JUÍZO MORAL E UTILITARISMO
Por:
Claudio F Ramos, a partir de livros e da net. C@cau “::¬)09/03/2022
PROPOSIÇÕES
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Quais devem ser os critérios utilizados para nortear uma escolha?
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O que é dever, juízo moral, juízo de valor e juízo de fato?
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O que é Imperativo Categórico e Imperativo Hipotético?
- O que é Moral Utilitarista?
IMMANUEL
KANT (1724-1804)
“É tão cômodo ser
menor. Se tenho um livro que faz as vezes do meu entendimento, um diretor
espiritual que por mim tem consciência, um médico que por mim decide a respeito
da minha dieta, etc., então não preciso de esforçar-me eu mesmo. Não tenho
necessidade de pensar, quando posso simplesmente pagar; outros se encarregarão
em meu lugar dos negócios desagradáveis.”
(KANT, 1985, p. 100).
-
Segundo o filósofo alemão o juízo moral depende de dois tipos de juízos: fato e
valor.
·
Juízo
de Fato – juízo que trata de uma constatação (Objetivo).
· Juízo de Valor – juízo que trata da avaliação do fato (Subjetivo).
-
Para Kant o juízo moral é um juízo de valor normativo.
· Norma é o princípio que afirma como a ação deve (dever) ou não ser praticada.
-
Dever, no juízo moral de Kant, é uma imposição da própria razão, interna a
consciência.
·
O
dever surge como uma expressão da liberdade.
·
O
dever não é uma imposição da sociedade ou de qualquer outra autoridade.
· Para Kant, obedecer a si mesmo é a fórmula da liberdade.
IMPERATIVO
CATEGÓRICO
(Mandamento
para Todos)
-
Para Kant os valores morais existem por si mesmos, de modo absolutos e não
relativos.
·
O
dever não é condicional, não é hipotético, não se modifica a cada situação.
·
O
dever é uma “fórmula” que vale para qualquer circunstância moral (sem
exceções).
·
O
imperativo não trata do conteúdo em si, mas sim da forma geral de como agir.
· Agir dentro do IC é o memo que agir por dever; ou seja, fazer o certo porque é certo fazer o certo
IMPERATIVO HIPOTÉTICO
(Agir de acordo com o fim)
– Condiciona a ação (meio), a algum fim específico (propósito
possível ou real).
· Uma ação hipotética seria: estude para passar na prova.
ENUNCIADOS
DO IMPERATIVO
-
“Age em conformidade apenas com aquela máxima pela qual possas querer ao
mesmo tempo que ela se torne uma lei universal” – Enunciado geral.
·
“Age
como se a máxima da tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei
universal da natureza”. – Trata-se de uma universalidade da conduta ética
baseada na lei natural.
·
“Age
de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de
outrem, sempre como um fim e nunca como meio”. – Afirmação da dignidade humana
e condenação da instrumentalização das pessoas.
· “Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais”. – Afirma-se a autonomia do ser humano.
BENEFÍCIOS
DA ÉTICA
-
Para Kant, o que o ser humano ganha ao agir moralmente?
·
No
sentido figurado, ele atingirá a maioridade.
·
Sair
do estado de preguiça e covardia que mantém as pessoas acomodadas.
·
Ao
invés heterônomo, o sujeito ético torna-se autônomo.
·
Heteronomia:
sujeição a uma lei exterior ou à vontade de outrem.
· Autonomia: capacidade da vontade humana de se autodeterminar.
UTILITARISMO
(Bentham)
-
Jeremy Bentham (1748-1832): filósofo e jurista inglês foi o fundador do
utilitarismo.
· Modelo de filosofia com grande influência nas mais diferentes disciplinas, principalmente na área do direito.
-
Princípio da maior felicidade: o ser humano é movido por esse princípio
(epicurismo moderno).
· Uma ação será útil se contribuir para trazer a maior quantidade de felicidade para o agente.
-
Mais prazer, menos dor: esse deve ser o critério de ação no dia a dia.
·
O
agente deve calcular os efeitos das suas ações, suas consequências, visando
sempre o seu prazer.
·
A
felicidade pode ser encarada como um cálculo matemático.
· Os prazeres são homogêneos, por isso podem ser quantificados.
UTILITARISMO
(Mill)
-
John Stuart Mill (1806-1873): defensor da liberdade individual.
·
Defendia
o bem coletivo, o maior bem para o maior número de pessoas.
· Há diferenças qualitativas entre os prazeres; há superioridade e inferioridade.
-
Prazeres superiores: morais e intelectuais.
·
São
aqueles que afetam o pensamento, o sentimento e a imaginação.
· Apreciar belas artes, ler livros, amar, ter amigos...
-
Prazeres inferiores: imediatos e efêmeros.
· Comer, beber, dormir...
CONCLUSÃO
(O
certa ou o errado)
-
Ética deontológica: valoriza a motivação ou a intenção da ação moral.
· A ação é correta se respeitar os deveres morais; o imperativo categórico
- Ética utilitarista: ressalta a consequência
ou a finalidade da ação moral.
·
A
ação é correta se garante a maior quantidade ou qualidade de felicidade para o
maior número de pessoas.
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