EDUCAÇÃO, (IN)FELICIDADE E TECNOLOGIA
Por:
Claudio F Ramos, C@cau “:¬)04/12/2024
“A presença das tecnologias na educação requer de todos os envolvidos uma nova postura. Integrar as tecnologias ao contexto educacional é um grande desafio para muitos educadores, pois o que se busca com elas são práticas inovadoras, deixando para trás métodos e práticas que ainda não conseguem promover um processo de ensino-aprendizagem de forma significativa aos envolvidos no universo escolar. Além disso, é importante que os educadores compreendam que a “maneira de aprender está mudando rapidamente” e que as escolas devem se adaptar à maneira como eles, os nativos digitais – isto é, os alunos – processam as informações (PALFREY; GASSER, 2011, p. 222-268)”.
A sociedade e, principalmente, os educadores não devem declinar da urgente realidade acima discriminada. Hoje, os jovens, adolescentes e as crianças querem viver, ser e fazer, cada vez mais, mais e mais. Porém, alguém há de questionar, mas qual das passadas gerações não se comportou assim? É fato, a juventude é, por natureza, revolucionária; no entanto, a atual geração, além de revolucionária, como tantas outras de outrora, clama por um maior pragmatismo da vida (a objetividade das coisas); anela pela celeridade dos fatos (a rapidez na tomada de decisões) e, como se não bastasse, exige que as ações tenham o prazer como princípio, meio e fim (a singularização felicidade). Tudo isso me faz lembrar o sociólogo polonês Zygmunt Bauman (1925-2017), segundo ele, de maneira equivocada, a atual geração acredita que existe para cada ser humano um mundo perfeito, feito exclusivamente para ele e/ou para ela.
Ao sair de férias em 2024,
infelizmente na universidade só em 2025, iremos refletir filosófica e
sociologicamente sobre o tema. Como educar integrando, conectando, facilitando,
possibilitando, oportunizando etc., sem que, no entanto, venhamos corroborar
com este antigo e imenso vazio existencial (o homem isolado de si mesmo), cada
vez mais potencializado pelo uso inadequado das tecnologias? Educar é preciso;
fazer uso da tecnologia é necessário; ser feliz é imperioso; mas, não podemos
perder de vista que, diferentemente do que muitos pensam e/ou gostariam que
fosse, a tecnologia (seja ela qual for) é apenas meio, nunca um fim em si mesmo.
C@cau “:¬)
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