a origem do mal no mundo?
II - Existem
dois tipos de males: o mal Natural e o mal Moral.
A) O mal Natural (Físico) -
ocorre independente da vontade humana.
EX.
·
Catástrofes naturais: terremoto, erupções vulcânicas
maremotos, epidemias...
B) O mal Moral –
depende da vontade e das ações humanas conscientes ou não.
EX.
·
Guerras, genocídios, assassinatos, miséria...
No dia 16 de julho de 1945, a primeira
bomba atômica da história explodiu com uma energia equivalente a 19 kt de TNT
(87.5 TJ). Deixou no deserto do Novo México uma cratera radioativa de 3 metros
de espessura por 330 metros de diâmetro. Robert Oppenheimer, diretor do projeto
Manhattan, recordou mais tarde que, ao testemunhar a explosão, pensou em um
verso do texto sagrado hindu Bhagavad Gita.
Vídeo Disponível no you tube:
https://www.youtube.com/watch?v=vH_PDtkfVlM
Sabíamos que o mundo não seria o mesmo. Algumas
pessoas riram, algumas pessoas choraram, a maioria das pessoas ficou em silêncio.
Lembrei-me da frase do texto sagrado hindu, o Bhagavad-Gita. Vishnu está tentando persuadir o príncipe que ele deveria fazer o
seu dever, e para impressioná-lo, assume sua forma
multi-armada, e diz: 'Agora eu me tornei a Morte, o
destruidor de mundos." Acho que todos nós pensamos
isso, de uma maneira ou de outra.
pessoas riram, algumas pessoas choraram, a maioria das pessoas ficou em silêncio.
Lembrei-me da frase do texto sagrado hindu, o Bhagavad-Gita. Vishnu está tentando persuadir o príncipe que ele deveria fazer o
seu dever, e para impressioná-lo, assume sua forma
multi-armada, e diz: 'Agora eu me tornei a Morte, o
destruidor de mundos." Acho que todos nós pensamos
isso, de uma maneira ou de outra.
(Julius Robert Oppenheimer 1904-1967)
A pergunta mal respondida ou sem resposta - religiosos e filósofos
apresentaram variadas proposições, no entanto, a questão persiste.
·
A
origem do mal, para grande maioria das pessoas ainda é uma questão sem
resposta.
A) Jesus cura um cego de
nascença - quem pecou, foi ele ou seus pais?
·
“E, passando Jesus, viu um homem cego de nascença. E os seus discípulos lhe perguntaram, dizendo: Rabi,
quem pecou, este ou seus pais, para que nascesse cego? Jesus respondeu: Nem ele pecou nem seus pais; mas foi
assim para que se manifestem nele as obras de Deus”. (Jo 9. 1-3)
B) O dilema de Jó – as causas do
sofrimento do justo.
·
“Porque aquilo que temo me sobrevém, e o que
receio me acontece. Não tenho repouso, nem sossego, nem descanso; mas vem a
perturbação”. (Jó 3. 25-26)
· Se eu
falar, a minha dor não cessa, e, calando-me eu, qual é
o meu alívio? Na verdade, agora tu me tens
fatigado; tu assolaste toda a minha família. (Jô 16. 6-7)
Aurélio Agostinho (354-430) – como justificar a
existência do mal em um mundo criador por um ser sumamente bom?
·
O Mal não possui uma existência real – o Mal é uma
carência, é ausência do Bem.
Epicuro de Samos – o primeiro a questionar, na história da filosofia, a origem do
sofrimento da vida humana.
·
Onipotência, Oniciência e Onipresença – depois de
refletir sobre essas qualidades, Epicuro perguntou: se existe um deus com essas
qualidades, por que ainda existe o mal no mundo?
Voltaire (1694-1778) – a onipotência divina frente às fragilidades humana.
·
Em 1755, Lisboa foi atingida por um forte terremoto
e milhares de pessoas morreram.
·
Voltaire, indignado com o otimismo religioso
formulou críticas às explicações cristãs sobre o evento.
·
Se o mundo foi criado por Deus, assim como os
homens, por que criar um mundo com terremotos?
Gottfried Leibniz (1646-1716)
– otimismo filosófico.
·
O desenvolvimento humano - o mal é necessário para que os homens possam desenvolver as suas
qualidades pessoais.
·
Equilíbrio necessário - o bem e o mal encontram-se em uma espécie de equilíbrio necessário.
·
O melhor dos mundos possíveis
- o equilíbrio do universo é parte dos elementos que
compõem a melhor escolha de universo possível, “otimizada” por Deus.
·
O todo e a parte – um pequeno mal é só uma parte de
um todo maior que converge para o bem universal.
O SAGRADO E O PROFANO
(PARTE II)
Danças do medo são armas da
Nova Zelândia e times da Oceania no Mundial de rúgbi. Descendentes dos maoris,
eles dançam o Haka antes dos jogos, chamando, assim, as forças sagradas dos
ancestrais para intimidar seus adversários (no passado os guerreiros Maori
invocavam os seus deuses para provocar medo nos adversários antes das guerras).
O Sagrado e o Profano - formam um par de opostos, onde um não existe sem o outro.
·
O Sagrado define a espiritualidade encarnada em
coisas ou em pessoas.
·
O Profano é um conceito mais ligado ao mundo real,
sem atributos religiosos ou sobrenaturais.
Mircea Eliade (1907-1986) – filósofo romeno escritor da obra: Sagrado
e Profano.
A) O Sagrado (Hierofania) - aparecimento ou manifestação reveladora do sagrado; em sua
obra, Eliade identifica e delineia manifestações do sagrado no mundo.
·
Essas manifestações atribuem significado religioso
a espaços físicos e momentos no tempo.
·
Essas manifestações dão valor, orientação e
propósito ao ser humano.
·
Na condição de qualidade excepcional e
diferenciadora o sagrado pode suscitar tanto devoção como rejeição (amor ou
medo).
A
Santa Ceia - uma representação visual de um momento tido como sagrado pela
comunidade cristã.
·
O quadro A
Última Ceia do pintor italiano Leonardo da Vinci representa uma hierofania
(manifestação do sagrado), portador de ensinamentos que têm significados, valor
e propósito especial para os seguidores do cristianismo.
B) O Profano – as estruturas consideradas profanas estão desligadas de todo e qualquer
aspecto dito religioso.
·
As estruturas profanas não possuem qualquer tipo de
qualidade diferenciadora e não fornecem nenhum padrão de conduta para a
humanidade.
TRANSCENDÊNCIA E IMANÊNCIA
(PARTE III)
Transcendência e Imanência - surgem como um par
de conceitos importante na história da filosofia.
A) Esses conceitos - são originados na religião e se referem à relação dos deuses com os
seres humanos.
B) Transcendência – remete à teoria do conhecimento de Immanuel Kant (1724-1804).
·
Para Kant algo é transcendente quando não pode ser
demonstrado por meio de experiência empírica; mesmo que seja possível
descrevê-lo pela razão.
·
Para Kant o Transcendente difere do Transcendental
– este último se refere ao conhecimento voltado a compreender os conceitos
humanos acerca dos objetos e dos significados a eles atribuídos.
C) Imanência – segundo o Dicionário de
Filosofia, se refere à “limitação do uso de certos princípios à experiência
possível e recusa em admitir conhecimentos autênticos que superem os limites de
semelhante experiência”.
Gilles Deleuze (1925-1995) – para o filósofo imanência é um conceito do plano metafísico.
·
Segundo o pensador o conceito de imanência contém
todas as dualidades concretas: corpo e mente; deus e matéria; interioridade e
exterioridade...
·
Para Delezeu a única coisa que limita esse conceito
é o seu caráter altamente abstrato.
OBS:
·
Ver a filosofia de Baruch Espinosa sobre a
substância única que é Deus, um ser imanente.
·
https://flaylosofia.blogspot.com/2017/10/baruch-espinosa-1632-1677-se-nao-queres.html
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