ÉTICA E MORAL
Por: Claudio F. Ramos, a partir de livros e da net. C@cau “::¬)05/03/2022
Entre a ação moralmente boa, causa da virtude, e a ação virtuosa, fruto próprio da virtude, não há diferença específica, e sim um modo mais intenso. Somente a ação virtuosa é deleitável, pois é conatural ao homem virtuoso e facilmente realizável por ele. O virtuoso cumpre com alegria e prazer ações moralmente boas; para os não-virtuosos, essas mesmas ações têm aspectos de dificuldade que impede todo prazer. Por causa disso, é justo precisar que o ato virtuoso é o que concerne ao prazer ou ao seu oposto, a pena.
VÍDEO AULA:
https://www.youtube.com/watch?v=BM0RrTddqGQ
PROPOSIÇÕES
-
Qual são os significados dos termos: Moral e Ética?
-
Quais são as diferenças entre os termos: Moral, Imoral e Amoral?
- Do que trata especificamente esse ramo da filosofia que estuda o comportamento e os valores humanos?
MORAL
-
A palavra moral é originada do termo latino mores.
·
Mores significa: aquilo que é relativo aos costumes, às regras,
ao hábito.
·
A
moral tem relação com os valores de uma sociedade específica.
·
Valores
variáveis no tempo e no espaço que adquirem caráter normativos.
· Moral está intimamente relacionada as convencionalidades humanas.
IMORAL
-
Define-se como imoral todo aquele que age intencionalmente contra a moral
dominante.
· A liberdade e a intencionalidade da ação devem ser levadas em consideração.
AMORALIDADE
-
Amoralidade significa encontrar-se fora da moral e/ou sem moralidade.
· O agente amoral é aquele que não está a favor nem contra a moral.
ÉTICA
-
O termo ética provém do grego ethos.
·
Ethos significa, no singular, o caráter que cada pessoa constrói
e cultiva em si.
· Ética também é compreendida como o estudo da moral, ou seja, entendimento das normas, princípios e valores de uma determinada época, lugar e sociedade.
ÉTICA
E MORAL: DIFERENÇAS
-
Diferentemente da moral a ética é fundamentada basicamente na razão.
·
Agir
de determinada maneira é ético quando há entendimento e liberdade de escolha.
· Agir moralmente é agir tão somente de acordo com as nomas e padrões pré-estabelecidos.
ARISTÓTELES
384-322 a. C.
(Virtudes: Razão e Equilíbrio)
A virtude é, pois, uma
disposição de caráter relacionada com a escolha e consistente numa mediania,
isto é, a mediania relativa a nós, a qual é determinada por um princípio
racional próprio do homem dotado de sabedoria prática. E é um meio-termo entre
dois vícios, um por excesso e outro por falta; pois que, enquanto os vícios ou
vão muito longe ou ficam aquém do que é conveniente no tocante às ações e
paixões, a virtude encontra e escolhe o meio-termo.
-
Aristóteles (Ética a Nicômaco) investiga as ações virtuosas (o vício é o
seu oposto).
·
O
filósofo investiga a possibilidade de se poder ter uma vida feliz.
·
Para
Aristóteles, não é possível ser feliz sem ser uma pessoa virtuosa.
·
Para
ser virtuoso é necessário que se reflita/avalie (razão) as ações promovidas.
·
As
escolhas devem ser, necessariamente, produto das avaliações e reflexões.
·
Além
da razão, também deve haver equilíbrio (metrética): a boa medida das emoções.
·
Saber
identificar o meio termo entre o prazer e a dor; entre o excesso e a falta.
· Não há interferências dos deuses, nem dos astros; o agente é o único responsável.
Tanto a deficiência como o excesso de exercício destroem a força; e, da mesma forma, o alimento ou a bebida que ultrapassem determinados limites, tanto para mais como para menos, destroem a saúde ao passo que, sendo tomados nas devidas proporções, a produzem, aumentam e preservam.
EPICURO
341-270 a. C.
(Felicidade:
Prazer sem Dor)
-
Na obra Carta a Meneceu (sobre a felicidade), Epicuro discorreu sobre a
felicidade.
·
Para
Epicuro a felicidade humana está relacionada as seguintes práticas: ataraxia
e aponia.
·
Ataraxia
- palavra de origem grega que significa: imperturbabilidade da alma.
·
Aponia
– palavra de origem grega que significa: ausência de dor.
·
Para
ser feliz o homem deve deixar de temer: a dor, a morte e os deuses.
·
Nem
toda dor traz sofrimento; a morte é apenas o cessar das sensações; os deuses
são indiferentes aos dilemas humanos.
·
Ser
feliz é: procurar sempre o que for natural e necessário.
·
Ser
feliz é: ter prudência com o que for natural, mas não for necessário.
· Ser feliz é: evitar o que não for natural, nem necessário.
ESTOICISMO
(Ordem
Cósmica)
-
Para os estoicos. Somente é feliz aquele que vive de acordo com a natureza.
·
Há
uma natureza cósmica; é sábio aquele que se submete a ela.
·
O
que não tem solução, solucionado está.
·
O
homem não pode mudar nada que seja essencial na natureza.
· As paixões humanas devem ser recebidas tratadas com apatia.
CONCLUSÕES
-
Para os filósofos apresentados a vida ética não se separa da vida feliz.
· Só pessoas éticas são felizes!
-
Para Aristóteles a felicidade é certa atividade da alma conforme a perfeita
virtude.
·
Felicidade
está relacionada com uma prática de vida (costume/hábito) do que com um momento
pontual.
· A felicidade é algo a ser buscado, a felicidade pela felicidade (um fim em si mesmo).
-
Para Epicuro, defensor do materialismo atomista, a felicidade é hedonista
(prazer).
·
Para
ser feliz o homem deve fazer boas escolhas e agir com ética e equilíbrio.
-
Para os filósofos do estoicismo a felicidade consiste em harmonizar a razão
pessoal com a razão universal.
·
O
homem deve andar em conformidade com o destino.
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