quarta-feira, 9 de março de 2022

JUÍZO MORAL E UTILITARISMO

JUÍZO MORAL E UTILITARISMO

Por: Claudio F Ramos, a partir de livros e da net. C@cau “::¬)09/03/2022

 VÍDEO: https://www.youtube.com/watch?v=3CJM6LFHeak

PROPOSIÇÕES

- Quais devem ser os critérios utilizados para nortear uma escolha?

- O que é dever, juízo moral, juízo de valor e juízo de fato?

- O que é Imperativo Categórico e Imperativo Hipotético?

- O que é Moral Utilitarista?

IMMANUEL KANT (1724-1804)

“É tão cômodo ser menor. Se tenho um livro que faz as vezes do meu entendimento, um diretor espiritual que por mim tem consciência, um médico que por mim decide a respeito da minha dieta, etc., então não preciso de esforçar-me eu mesmo. Não tenho necessidade de pensar, quando posso simplesmente pagar; outros se encarregarão em meu lugar dos negócios desagradáveis.”

(KANT, 1985, p. 100). 

- Segundo o filósofo alemão o juízo moral depende de dois tipos de juízos: fato e valor.

·         Juízo de Fato – juízo que trata de uma constatação (Objetivo).

·         Juízo de Valor – juízo que trata da avaliação do fato (Subjetivo).

- Para Kant o juízo moral é um juízo de valor normativo.

·         Norma é o princípio que afirma como a ação deve (dever) ou não ser praticada.

- Dever, no juízo moral de Kant, é uma imposição da própria razão, interna a consciência.

·         O dever surge como uma expressão da liberdade.

·         O dever não é uma imposição da sociedade ou de qualquer outra autoridade.

·         Para Kant, obedecer a si mesmo é a fórmula da liberdade.

IMPERATIVO CATEGÓRICO

(Mandamento para Todos)

- Para Kant os valores morais existem por si mesmos, de modo absolutos e não relativos.

·         O dever não é condicional, não é hipotético, não se modifica a cada situação.

·         O dever é uma “fórmula” que vale para qualquer circunstância moral (sem exceções).

·         O imperativo não trata do conteúdo em si, mas sim da forma geral de como agir.

·         Agir dentro do IC é o memo que agir por dever; ou seja, fazer o certo porque é certo fazer o certo

IMPERATIVO HIPOTÉTICO

(Agir de acordo com o fim)

– Condiciona a ação (meio), a algum fim específico (propósito possível ou real).

·         Uma ação hipotética seria: estude para passar na prova.

ENUNCIADOS DO IMPERATIVO

- “Age em conformidade apenas com aquela máxima pela qual possas querer ao mesmo tempo que ela se torne uma lei universal” – Enunciado geral.

·         “Age como se a máxima da tua ação devesse ser erigida por tua vontade em lei universal da natureza”. – Trata-se de uma universalidade da conduta ética baseada na lei natural.

·         “Age de tal maneira que trates a humanidade, tanto na tua pessoa como na pessoa de outrem, sempre como um fim e nunca como meio”. – Afirmação da dignidade humana e condenação da instrumentalização das pessoas.

·         “Age como se a máxima de tua ação devesse servir de lei universal para todos os seres racionais”. – Afirma-se a autonomia do ser humano.

BENEFÍCIOS DA ÉTICA

- Para Kant, o que o ser humano ganha ao agir moralmente?

·         No sentido figurado, ele atingirá a maioridade.

·         Sair do estado de preguiça e covardia que mantém as pessoas acomodadas.

·         Ao invés heterônomo, o sujeito ético torna-se autônomo.

·         Heteronomia: sujeição a uma lei exterior ou à vontade de outrem.

·         Autonomia: capacidade da vontade humana de se autodeterminar.

UTILITARISMO (Bentham)

- Jeremy Bentham (1748-1832): filósofo e jurista inglês foi o fundador do utilitarismo.

·         Modelo de filosofia com grande influência nas mais diferentes disciplinas, principalmente na área do direito.

- Princípio da maior felicidade: o ser humano é movido por esse princípio (epicurismo moderno).

·         Uma ação será útil se contribuir para trazer a maior quantidade de felicidade para o agente.

- Mais prazer, menos dor: esse deve ser o critério de ação no dia a dia.

·         O agente deve calcular os efeitos das suas ações, suas consequências, visando sempre o seu prazer.

·         A felicidade pode ser encarada como um cálculo matemático.

·         Os prazeres são homogêneos, por isso podem ser quantificados.

UTILITARISMO (Mill)

- John Stuart Mill (1806-1873): defensor da liberdade individual.

·         Defendia o bem coletivo, o maior bem para o maior número de pessoas.

·         Há diferenças qualitativas entre os prazeres; há superioridade e inferioridade.

- Prazeres superiores: morais e intelectuais.

·         São aqueles que afetam o pensamento, o sentimento e a imaginação.

·         Apreciar belas artes, ler livros, amar, ter amigos...

- Prazeres inferiores: imediatos e efêmeros.

·         Comer, beber, dormir...

CONCLUSÃO

(O certa ou o errado)

- Ética deontológica: valoriza a motivação ou a intenção da ação moral.

·         A ação é correta se respeitar os deveres morais; o imperativo categórico

-  Ética utilitarista: ressalta a consequência ou a finalidade da ação moral.

·         A ação é correta se garante a maior quantidade ou qualidade de felicidade para o maior número de pessoas.

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